quinta-feira, 10 de abril de 2014

A volta dos três deputados

Rodolfo Juarez
Estão de volta às poltronas do Plenário do Legislativo os deputados Bruno Mineiro, Cristina Almeida e Agnaldo Balieiro.
Há um ano e três meses se propuseram a assumir secretarias do Governo do Estado, frustrando os seus eleitores, que não contavam com isso, cumprindo uma designação política dos partidos aos quais pertencem.
O argumento principal é de que, cada um, foi “cumprir uma missão”.
A pergunta atual é a seguinte: cumpriram a missão?
Não custa nada relembrar a situação em que receberam as respectivas secretarias e a forma como as deixaram. Claro que é uma análise a partir da visão de fora para dentro, mas é essa a visão que tem a população.
Logo na primeira avaliação se pode afirmar, com absoluta segurança, que nada de extraordinário foi feito.
Cada um fez, apenas e tão somente, o que qualquer outro gestor faria. Isso quer dizer que de nada valeu a “lista de clamores”, pedidos e rogos que cada um levou quando deixou o cargo de deputado para assumir o cargo de secretário de estado.
Não há dúvida que, pelo menos dois dos três, são melhores deputados do que executivos.
É possível que tenham descoberto que o tempo que lhes foi dado não foi suficiente para alterar o perfil de uma repartição pública com tantos problemas para resolver e com tão pouco dinheiro e pessoal especializado para repartir as atribuições.
Mas nem isso ficou resolvido.
Os gestores que herdaram a sequência administrativa estão afirmando que têm os mesmos problemas que foram identificados no começo do atual governo e, também, no começo do período de gestão de cada uma dos três deputados que viraram secretário.
Será que foram 15 meses perdidos?
Até em respeito ao labor individual de cada um dos três deputados - Bruno Mineiro, Cristina Almeida e Agnaldo Balieiro -, era preciso que eles mesmos se reportassem, destacando os pontos que possam considerar como relevante na administração.
Voltaram para a Assembleia Legislativa como se tivesse ido passar uns dias no interior.
Não estão contando nenhuma boa novidade!
No setor de transportes, as rodovias - se pode garantir -, estão piores do que há 15 meses, e onde se projeta melhorias, é fácil perceber que o tempo foi curto. Mesmo assim as decisões tomadas em nada favorecem o desempenho da gestora que herdou o cargo de secretário de estado.
Na Secretaria de Agricultura prevaleceram foram os micros projetos, que são muito mais atividade do que investimento. Nada ficou que possa garantir a sequência de trabalho por mais de 3 meses. Além do que, a preocupação eleitoral foi dominante em todos os encontros.
Na Administração, centro nervoso da gestão estadual, onde a modernização depende de iniciativas do órgão “cabaça do sistema” não se notou qualquer evolução. A herança do sucessor é a atividade burocrática, que ficou misturada com a atividade política logo no começo e depois escapou das pautas por absoluta falta de objetividade.
Como o cargo de deputado estadual foi dado a cada um dos três pelo eleitor, nada mais do que oportuno uma prestação de contas para justificar os meses que o parlamentar “virou” executivo.
Se não fizer é melhor candidatar-se ao cargo de secretário de estado e não de deputado estadual.

Certo ou errado?  

Nenhum comentário:

Postar um comentário