Rodolfo Juarez
Estão
de volta às poltronas do Plenário do Legislativo os deputados Bruno Mineiro,
Cristina Almeida e Agnaldo Balieiro.
Há um
ano e três meses se propuseram a assumir secretarias do Governo do Estado,
frustrando os seus eleitores, que não contavam com isso, cumprindo uma
designação política dos partidos aos quais pertencem.
O
argumento principal é de que, cada um, foi “cumprir uma missão”.
A
pergunta atual é a seguinte: cumpriram a missão?
Não
custa nada relembrar a situação em que receberam as respectivas secretarias e a
forma como as deixaram. Claro que é uma análise a partir da visão de fora para
dentro, mas é essa a visão que tem a população.
Logo na
primeira avaliação se pode afirmar, com absoluta segurança, que nada de
extraordinário foi feito.
Cada um
fez, apenas e tão somente, o que qualquer outro gestor faria. Isso quer dizer
que de nada valeu a “lista de clamores”, pedidos e rogos que cada um levou
quando deixou o cargo de deputado para assumir o cargo de secretário de estado.
Não há
dúvida que, pelo menos dois dos três, são melhores deputados do que executivos.
É
possível que tenham descoberto que o tempo que lhes foi dado não foi suficiente
para alterar o perfil de uma repartição pública com tantos problemas para
resolver e com tão pouco dinheiro e pessoal especializado para repartir as
atribuições.
Mas nem
isso ficou resolvido.
Os
gestores que herdaram a sequência administrativa estão afirmando que têm os
mesmos problemas que foram identificados no começo do atual governo e, também,
no começo do período de gestão de cada uma dos três deputados que viraram
secretário.
Será
que foram 15 meses perdidos?
Até em
respeito ao labor individual de cada um dos três deputados - Bruno Mineiro,
Cristina Almeida e Agnaldo Balieiro -, era preciso que eles mesmos se
reportassem, destacando os pontos que possam considerar como relevante na
administração.
Voltaram
para a Assembleia Legislativa como se tivesse ido passar uns dias no interior.
Não
estão contando nenhuma boa novidade!
No
setor de transportes, as rodovias - se pode garantir -, estão piores do que há
15 meses, e onde se projeta melhorias, é fácil perceber que o tempo foi curto.
Mesmo assim as decisões tomadas em nada favorecem o desempenho da gestora que
herdou o cargo de secretário de estado.
Na
Secretaria de Agricultura prevaleceram foram os micros projetos, que são muito
mais atividade do que investimento. Nada ficou que possa garantir a sequência
de trabalho por mais de 3 meses. Além do que, a preocupação eleitoral foi
dominante em todos os encontros.
Na
Administração, centro nervoso da gestão estadual, onde a modernização depende
de iniciativas do órgão “cabaça do sistema” não se notou qualquer evolução. A
herança do sucessor é a atividade burocrática, que ficou misturada com a
atividade política logo no começo e depois escapou das pautas por absoluta
falta de objetividade.
Como o
cargo de deputado estadual foi dado a cada um dos três pelo eleitor, nada mais
do que oportuno uma prestação de contas para justificar os meses que o
parlamentar “virou” executivo.
Se não
fizer é melhor candidatar-se ao cargo de secretário de estado e não de deputado
estadual.
Certo
ou errado?
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