sábado, 26 de abril de 2014

Os candidatos estão mudos

Rodolfo Juarez
Nem mesmo a aproximação das convenções partidárias que serão realizadas no período de 10 a 30 de junho está soltando a língua daqueles que se dizem dispostos a concorrer, no dia 5 de outubro, ao cargo de Governador do Estado.
Todos agem como se mudos fossem!
Pode ser que faça parte de uma estratégia particular, muito embora todas as notícias e informações sobre o assunto indiquem que o comportamento deve ser completamente diferente.
As desculpas para ficar calado não faltam. Vão desde aquelas ligadas diretamente à questão da fiscalização eleitoral, até aquelas que se vinculam à questão financeira, pois, segundo alguns dos candidatos, os cabos eleitorais são os primeiros a avançar e ficam com aqueles que pagarem mais, prometerem mais, ou convencerem mais.
Para não perder o ânimo os candidatos estão preferindo ficar de boca fechada, dizem eles, mesmo tendo avaliações que indicam que, alguns deles, não têm mesmo o que dizer para o eleitor.
Continuar mudo é, portanto, uma estratégia do candidato, muito embora seja prejuízo para o partido, para os aliados e, principalmente, para a população, que só vai conhecer a opinião do marqueteiro do candidato e não o que pensa o candidato.
Um candidato precisa ser testado antes de ser escolhido pelo eleitor na hora de votar. É preciso que a população conheça a sua proposta, os seus aliados e, principalmente, os princípios de que se vale para mostrar-se ao eleitor e dele receber o seu voto.
Quando o eleitor deixa para conhecer o candidato apenas durante a campanha, corre o risco de errar com relação à personalidade do candidato, imaginando uma coisa quando está sendo levado por mensagens de profissionais contratados para definir a forma de apresentação para defesa e para ataque do pretendente ao cargo eletivo.
São muitos os casos em que a figura que você vê na tela da televisão ou no autofalante do rádio é completamente diferente da figura que limita, de verdade, a pessoa candidata.
É uma das falhas do processo de divulgação midiática permitido pela regra eleitoral e que foi adequada para a modificação do modo de ver os currais eleitorais que não foram desfeitos e que se transformam em quartéis para alguns personagens que avaliam a importância do poder muito mais para si do que para o povo.
A opção de ficar mudo tem sido a preferencial dos 13 candidatos. Isso mesmo, 13 mudos que não dizem seus planos, não mostram o que pretendem fazer, não apresentam solução para quaisquer dos problemas que o Estado enfrenta no momento e daqueles que ainda entrarão nesse rol.
E tem faladores no meio deles!
Mesmo assim optam por nada dizer deixando a impressão que não prepararam nada para falar e confiando que se mantendo mudo eles estão garantindo não errar, não dizer mentiras e não alertar os ouros. Isso mesmo, alguns acreditam que manter escondido alguns de seus projetos é uma estratégia que pode gerar votos.
Os candidatos precisam tomar cuidado!
Os eleitores já perceberam que alguns não falam agora e não vão falar depois, a não ser se para alinhar-se com a maioria, perdendo, completamente, a oportunidade de ser o guia da comunidade, o líder de uma população, aderindo ao mais fácil “maria-vai-com-as-outras” e abdicando do verdadeiro sentido de ser aquele líder do qual, faz tempo, a população se sente órfã.

A opção de ficar mudo pode ser também, a de ficar sem voto!

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