Rodolfo Juarez
Nem
mesmo a aproximação das convenções partidárias que serão realizadas no período
de 10 a 30 de junho está soltando a língua daqueles que se dizem dispostos a
concorrer, no dia 5 de outubro, ao cargo de Governador do Estado.
Todos
agem como se mudos fossem!
Pode
ser que faça parte de uma estratégia particular, muito embora todas as notícias
e informações sobre o assunto indiquem que o comportamento deve ser completamente
diferente.
As
desculpas para ficar calado não faltam. Vão desde aquelas ligadas diretamente à
questão da fiscalização eleitoral, até aquelas que se vinculam à questão
financeira, pois, segundo alguns dos candidatos, os cabos eleitorais são os primeiros
a avançar e ficam com aqueles que pagarem mais, prometerem mais, ou convencerem
mais.
Para
não perder o ânimo os candidatos estão preferindo ficar de boca fechada, dizem
eles, mesmo tendo avaliações que indicam que, alguns deles, não têm mesmo o que
dizer para o eleitor.
Continuar
mudo é, portanto, uma estratégia do candidato, muito embora seja prejuízo para
o partido, para os aliados e, principalmente, para a população, que só vai
conhecer a opinião do marqueteiro do candidato e não o que pensa o candidato.
Um
candidato precisa ser testado antes de ser escolhido pelo eleitor na hora de
votar. É preciso que a população conheça a sua proposta, os seus aliados e,
principalmente, os princípios de que se vale para mostrar-se ao eleitor e dele
receber o seu voto.
Quando
o eleitor deixa para conhecer o candidato apenas durante a campanha, corre o
risco de errar com relação à personalidade do candidato, imaginando uma coisa
quando está sendo levado por mensagens de profissionais contratados para
definir a forma de apresentação para defesa e para ataque do pretendente ao
cargo eletivo.
São
muitos os casos em que a figura que você vê na tela da televisão ou no
autofalante do rádio é completamente diferente da figura que limita, de
verdade, a pessoa candidata.
É uma
das falhas do processo de divulgação midiática permitido pela regra eleitoral e
que foi adequada para a modificação do modo de ver os currais eleitorais que
não foram desfeitos e que se transformam em quartéis para alguns personagens
que avaliam a importância do poder muito mais para si do que para o povo.
A opção
de ficar mudo tem sido a preferencial dos 13 candidatos. Isso mesmo, 13 mudos
que não dizem seus planos, não mostram o que pretendem fazer, não apresentam
solução para quaisquer dos problemas que o Estado enfrenta no momento e
daqueles que ainda entrarão nesse rol.
E tem
faladores no meio deles!
Mesmo
assim optam por nada dizer deixando a impressão que não prepararam nada para
falar e confiando que se mantendo mudo eles estão garantindo não errar, não
dizer mentiras e não alertar os ouros. Isso mesmo, alguns acreditam que manter
escondido alguns de seus projetos é uma estratégia que pode gerar votos.
Os
candidatos precisam tomar cuidado!
Os
eleitores já perceberam que alguns não falam agora e não vão falar depois, a
não ser se para alinhar-se com a maioria, perdendo, completamente, a
oportunidade de ser o guia da comunidade, o líder de uma população, aderindo ao
mais fácil “maria-vai-com-as-outras” e abdicando do verdadeiro sentido de ser
aquele líder do qual, faz tempo, a população se sente órfã.
A opção
de ficar mudo pode ser também, a de ficar sem voto!
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