Rodolfo Juarez
Não
tenho mais nenhuma dúvida com relação à absoluta necessidade de mudança no modo
de exercer do próximo mandato de governador do Estado.
O
modelo atual chegou à exaustão e deve ser encerrado indicando os rumos que o
gestor precisa tomar a partir do dia 1º de janeiro de 2015 que possa começar a
recuperação do Estado, não aquela dita nas peças publicitárias, mas aquela
feita no âmago do governo, na proposta do governador e na essência da administração.
Não dá
mais para imaginar que o governo é uma pizza e que o governador é aquele que
tem o compromisso de dividi-la entre os seus parentes, amigos e conhecidos,
ouvindo a canção do seu partido e os aplausos daqueles que apadrinha.
Chegou
a hora de trabalhar pelo povo do Estado.
Não tem
mais como imaginar que a Administração é uma ação entre amigos e apropriada
para pagar bons salários àqueles desempregados que grudam nas luzes do governo
cobrando, desesperadamente, os serviços que diz ter prestado na campanha
eleitoral.
Chega
de auxiliares do tipo “sim senhor”, que faz tudo para agradar o “chefe” da
forma como o chefe gosta. Se for juntinho, segurando a caneta com o bloco de
recados, é assim que ele vai; se for distante, fazendo-se presente pelas ondas
do rádio, também serve.
Não
cabe mais assumir o comando da administração e dai em diante, passara a colocar
a culpa no antecessor, mesmo para providências que jamais o antecessor poderia
ter tomado.
Não
cabe mais, também, chamar todos os amigos desempregados e pedir para que faça a
escolha onde quer ficar. Inclusive em casa serve.
Não dá
para assumir no dia primeiro e já no dia 2 estar imaginando os conchavos e as
alianças que precisa fazer para garantir a próxima eleição ou a escolha para
ser mandado para um órgão público, colegiado, de preferência um daqueles que
tenha vitaliciedade como prerrogativa do nomeado.
A
partir do dia 1º de janeiro de 2015 o governador deve adotar uma postura
profissional, mesmo que isso lhe custe apenas um mandato, que lhe custe abortar
o plano de poder, de eleger um familiar ou o cônjuge ou ficar rico o suficiente
para nunca mais precisar trabalhar.
O
governo não é teta de vaca que só sirva para alimentar os seus filhotes.
Primeiro porque os governantes não são filhos do governo e depois porque esse
plano nunca é discutido com os eleitores.
Funcionando
assim, funciona errado e não sai do lugar ou fica contando passo de um lado
para o outro, sem qualquer resultado.
É
preciso o governante que assumir no dia 1º de janeiro de 2015 olhe para dentro
governo, recorra aos servidores do Estado e oriente para a elaboração de um
plano de desenvolvimento local, duradouro, responsável e que seja do interesse
da população.
Dar
exemplo para as administrações municipais também faz parte da administração
estadual. Já deu para perceber como os prefeitos têm facilidade de copiar o
modo de administrar do governador do Estado.
Centrar,
ter um objetivo, principalmente um que supere o narcisismo a que são acometidos
governadores, prefeitos e outros executivos públicos, que sentem necessidade de
que deles seja sempre falado bem, mesmo que para isso tenha que pagar os donos
das emissoras de rádio e televisão e de jornais, como também escalar pessoas
para ficar nas redes sociais postando avaliações distorcidas, incompletas e que
não servem para orientar a população.
Afinal
de contas o governador que assumir no dia 1º de janeiro de 2015 precisa dar
chance para o Estado, chance para o povo desse Estado.
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