Rodolfo Juarez
Foi
postado recentemente nas páginas no Facebook um dos programas exibidos no
horário eleitoral gratuito da televisão, durante a campanha para prefeito
realizado em 2012.
Vale a
pena ver!
Não
para avaliar o que o candidato diz, mas para medir o tamanho do compromisso que
os políticos têm quando se manifestam na telinha, com o objetivo de conquistar
o voto.
Parece
que tudo tem coerência no que diz, se encaixa no que precisa e é o mais obvio
procedimento que tomará, considerando, inclusive o seu comportamento anterior,
no desempenho de outra função pública.
Lá na
peça publicitária o que é dito tem tudo a ver com a cidade, com o município, e
o interesse da administração e da população. Promessas que parecem
perfeitamente factíveis, sem grandes dificuldades e que podem levar a
resultados que coincidem com a vontade do povo.
Uma
verdadeira manifestação de simplicidade pessoal e administrativa, colocando no
colo do eleitor desesperado, de volta a esperança a qual já tinha esquecido há
algum tempo e que nem mais acreditava que alguém lhe diria de novo.
Pois
bem, foi-lhe dito de novo!
Mas só
dito, só relembrado.
Passados
19 meses da promessa e 15 meses desde quando assumiu a administração, tudo aquilo
que está na peça publicitária foi completamente negado no período, colocando o
gestor no mesmo patamar do anterior, ou abaixo dele, considerando as
circunstâncias atuais.
Nada do
que foi dito pelo candidato se confirmou. E boa parte das promessas não
dependia de mais ou menos dinheiro, dependiam de atitude, de demonstração de
compromisso e, principalmente, da aproximação com a população?
Será
que as plumas do cargo são as responsáveis pela mudança de comportamento e de
ideia do administrador eleito?
Não é
possível. A formação social que trazem e a preparação administrativa que fazem dão
a impressão que serão barreira que evitariam o distanciamento do gestor dos
problemas e da população.
Doutra
forma, basta observar que até a roupa utilizada na campanha, identificando o
candidato, foram abandonadas logo no dia seguinte àquele em que se conheceu o
resulto do pleito.
Um
exercício interessante seria o eleito e empossado no cargo executivo rever o
que disse na campanha.
Quem
sabe se, com essa medida, digamos elementar, ele não relembraria o que disse e
tentaria, pelo menos tentaria cumprir uma partezinha do que prometera durante a
campanha e perante boa parte da população eleitora.
Não
pode ser planejado. Não pode ser resultado das dificuldades que são alegadas
quando estão com a responsabilidade de resolver o problema. Seria muito simples
e até desumano para com os eleitores, que se sentiriam enganados.
Há a
hipótese de que os eleitores também sabem de tudo e gostam de ser enganado. Até
agora ainda não conheço qualquer notícia que confirme essa hipótese, muito
embora haja alguns indicadores que apontam para esse lado, mas são também os
mesmos indicadores gerais da irresponsabilidade.
Uma
certeza, entretanto, nos parece bem evidente. A de que no dia em que os administradores
passarem a administrar e não fazer campanha, nesse dia eles ganharão mais
confiança e terão melhores resultados.
Por
enquanto, não passam no teste da verdade e da competência!
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