terça-feira, 29 de abril de 2014

Pensa mais com a barriga...

Rodolfo Juarez
Os eleitores estão vendo cada vez mais próximo o dia de voltar às urnas e escolher os seus dirigentes e representantes para os próximos quatro anos.
Está uma verdadeira confusão na cabeça de cada um desses eleitores pela profusão de informações e contra informações daqueles que querem ganhar a representação ou a gestão a qualquer custo ou a qualquer preço.
Não são poucas as vezes que os candidatos não medem o tamanho da responsabilidade que estão assumindo, não se preparam para assumi-la e erram demais quando estão autorizados a exercer aqueles cargos.
Ninguém escapa!
Vê-se esse comportamento em todas as esferas, seja do gerenciamento, seja da representação.
Ser candidato a governador de um Estado ou do Distrito Federal não exige qualquer preparação, basta que seja filiado a um partido político, tenha apoio desse partido que nada mais é exigido.
Também pouco importa a equipe que teria em uma eventual eleição para exercer o cargo. Só pensa nisso depois de eleito e o que se tem visto são erros repetidos e que atrasam o desenvolvimento e atravancam a administração.
Ser candidato a senador ou a deputado estadual ou federal, que seriam os representantes dos interesses da população e do próprio Estado ou do Distrito Federal, se tiver um bom discurso, serve.
Os exemplos de equívocos estão por ai, nos parlamentos estaduais e federais, apresentando resultados inesperados e, alguns deles, indesejados, muito embora candidatos a entrar para o abarrotado ambiente do anedotário político.
“Se dar bem” tem sido o lema muitos daqueles que são eleitos com a proposta de que vai trabalhar pela população. Muito embora se conheça depois, que nunca tenha sua lista de proposta aquelas que interessam à população.
É um faz de conta e tanto!
O eleitor é, entretanto, que avaliza esse comportamento. Quem diz para o candidato “vá em frente!”, é quem lhe abre o caminho.
É certo que esses candidatos têm todo interesse em encobrir e disfarçar as sua verdadeiras intensões, mas, por outro lado, cabe ao eleitor ter todo o interesse de evitar com que esses disfarces driblem os interesses da sociedade.
As chances dos candidatos serem iguais são muito grandes, assim como a esperteza de ocupar um lugar desocupado, também.
Não é atoa que cada um deles vai contratar uma equipe de marketing para estudar o ânimo do eleitor e conforme a conveniência do candidato - e não do eleitor -, atacar os pontos fracos ou fragilizados desses eleitores.
Claro que o eleitor terá que escolher entre aqueles que se candidataram. Mas que a escolha seja feita depois de uma avaliação mínima, mesmo que para isso tenha que contrariar o que diz um ex-presidente da República de que o eleitor “pensa mais com a barriga do que com a cabeça”.
No caso do Amapá o eleitor tem mais uma oportunidade para errar menos.
Um estado jovem, mas que já vai experimentar a sua sétima escolha para governador e que já teve a experiência de ver seus escolhidos saírem antes de terminar o mandato para atender outras propostas pessoais, já começa a não ter desculpas para os erros.

Tomara que no dia 5 de outubro os eleitores assumam a responsabilidade que sabem que têm e não deixem para cobrar depois a responsabilidade que deram ao eleito. O momento é o da hora do voto e ainda tem muito tempo para refletir!

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