quinta-feira, 24 de março de 2011

ALIMENTANDO ESPERANÇAS

Rodolfo Juarez
Não sei se é uma estratégia ou uma decisão de governo deixar a obra do Estádio Milton de Souza Correa, o Zerão, como está. Já passou tempo suficiente para reconhecer a grande importância ou a nenhuma importância daquela obra.
Basta lembrar que para construir o estádio, desde as fundações, não foram necessários mais do que sete meses e já se estava jogando futebol oficial naquele Estádio e à noite.
Então, não se está falando de nada impossível ou difícil o suficiente para que não se tenha condições técnicas e administrativas de tomar uma decisão tão importante e que poderia ser o símbolo do trabalho para a atual administração.
Se os problemas técnicos e administrativos já poderiam ter sido superados, sobra então o problema financeiro para que a obra fosse retomada e com data marcada para ser concluída.
Se não, falta então disposição, compromisso, sentido de responsabilidade e nada, nem as alegações feitas pelo retrovisor, seriam possíveis de cambar uma proposta que atenda a todos os objetivos do governo do Estado, desde os objetivos diretamente relacionados com a educação, até aqueles pontos importantes para o turismo, isso passando pelo esporte, pelo lazer e pelas características que só Estado do Amapá pode apresentar para o mundo – um estádio com a linha que divide o meio do campo coincidindo com a linha do Equador.
Para ganhar prioridade levantar-se-iam os elementos técnicos da obra, como gramado e drenagem, que já estão prontos, mas que precisam receber serviços de manutenção e funcionar para não ser perdido.
Já imaginou se, por qualquer motivo, se perde o gramado do campo de jogo do Estádio? Quem, desta vez, seria escalado para ser o responsável? Quem calcularia e assumira os prejuízos?
Mas Estádio Zerão está como estava no segundo semestre do ano passado quando ganhava a prioridade nos palanques, nos discursos e nas promessas. E não era só a promessa dos candidatos ao cargo de governador, candidatos a deputados federais (alguns deles eleitos), candidatos ao senado (alguns deles eleitos), candidatos a deputados estaduais (muitos deles eleitos) e alguns atuais secretários, candidatos naquele período e que não foram eleitos.
É certo que a responsabilidade direta, agora, é do ex-deputado Joel Banha, engenheiro e atual secretário de estado da infraestrutura. Mas não custava nada os promesseiros conversar com o atual secretário e obter as explicações sobre o que o Governo está pensando para o Estádio.
Pode até que esteja pensando em não fazer nada, ou derrubar tudo o que ali está feito. Pode sim. Ninguém sabe apenas se conseguiria uma explicação plausível para zerar o que ali está feito.
Há muito que parlamentares, de vários partidos; ministros de algumas pastas; e até o ex-presidente Lula, por aqui estiveram visitando a promessa de Estádio Olímpico que faziam para o visitante ilustre que aprovava a idéia e com a colocação de recursos à disposição do Governo do Estado para a realização do sonho.
Nem sonho, nem nada. O Estádio Milton de Souza Correa continua lá, com as obas paradas há mais de seis meses, à espera de ganhar a prioridade que todos sabem ter e receber, de volta, primeiro os operários que irão recuperar o monumento, depois os torcedores, que irão vibrar com os seus clubes.
A esperança continua viva, mesmo assim precisa ser alimentada.

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