NOVA MENSAGEM PARA O CARNAVAL
Rodolfo Juarez
Hoje era para ser um dia daqueles! Um dia para buscar, na Banda, descarregar toda a tensão do desfile oficial das escolas de samba e dos blocos das duas associações. Mas que nada, a banda não vai ser motivo de ninguém para extravasar as suas tensões vividas na avenida.
E tem um motivo muito especial – não houve o desfile oficial das escolas de samba do Estado do Amapá.
Uma decepção para muita gente! Mas só tem um jeito: conformar-se.
Um dia tinha que acontecer. Já virara costume a pressão das dirigentes das escolas de samba, que também são dirigentes da Liga das Escolas de Samba, sobre o principal patrocinador, o Governo do Estado, ao qual chamavam de “parceiro”.
No dia que o “parceiro” não entendeu ser boa a “parceria” (e só existe parceria boa, não existe a parceria má ou ruim), nesse dia os dirigentes do mundo do samba, de forma apressada, disseram: “então não tem carnaval”.
Se fora (ou não) blefe, ninguém sabe e nunca vai saber, o fato é que o principal patrocinador disse “não” e manteve o “não”.
E o carnaval de 2011 passou longe dos desfiles das escolas de samba, a principal atração do carnaval amapaense, ou se quiserem: os desfiles das escolas de samba não aconteceram em 2011.
Nesses casos temos que levar em consideração aspectos que são próprios de um local. Enquanto em Recife a atração é o frevo; em Salvador é o axé; em Santana é o corredor da folia; em Macapá é o desfile oficial das escolas de samba.
Ainda não é aquele desfile! Mas já é uma atração muito importante, aliás, a mais importante do carnaval amapaense, aquela que tem a capacidade de atrair visitantes, lotar os hotéis, ocupar os taxis e lotar a estação de passageiro do aeroporto e os locais de desembarque das embarcações fluviais regionais.
Se ficar a lição, todos podem se empenhar nesse rumo e descobrir que vale a pena investir e trabalhar para transformar as apresentações em espetáculos a céu aberto que são feitos no sábado e no domingo de carnaval.
Claro que para isso acontecer, com o desfile se transformando em espetáculo, o carnaval tem que ser pensado de outra forma daquela que, até agora, foi pensada. O profissionalismo tem que prevalecer sobre o amadorismos, as escolas de samba têm que avançar também no profissionalismo e tirar do embaraço daqueles oportunistas que querem usar as escolas como instrumento para satisfazer as suas ambições pessoais.
O esforço de alguns continua sendo fundamental para que haja a alegria de todos e a mudança do processo de gestão nas escolas pode contribuir com esse profissionalismo e fazer com que as escolas, que já estão na luta a tanto tempo, possam consolidar-se e garantir, além do sucesso particular da instituição, o fortalecimento do carnaval no Estado.
Ficou diferente o carnaval sem o desfile das escolas de samba. Isso é a prova que todos precisavam para notar o quanto é importante o evento e, também, observar que essa importância precisa ser democratizada e não canalizada para poucos.
Ganhar a confiança de patrocinadores é decisivo nessa arrancada. De todos os patrocinadores, inclusive do Governo do Estado, administrador dos recursos do contribuinte, que contando com uma boa informação pode diminuir a rejeição que boa parte da sociedade tem para os recursos públicos aplicados no carnaval.
Só não vale repetir os chavões de que “é obrigação do governo” e que o carnaval “gera emprego e renda”. Nessa mensagem o contribuinte não acredita.
Rodolfo Juarez
Hoje era para ser um dia daqueles! Um dia para buscar, na Banda, descarregar toda a tensão do desfile oficial das escolas de samba e dos blocos das duas associações. Mas que nada, a banda não vai ser motivo de ninguém para extravasar as suas tensões vividas na avenida.
E tem um motivo muito especial – não houve o desfile oficial das escolas de samba do Estado do Amapá.
Uma decepção para muita gente! Mas só tem um jeito: conformar-se.
Um dia tinha que acontecer. Já virara costume a pressão das dirigentes das escolas de samba, que também são dirigentes da Liga das Escolas de Samba, sobre o principal patrocinador, o Governo do Estado, ao qual chamavam de “parceiro”.
No dia que o “parceiro” não entendeu ser boa a “parceria” (e só existe parceria boa, não existe a parceria má ou ruim), nesse dia os dirigentes do mundo do samba, de forma apressada, disseram: “então não tem carnaval”.
Se fora (ou não) blefe, ninguém sabe e nunca vai saber, o fato é que o principal patrocinador disse “não” e manteve o “não”.
E o carnaval de 2011 passou longe dos desfiles das escolas de samba, a principal atração do carnaval amapaense, ou se quiserem: os desfiles das escolas de samba não aconteceram em 2011.
Nesses casos temos que levar em consideração aspectos que são próprios de um local. Enquanto em Recife a atração é o frevo; em Salvador é o axé; em Santana é o corredor da folia; em Macapá é o desfile oficial das escolas de samba.
Ainda não é aquele desfile! Mas já é uma atração muito importante, aliás, a mais importante do carnaval amapaense, aquela que tem a capacidade de atrair visitantes, lotar os hotéis, ocupar os taxis e lotar a estação de passageiro do aeroporto e os locais de desembarque das embarcações fluviais regionais.
Se ficar a lição, todos podem se empenhar nesse rumo e descobrir que vale a pena investir e trabalhar para transformar as apresentações em espetáculos a céu aberto que são feitos no sábado e no domingo de carnaval.
Claro que para isso acontecer, com o desfile se transformando em espetáculo, o carnaval tem que ser pensado de outra forma daquela que, até agora, foi pensada. O profissionalismo tem que prevalecer sobre o amadorismos, as escolas de samba têm que avançar também no profissionalismo e tirar do embaraço daqueles oportunistas que querem usar as escolas como instrumento para satisfazer as suas ambições pessoais.
O esforço de alguns continua sendo fundamental para que haja a alegria de todos e a mudança do processo de gestão nas escolas pode contribuir com esse profissionalismo e fazer com que as escolas, que já estão na luta a tanto tempo, possam consolidar-se e garantir, além do sucesso particular da instituição, o fortalecimento do carnaval no Estado.
Ficou diferente o carnaval sem o desfile das escolas de samba. Isso é a prova que todos precisavam para notar o quanto é importante o evento e, também, observar que essa importância precisa ser democratizada e não canalizada para poucos.
Ganhar a confiança de patrocinadores é decisivo nessa arrancada. De todos os patrocinadores, inclusive do Governo do Estado, administrador dos recursos do contribuinte, que contando com uma boa informação pode diminuir a rejeição que boa parte da sociedade tem para os recursos públicos aplicados no carnaval.
Só não vale repetir os chavões de que “é obrigação do governo” e que o carnaval “gera emprego e renda”. Nessa mensagem o contribuinte não acredita.
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