sábado, 6 de abril de 2013

As trocas de comando nas secretarias de administração e da saude

Rodolfo Juarez
Se a troca do engenheiro Joel Banha pelo engenheiro Amilton Coutinho no comando da Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado tem grandes chances de melhorar o desempenho do time, essa melhora é duvidosa no setor do time ocupado pela Secretaria de Estado da Administração.
O novo secretário, Agnaldo Balieiro, assume um dos mais importantes setores do Governo, aquele que pode responder pela satisfação dos mais de vinte mil funcionários que o Estado conta para tocar a administração.
Dois pontos funcionam contra o secretário que assumiu: o primeiro, fundado na falta de experiência para o cargo que, entretanto, poderá ser superada pela aplicação ou mesmo por uma assessoria ajustada à política que, certamente será implantada ou tentada implantar no setor; o segundo, também ligado a falta de experiência do secretário, exigirá espírito de liderança e capacidade de comando para assumir os riscos de um projeto que não terá a cobertura do governador, ao contrário, terá o acompanhamento, pois, nesses casos, o gestor costuma a manter-se afastado, pois sabe para os problemas podem prendê-lo pelo vínculo e ainda sabe que as soluções serão contabilizadas para secretário.
Mas esse foi o preço cobrado para que se tornasse possível a volta de Joel Banha à Assembléia e pago conforme combinado.
Como é comum se ouvir que “o combinado não é caro” resta ao secretário Agnaldo Balieiro explicar aos seus fiéis eleitores, que com ele lutaram para vencer uma eleição, por muitos pleitos, o que só aconteceu em 2010, os motivos que o fizeram deixar a Assembleia Legislativa, pois é sabido que, além de contrariar esses eleitores, também teve que enfrentar os pedidos de “fica na Assembléia Legislativa” feitos pelos seus assessores e pelos dirigentes do PSB, que não aceitavam ficar sem representação naquela Casa Estadual de Leis.
Não foi fácil o convencimento, mas, segundo o que foi apurado, Agnaldo Balieiro, teve que ceder para dar condições ao governador fazer o que precisava ser feito, para melhorar a equipe que comanda.
Já a troca na Secretaria da Saúde, a quarta feita nestes dois anos de três meses de governo, era uma necessidade. Por lá as mudanças, considerando os últimos 10 anos, não apresentavam os resultados, ao contrário, com relação ao entendimento entre os médicos e o secretário que saiu, a precariedade era evidente e preocupante.
É voz corrente que a nova secretária de saúde do Governo do Estado, a enfermeira Olinda Consuelo, é braba, tem pouco jogo de cintura e pavio curto. Nada que não possa mudar, basta querer ou fazer algumas sessões de análise, votada para o interesse público, para que tudo mude.
Foi na Secretaria de Estado da Saúde que a mudança foi mais radical, de uma só tacada foram substituídos: o secretário e o secretário adjunto. Este cargo, secretário adjunto, foi assumido pelo delgado de polícia Sávio Pinto, que vinha dirigindo o Detran/AP, tendo mais aceitação do que rejeição durante o período que ficou por lá.
É bom lembrar que no comando do setor saúde já foram testados um procurador da república, com amplo conhecimento humano, e dois médicos com reconhecidos serviços médicos prestados à Governo do Estado. Agora uma enfermeira, mesmo durona com os seus auxiliares, tem todo direito de ter uma oportunidade. Pena que, com mais da metade do mandato do governador Camilo vencida, ainda seja preciso experimentar, pelo menos esse é o sentimento entre os funcionários da Sesa.
Será que vai dar certo? Essa é a pergunta mais feita pelos corredores da secretaria, por funcionários e populares que buscam atendimento no setor saúde.
O governador Camilo, certamente, tem razões de sobra para fazer modificação tão radical em um dos setores mais nervosos do governo e que tem sido motivo de muitos gols contra desde que assumiu o Governo do Estado, com falhas de marcação ou por deixar “zonas livres” por onde passam os adversários.  

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