Se a troca do
engenheiro Joel Banha pelo engenheiro Amilton Coutinho no comando da Secretaria
de Infraestrutura do Governo do Estado tem grandes chances de melhorar o
desempenho do time, essa melhora é duvidosa no setor do time ocupado pela Secretaria
de Estado da Administração.
O novo
secretário, Agnaldo Balieiro, assume um dos mais importantes setores do
Governo, aquele que pode responder pela satisfação dos mais de vinte mil
funcionários que o Estado conta para tocar a administração.
Dois pontos
funcionam contra o secretário que assumiu: o primeiro, fundado na falta de
experiência para o cargo que, entretanto, poderá ser superada pela aplicação ou
mesmo por uma assessoria ajustada à política que, certamente será implantada ou
tentada implantar no setor; o segundo, também ligado a falta de experiência do
secretário, exigirá espírito de liderança e capacidade de comando para assumir
os riscos de um projeto que não terá a cobertura do governador, ao contrário,
terá o acompanhamento, pois, nesses casos, o gestor costuma a manter-se
afastado, pois sabe para os problemas podem prendê-lo pelo vínculo e ainda sabe
que as soluções serão contabilizadas para secretário.
Mas esse foi o
preço cobrado para que se tornasse possível a volta de Joel Banha à Assembléia
e pago conforme combinado.
Como é comum se
ouvir que “o combinado não é caro” resta ao secretário Agnaldo Balieiro
explicar aos seus fiéis eleitores, que com ele lutaram para vencer uma eleição,
por muitos pleitos, o que só aconteceu em 2010, os motivos que o fizeram deixar
a Assembleia Legislativa, pois é sabido que, além de contrariar esses
eleitores, também teve que enfrentar os pedidos de “fica na Assembléia Legislativa”
feitos pelos seus assessores e pelos dirigentes do PSB, que não aceitavam ficar
sem representação naquela Casa Estadual de Leis.
Não foi fácil o
convencimento, mas, segundo o que foi apurado, Agnaldo Balieiro, teve que ceder
para dar condições ao governador fazer o que precisava ser feito, para melhorar
a equipe que comanda.
Já a troca na
Secretaria da Saúde, a quarta feita nestes dois anos de três meses de governo, era
uma necessidade. Por lá as mudanças, considerando os últimos 10 anos, não
apresentavam os resultados, ao contrário, com relação ao entendimento entre os
médicos e o secretário que saiu, a precariedade era evidente e preocupante.
É voz corrente
que a nova secretária de saúde do Governo do Estado, a enfermeira Olinda
Consuelo, é braba, tem pouco jogo de cintura e pavio curto. Nada que não possa
mudar, basta querer ou fazer algumas sessões de análise, votada para o
interesse público, para que tudo mude.
Foi na
Secretaria de Estado da Saúde que a mudança foi mais radical, de uma só tacada foram
substituídos: o secretário e o secretário adjunto. Este cargo, secretário
adjunto, foi assumido pelo delgado de polícia Sávio Pinto, que vinha dirigindo
o Detran/AP, tendo mais aceitação do que rejeição durante o período que ficou
por lá.
É bom lembrar
que no comando do setor saúde já foram testados um procurador da república, com
amplo conhecimento humano, e dois médicos com reconhecidos serviços médicos
prestados à Governo do Estado. Agora uma enfermeira, mesmo durona com os seus
auxiliares, tem todo direito de ter uma oportunidade. Pena que, com mais da
metade do mandato do governador Camilo vencida, ainda seja preciso
experimentar, pelo menos esse é o sentimento entre os funcionários da Sesa.
Será que vai dar
certo? Essa é a pergunta mais feita pelos corredores da secretaria, por
funcionários e populares que buscam atendimento no setor saúde.
O governador
Camilo, certamente, tem razões de sobra para fazer modificação tão radical em
um dos setores mais nervosos do governo e que tem sido motivo de muitos gols
contra desde que assumiu o Governo do Estado, com falhas de marcação ou por
deixar “zonas livres” por onde passam os adversários.
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