sábado, 20 de abril de 2013

Justiça Itinerante

Rodolfo Juarez
Os resultados dos projetos que alcançam sucesso nas avaliações e respeito de todos entre os que o avaliam, são as mais eficientes comprovações de que esses projetos deram certos e servem de exemplos para aqueles que nunca desistiram de experimentar propostas novas para alcançar os objetivos comunitários e sociais pretendidos.
Entre esses projetos o da ‘Justiça Itinerante’, se não é o exemplo principal por aqui, está entre aqueles que podem ser classificados entre os que alcançaram o sucesso, pela sua eficiência e, principalmente, no alcance de suas finalidades.
O Tribunal de Justiça do Estado Amapá e a Justiça Amapaense como um todo, são catalogadas como referência nacional e internacional em iniciativas que permitem a promoção da Justiça entre aqueles que mais precisam – os mais carentes.
É lógico que o resultado não é questão do acaso. É, isso sim, produto da determinação de todos os que participam e participaram do projeto desde o início, e da confiança que receberam e transmitiram para terceiros, todos aqueles que conseguiram tornar aquele trabalho, algo que pudesse fazer diferente, mas com eficiência e lógica, sempre colocando como principal objetivo o alcance, dos menos favorecidos, à plena Justiça, por mais simples ou mais complexa que se apresentasse.
São magistrados, promotores, procuradores, oficiais de justiça, auxiliares judiciários, advogados, defensores públicos entre outros agentes públicos que, compreendendo o cenário de dificuldades, resolveram enfrentar todas elas e levar, aos que precisam, os meios que a Justiça plena dispõe para colocar como ferramenta de solução de conflitos reais que estavam prejudicando o ambiente de paz entre parentes, amigos, vizinhos ou, simplesmente, aqueles que precisavam de um documento que pudesse definir, claramente, direitos e deveres do cidadão.
Levando a vontade de cada um, os compromissos que assumiram com a sociedade e a certeza de estarem praticando um bom exemplo de cidadania, esses visionários, embarcaram mais de 130 vezes nestes últimos anos, no que chamam de ‘Barco da Justiça Itinerante do Tjap’, confiando no conhecimento da região pelo comandante, nas habilidades do motorista, na culinária do cozinheiro e nos moços de convés, para realizar o que para alguns é uma aventura, mas que para eles é uma atribuição que pode ser desincumbida com alegria, satisfação e comprometimento.
Todas as direções - norte, sul, leste e oeste -, do Estado são as direções do barco da ‘Justiça Itinerante’ e seus animados e conscientes ocupantes. Algumas destas direções, percorridas em rios de águas calmas, noutras, entretanto, os rios não têm as águas tão calmas e, em uma direção, como a do Bailique, sabendo que, no caminho, podem deparar com os efeitos da pororoca ou ela mesma, com riscos próprios da natureza.
A chegada do barco ao destino definido é um dos momentos mais importantes da viagem, pois, além da emoção da equipe que chega há a confiança naqueles que lá estavam esperando. Ás vezes para resolver um problema de documento, mas algumas vezes para tratar de assunto mais complexo, como pensão alimentícia ou a regularização de uma adoção.
É um trabalho aprovado por todos.
Se for feita uma enquete para apurar a satisfação da população com relação aos serviços que são levados pela Justiça Amapaense aos moradores dos lugares mais afastados de um dos centros urbanos, através da ‘Justiça Itinerante’, o pesquisador corre o sério risco de obter aprovação total e resultado definindo completa satisfação popular.
A ‘Justiça Itinerante’ é um dos projetos que deixa todos satisfeitos, tantos os que o realizam, como aqueles que têm os seus litígios resolvidos durante as suas realizações.

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