segunda-feira, 8 de abril de 2013

Tragédia de Santana: Polícia Civil instaura Inquérito Policial

Policia Civil instaura Inquérito Policial para apurar responsabilidades pelas mortes ocorridas no porto de minério
O delgado José Neto, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, em Santana, é o presidente e já começou os trabalhos. São fortes os indícios de crime.
Dez dias depois da tragédia ocorrida no porto de embarque de minério, em Santana, município a 20 km de Macapá, capital do Amapá, administrado pela empresa transnacional Anglo América, e, até agora, ainda não foram encontrados os corpos de 3 dos seis trabalhadores que desapareceram no momento do desastre.
Foram encontrados e identificados os corpos dos funcionários Manoel Moraes de A. Souza (Anglo), Eglison Nazário dos Santos (AIS) e Josmar Oliveira Abreu (Juvic). Continuam desaparecidos os funcionários da Anglo American Pedro Coelho Ribeiro e Benedito Cláudio Lopes dos Santos e o funcionário da SGS, terceirizada da Anglo América, Maicon Clei Carvalho.
No final foi realizada uma reunião, no escritório da empresa Anglo American, entre os diretores da mineradora, quatro deputados federais do Amapá, o prefeito municipal de Santana, Robson Rocha e o presidente da Companhia Docas de Santana, Edival Tork, quando os parlamentares federais presentes ouviram o relato dos dirigentes da empresa sobre o episódio.
Estão abertas mais três linhas de investigação: uma pela Assembléia Legislativa, através de uma comissão especial composta por sete deputados; outra pelo Governo do Estado que instalou um grupo de trabalho para levantar as informações; e outra, comandada pelo delegado José Neto, da 1ª Delegacia de Polícia Civil do município de Santana, que preside o Inquérito Policial instaurado para apurar as responsabilidades pelas mortes dos 6 funcionários, vítimas do desastre, e que, até agora, ainda sabe existir 3 corpos, das seis vítimas, desaparecidos.
Os familiares dos desaparecidos continuam acampados na área do porto, mesmo contra a vontade da empresa que, mas dizem que só arredam o pé do local quando tiverem informações seguras sobre o que aconteceu e sobre onde estão os corpos das pessoas dadas como desaparecidas.
Os primeiros depoimentos, no Inquérito Policial já foram tomados e o delegado que preside o inquérito, ainda evita falar sobre o assunto considerando a complexidade da questão e o fato de ainda por avaliar estar no começo das investigações.
Um alerta foi dado pelo técnico que chefia a equipe de peritos da Polícia Técnica do Amapá, que esteve no local, que não descarta a possibilidade de novos deslocamentos de terra, pois, segundo o perito, há fissuras no terreno adjacente ao deslocamento o que incida aquela possibilidade.
A empresa postou na sua página principal do seu site que solicitou ao Comando da Marinha no Amapá um navio com a tecnologia sonar para auxiliar na busca das vítimas que ainda não foram localizadas. A embarcação estaria com chegada prevista para ontem, domingo, segunda a empresas irá mapear o fundo do Rio.

 

Aspecto da Reunião onde deputados federais, o prefeito
de Santana e outras autoridades participaram.

O que sobrou do pátio de embarque e do cais flutuante
do porto de minério, em Santana/AP.

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