sábado, 20 de abril de 2013

Saúde pede bandeira branca

Rodolfo Juarez
Não dá para acreditar no que está acontecendo com os dirigentes a Secretaria de Saúde do Estado do Amapá. Tanta confusão do lado de dentro e tanto sofrimento do lado de fora, justificam a imperiosa necessidade de ser levantada uma bandeira branca que permita a todos, uma oportunidade para buscar a melhor maneira de criar condições para atender o povo que quer apenas que o setor funcione.
O pedido de exoneração do secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, delegado de polícia Sávio Pinto, do cargo para o qual foi nomeado este mês, é uma demonstração de que por ali tem muita coisa fora do lugar e muita coisa que precisa ser arrumada.
Não adianta esperar bons resultados além dos muros do setor se intramuros o que ocorre é um verdadeiro festival de vaidades, de interesses e de incompreensões, onde o trabalho em equipe não tem lugar e a divisão de tarefas não está definida.
Depois da nomeação, no começo do mês, da enfermeira Olinda Consuelo, para o cargo de secretária de estado da saúde, que já estava na Casa, parecia que o governador havia encontrado a solução para os graves problemas que vem enfrentando par que aquele importante setor do governo funcione a favor da administração.
Mas a exoneração do secretário-adjunto da saúde, o delegado Sávio Pinto, que pertence ao grupo que detém especial confiança do governador, que tinha o seu trabalho no Detran bem avaliado pela administração e pelos usuários, acaba escancarando a grave situação por qual passa esse gigante da administração estadual, onde está colocada a segunda maior parcela do orçamento de 2013 – a Secretaria de Estado da Saúde.
Não dá mais para dizer que o próprio governador não tentou melhorar a administração dali, afinal de contas já foram nomeados 4 secretários e exonerados três nesse espaço de 27 meses. Muitos secretários para pouco tempo em uma mesma unidade administrativa, para qualquer que fosse, muito mais para uma da importância daquela que tem a incumbência de tratar da saúde do povo e agir como ‘cabeça do sistema’ para todo o Estado.
Isso não pode continuar acontecendo. É preciso que os outros entes a gestão entrem no circuito e procurem a resposta que o governador não acha, pois, a impressão exteriorizada é de que as correntes competitivas de interesses são tão fortes, mas tão fortes, que estão superando as correntes da coerência administrativa e, principalmente, daquela que é uma imposição constitucional – a corrente da eficiência.
Até quando isso vai continuar assim?
Pode ter certeza que, enquanto não for encontrado um bom rumo e um bom caminho para seguir esse rumo, a população continuará sendo a grande sacrificada e a cada dia, os profissionais que trabalham no setor e são comprometidos com o resultado, terão que dar muitas desculpas para as dificuldades de atendimento que os pacientes encontram todos os dias e todas as noites, nas casas de saúde que têm o amparo técnico, tecnológico e material da Secretaria de Estado da Saúde.
Se for preciso destruir as correntes que funcionam contrariamente aos objetivos da unidade, que se destrua, em nome da população, que sabe que o sistema local tem condições de melhor tratar os doentes e melhor atender aqueles que vão em busca de tratamento, marcação de consulta e de exames todos os dias.
Os dirigentes, os auxiliares desses dirigentes, os profissionais da saúde, precisam compreender que fazem parte do mesmo grupo e que esse grupo só verá recuperada a sua linha de sucesso quando se unir e entender que todos lutam pela mesma causa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário