Não dá para
acreditar no que está acontecendo com os dirigentes a Secretaria de Saúde do
Estado do Amapá. Tanta confusão do lado de dentro e tanto sofrimento do lado de
fora, justificam a imperiosa necessidade de ser levantada uma bandeira branca
que permita a todos, uma oportunidade para buscar a melhor maneira de criar
condições para atender o povo que quer apenas que o setor funcione.
O pedido de
exoneração do secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Saúde, delegado de
polícia Sávio Pinto, do cargo para o qual foi nomeado este mês, é uma
demonstração de que por ali tem muita coisa fora do lugar e muita coisa que
precisa ser arrumada.
Não adianta
esperar bons resultados além dos muros do setor se intramuros o que ocorre é um
verdadeiro festival de vaidades, de interesses e de incompreensões, onde o
trabalho em equipe não tem lugar e a divisão de tarefas não está definida.
Depois da
nomeação, no começo do mês, da enfermeira Olinda Consuelo, para o cargo de
secretária de estado da saúde, que já estava na Casa, parecia que o governador
havia encontrado a solução para os graves problemas que vem enfrentando par que
aquele importante setor do governo funcione a favor da administração.
Mas a exoneração
do secretário-adjunto da saúde, o delegado Sávio Pinto, que pertence ao grupo
que detém especial confiança do governador, que tinha o seu trabalho no Detran
bem avaliado pela administração e pelos usuários, acaba escancarando a grave
situação por qual passa esse gigante da administração estadual, onde está
colocada a segunda maior parcela do orçamento de 2013 – a Secretaria de Estado
da Saúde.
Não dá mais para
dizer que o próprio governador não tentou melhorar a administração dali, afinal
de contas já foram nomeados 4 secretários e exonerados três nesse espaço de 27
meses. Muitos secretários para pouco tempo em uma mesma unidade administrativa,
para qualquer que fosse, muito mais para uma da importância daquela que tem a
incumbência de tratar da saúde do povo e agir como ‘cabeça do sistema’ para
todo o Estado.
Isso não pode
continuar acontecendo. É preciso que os outros entes a gestão entrem no
circuito e procurem a resposta que o governador não acha, pois, a impressão
exteriorizada é de que as correntes competitivas de interesses são tão fortes,
mas tão fortes, que estão superando as correntes da coerência administrativa e,
principalmente, daquela que é uma imposição constitucional – a corrente da
eficiência.
Até quando isso
vai continuar assim?
Pode ter certeza
que, enquanto não for encontrado um bom rumo e um bom caminho para seguir esse
rumo, a população continuará sendo a grande sacrificada e a cada dia, os
profissionais que trabalham no setor e são comprometidos com o resultado, terão
que dar muitas desculpas para as dificuldades de atendimento que os pacientes
encontram todos os dias e todas as noites, nas casas de saúde que têm o amparo
técnico, tecnológico e material da Secretaria de Estado da Saúde.
Se for preciso
destruir as correntes que funcionam contrariamente aos objetivos da unidade,
que se destrua, em nome da população, que sabe que o sistema local tem
condições de melhor tratar os doentes e melhor atender aqueles que vão em busca
de tratamento, marcação de consulta e de exames todos os dias.
Os dirigentes,
os auxiliares desses dirigentes, os profissionais da saúde, precisam
compreender que fazem parte do mesmo grupo e que esse grupo só verá recuperada
a sua linha de sucesso quando se unir e entender que todos lutam pela mesma
causa.
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