terça-feira, 2 de abril de 2013

GEA/PMM: As chances da parceria

Rodolfo Juarez
Foram 90 dias de conversa, alguns atritos, malentenditos, mas, agora, ao que parece tudo começa a se encaminhar no rumo dos objetivos que foram traçados.
Claro que não irá a lugar algum se não for trabalhado os elementos necessários que possam fornecer um cronograma, onde as tarefas de cada ente estejam listadas e as metas perfeitamente definidas.
Não é pedir muito. É que no serviço público não tem outra forma. É assim, não prevalece a boa vontade, prevalece a boa gestão e, quase sempre, boa vontade não implica em boa gestão.
Mesmo para as três prioridades definidas – tapa-buracos, melhoria no atendimento básico de saúde e limpeza da cidade -, considerando a situação em que se encontram as ruas, a confiança e o sistema de limpeza da cidade, os estudos devem apontar para soluções que precisarão de tempo maior do que o resto do mandato do governador Camilo e todo o mandato do prefeito Clécio.
Mas fazer pelo menos uma parte, nesse tempo que está muito curto, já renova a esperança de que Macapá volte a ser cuidada conforme precisa e não se conformar como uma das opções que nem consta da lista de prioridades nem da Prefeitura e nem do Governo.
Entender o que precisa ser feito, o tempo e a quantidade de recursos que são necessários para alcançar as metas deve estar nos pontos de amostragem dos dois gestores, despertando o compromisso que cada um deve ter com as necessidades que haverão de se impor e que precisam ser compreendidas, independente das vontades ou das vantagens que, quem quer que seja, possa usufruir.
Entre as três prioridades definidas, não dá para eleger uma que possa ter preferência sobre a outra, mesmo sabendo que uma não implica na outra.
O serviço de tapa-buraco pode até ser o mais urgente, entretanto atende a uma parcela menor da sociedade. O mesmo acontece com a melhoria no atendimento no sistema básico de saúde, com uma particularidade, a melhoria, caso se confirme, despertará um gigante que está adormecido – a confiança no próprio sistema que, no momento, não detém a confiança da população, que está a exigir provas de que as ofertas podem mudar.
O serviço de limpeza pública não pode se limitar aos mutirões, como cabia há pouco tempo. Acontece que a população de Macapá já não se convence com os paliativos, compreende as segundas intenções dos políticos.
Os contribuintes que moram aqui já fazem a leitura das suas responsabilidades e das responsabilidades dos gestores. Então não adianta colocar roçadeiras, caçambas e pás carregadeiras, como se fazia até a década de 90. Agora o trabalho não pode ser assim, esse trabalho é parte de um todo muito maior, que vai desde as considerações com o meio ambiente até à mobilidade urbana, esteja na parte da cidade em que estiver a necessidade da população.
As notícias dadas pelas redes sociais a propósito dos canais – elementos essenciais no processo de limpeza -, dando conta de que a construção ou condicionamento deles estava parado há mais de 10 anos, é um ledo (ou proposital) engano. Não se melhora as condições dos canais que recebem as águas da chuva em Macapá, dede 1995, quando foi paralisada a obra de construção do Canal do Jandiá.
Desde aquela época que não se trabalhou a melhoria do sistema de drenagem da cidade, na parte possível com a utilização dos canais naturais. Os canis são importantes para a construção das vias urbanas de cidade. Barateia os custos.
Se o compromisso da parceria, entre o Governo e a Prefeitura de Macapá, foi firmado com objetivo diferente do que foi anunciado haverá muitas dificuldades para as metas serem atingidas. Agora, se os objetivos forem apenas para melhorar a aceitação popular do governador e do prefeito, então as chances de sucesso serão reduzidíssimas.

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