Foram 90 dias de
conversa, alguns atritos, malentenditos, mas, agora, ao que parece tudo começa
a se encaminhar no rumo dos objetivos que foram traçados.
Claro que não
irá a lugar algum se não for trabalhado os elementos necessários que possam
fornecer um cronograma, onde as tarefas de cada ente estejam listadas e as
metas perfeitamente definidas.
Não é pedir
muito. É que no serviço público não tem outra forma. É assim, não prevalece a
boa vontade, prevalece a boa gestão e, quase sempre, boa vontade não implica em
boa gestão.
Mesmo para as
três prioridades definidas – tapa-buracos, melhoria no atendimento básico de
saúde e limpeza da cidade -, considerando a situação em que se encontram as
ruas, a confiança e o sistema de limpeza da cidade, os estudos devem apontar
para soluções que precisarão de tempo maior do que o resto do mandato do
governador Camilo e todo o mandato do prefeito Clécio.
Mas fazer pelo
menos uma parte, nesse tempo que está muito curto, já renova a esperança de que
Macapá volte a ser cuidada conforme precisa e não se conformar como uma das
opções que nem consta da lista de prioridades nem da Prefeitura e nem do
Governo.
Entender o que
precisa ser feito, o tempo e a quantidade de recursos que são necessários para
alcançar as metas deve estar nos pontos de amostragem dos dois gestores,
despertando o compromisso que cada um deve ter com as necessidades que haverão
de se impor e que precisam ser compreendidas, independente das vontades ou das
vantagens que, quem quer que seja, possa usufruir.
Entre as três
prioridades definidas, não dá para eleger uma que possa ter preferência sobre a
outra, mesmo sabendo que uma não implica na outra.
O serviço de
tapa-buraco pode até ser o mais urgente, entretanto atende a uma parcela menor
da sociedade. O mesmo acontece com a melhoria no atendimento no sistema básico
de saúde, com uma particularidade, a melhoria, caso se confirme, despertará um
gigante que está adormecido – a confiança no próprio sistema que, no momento,
não detém a confiança da população, que está a exigir provas de que as ofertas
podem mudar.
O serviço de
limpeza pública não pode se limitar aos mutirões, como cabia há pouco tempo.
Acontece que a população de Macapá já não se convence com os paliativos,
compreende as segundas intenções dos políticos.
Os contribuintes
que moram aqui já fazem a leitura das suas responsabilidades e das
responsabilidades dos gestores. Então não adianta colocar roçadeiras, caçambas
e pás carregadeiras, como se fazia até a década de 90. Agora o trabalho não
pode ser assim, esse trabalho é parte de um todo muito maior, que vai desde as
considerações com o meio ambiente até à mobilidade urbana, esteja na parte da
cidade em que estiver a necessidade da população.
As notícias
dadas pelas redes sociais a propósito dos canais – elementos essenciais no
processo de limpeza -, dando conta de que a construção ou condicionamento deles
estava parado há mais de 10 anos, é um ledo (ou proposital) engano. Não se
melhora as condições dos canais que recebem as águas da chuva em Macapá, dede
1995, quando foi paralisada a obra de construção do Canal do Jandiá.
Desde aquela
época que não se trabalhou a melhoria do sistema de drenagem da cidade, na
parte possível com a utilização dos canais naturais. Os canis são importantes
para a construção das vias urbanas de cidade. Barateia os custos.
Se o compromisso
da parceria, entre o Governo e a Prefeitura de Macapá, foi firmado com objetivo
diferente do que foi anunciado haverá muitas dificuldades para as metas serem
atingidas. Agora, se os objetivos forem apenas para melhorar a aceitação
popular do governador e do prefeito, então as chances de sucesso serão
reduzidíssimas.
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