Os cem primeiros
dias de trabalho no período do mandato do prefeito Clécio foram completados.
Houve a divulgação de praxe e eles, os ‘cem dias’, foram imediatamente
superados, ficando para registro, as imagens e os áudios gravados em arquivos
eletrônicos que comporão os relatórios desse primeiro ano da administração do
PSOL na primeira capital brasileira que recebeu para governar.
Nada de especial
ou incomum foi apresentado ou dito no momento escolhido pelo prefeito e seus
auxiliares, para apresentar alguma coisa e dizer qualquer coisa, que pudesse
servir de alento à população que, por muito tempo, espera que aconteça essa
‘alguma coisa’ que possa reacender a esperança daqueles que estão acabrunhados
pela falta de pontaria que vêm tendo para eleger um gestor, pelo menos
diferente, para que mude a tendência de maus resultados que lhes vem sendo
apresentados pelos gestores que têm assumido o cargo de Prefeito de Macapá.
Já são muitos os
macapaenses que completam ou estão próximo de completar 18 anos e, até agora,
só conseguiram ouvir reclamações e acompanhar a forma desleixada como a sede e
do município de Macapá - e seus distritos - vêm sendo tratados pelos prefeitos
que têm elegido a cada quatro anos.
Os problemas
principais da cidade são os mesmos, desde quando entrou nesse ciclo que está
obrigando aos eleitores procurar, em todos os partidos, alguém que possa
interpretar o que pensam e o que querem.
Os gestores dos
últimos mandatos de prefeito foram permitindo que houvesse esse contínuo
desgaste na qualidade de vida daqueles do que moram em Macapá, e que viram o
orçamento do Município mais que triplicar nestes últimos 12 anos, mas que não
percebem a correspondente aplicação do que paga, como o contribuinte, em
projetos que sejam de interesse geral e que possam recuperar a cidade.
Sobrou para os
habitantes uma cidade maltratada, sem permitir que os seus moradores se
desloquem com segurança e tranquilidade de um bairro para o outro, pois as ruas
e avenidas estão sem condições, o sistema de transporte coletivo é muito ruim,
desde os carros até aos abrigos, localizados em pontos de paradas completamente
inadequados, não raro às proximidades de amontoados de lixo, inclusive
doméstico e hospitalar, atraindo até urubus para próximo daqueles que querem
apenas ir a uma visita, chegar ao trabalho ou voltar para casa.
A coleta, o
transporte e o destino final do lixo urbano, apesar de ter o serviço
transferido, por concessão pública, para empresas privadas, o município
demonstra que tem dificuldade para selecionar a empresa, fiscalizar o serviço
que ela presta e pagá-la em dia, transformado o que era uma solução em um
imenso problema, superando os limites da empresa e alcançando os trabalhadores,
que ficam sem receber os seus salários.
O município,
este ano de 2013, não tem condições de oferecer as vagas para os alunos do
ensino infantil e básico, por falta de salas de aula, professores, merenda
escolar; o sistema de saúde no atendimento básico, de responsabilidade do
município, oferece um atendimento precário, o que faz com que a dor dos doentes
passem para os sãos, devido ao stress a que são submetidos nas intermináveis
filas e na falta de profissionais médicos para o atendimento que precisam.
E a passagem
desses últimos 100 dias, à medida que se aproximava a data marcada, aumentava a
esperança do povo.
Mas não foi
desta vez!
As desculpas
foram as mesmas, as medidas necessárias não foram tomadas ou, sequer
anunciadas. Uma rotina que precisa ter um fim.
E agora prefeito?
O que dizer para
a população? Como explicar mais essa frustração?
Pelo menos um
último esforço, por favor. Macapá precisa!
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