Como se não
bastasse a vontade de alguns empresários aventureiros que aparecem por aqui,
querendo se dar bem, cantando a música da “sereia”, agora alguns mal informados
auxiliares dos agentes públicos, estão prestando o desserviço, tentando
confundir a população, com informação inverídica e que não faz parte da
história do Porto de Santana.
A falta de
respeito com a história e com aqueles que fizeram a história é tão relevante no
posicionamento daqueles que querem entregar o porto para terceiros, com se isso
fosse de grande interesse para os santanenses que acreditaram que tinham
competência para administração o porto e a atividade portuária.
Este mês a PEC
da Modernização dos Portos será votada e aprovada no Congresso Nacional e
trazendo pontos relevantes com relação ao Porto de Macapá, em Santana, que está
sob concessão ao Município de Santana, dando prioridade à licitação de áreas
para construção de portos particulares.
Porque as
empresas que estão interessadas no Porto Público não se interessam em entrar na
licitação e construir o seu próprio porto?
Não, querem o
que já está pronto.
E querem de
qualquer maneira, inclusive tentando vencer uma proteção muito forte, estabelecido
de maneira legal, para que a Companhia Docas de Santana não perca a condição de
Autoridade Portuária, fundamental para os interesses de Santana e do Estado.
Embarcar minério
pelo porto concebido para outra função é um absurdo e só analisado por quem não
estudou o assunto.
O Porto de
Santana só é rentável porque foi bem concebido, independente das forças
políticas que sempre estiveram dispostas a viciar o processo. Como agora,
quando algumas autoridades e alguns dos assessores dessas autoridades, sentem-se
surpreendentemente penalizados por aqueles milionários, donos das empresas
multinacionais, que, sem argumento para não investir, avançam com a desculpa
dos empregos que geraram para os “amapaenses”.
Basta pesquisar
para verificar que as vagas de empregos que as empresas exploradoras do minério
amapaense, com raras exceções, não são ocupadas por aqueles que aqui estavam e
que foram considerados caros e por isso importaram trabalhadores de outras
regiões, disposta a aceitar qualquer condição, para trabalhar na exploração do
minério.
O minério só dá
uma vez. E mesmo assim os atuais exploradores do minério amapaense só instalam
por aqui, para explorar as minas, exigindo incentivos fiscais como se o minério
baixasse de valor ou mudasse de dono, com o passar dos tempos.
Até agora a
exploração dessas riquezas, que já estiveram em montanhas, agora são vistas na
linha do horizonte ou sob essa linha, devido a transferência da montanha
amapaenses para países asiáticos, americanos e europeus, que deixaram os bolsos
dos donos das empresas exploradoras, cheios de dólares, bem longe daqui.
Ceder a
estrutura do Porto de Santana para resolver o problema de empresas que não
querem investir no Amapá é um erro primário que repete decisões tomadas por
governantes que não tinham compromisso com o Amapá e que tinham vindo para
estas terras no sentido de povoá-la e ganhar o máximo de dinheiro que pudesse.
O exemplo do
milionário Eike Batista é um emblema que pode ser colocado na porta de cada
pessoa sofrida, pobre e abandonada socialmente, que habitam as palafitas em
Macapá e em Santana.
Bravatear não é
um bom exemplo e oferecer o que não lhe pertence, também.
Os problemas das
empresas exportadoras do ferro e do ouro amapaenses precisam ser resolvidos por
aquelas empresas sob a supervisão e exigência do setor público e não deixar que
a seta da lança aponte para o peito da administração do Amapá.
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