sábado, 27 de abril de 2013

O problema do embarque de minério, em Santana, é das empresas

Rodolfo Juarez
Como se não bastasse a vontade de alguns empresários aventureiros que aparecem por aqui, querendo se dar bem, cantando a música da “sereia”, agora alguns mal informados auxiliares dos agentes públicos, estão prestando o desserviço, tentando confundir a população, com informação inverídica e que não faz parte da história do Porto de Santana.
A falta de respeito com a história e com aqueles que fizeram a história é tão relevante no posicionamento daqueles que querem entregar o porto para terceiros, com se isso fosse de grande interesse para os santanenses que acreditaram que tinham competência para administração o porto e a atividade portuária.
Este mês a PEC da Modernização dos Portos será votada e aprovada no Congresso Nacional e trazendo pontos relevantes com relação ao Porto de Macapá, em Santana, que está sob concessão ao Município de Santana, dando prioridade à licitação de áreas para construção de portos particulares.
Porque as empresas que estão interessadas no Porto Público não se interessam em entrar na licitação e construir o seu próprio porto?
Não, querem o que já está pronto.
E querem de qualquer maneira, inclusive tentando vencer uma proteção muito forte, estabelecido de maneira legal, para que a Companhia Docas de Santana não perca a condição de Autoridade Portuária, fundamental para os interesses de Santana e do Estado.
Embarcar minério pelo porto concebido para outra função é um absurdo e só analisado por quem não estudou o assunto.
O Porto de Santana só é rentável porque foi bem concebido, independente das forças políticas que sempre estiveram dispostas a viciar o processo. Como agora, quando algumas autoridades e alguns dos assessores dessas autoridades, sentem-se surpreendentemente penalizados por aqueles milionários, donos das empresas multinacionais, que, sem argumento para não investir, avançam com a desculpa dos empregos que geraram para os “amapaenses”.
Basta pesquisar para verificar que as vagas de empregos que as empresas exploradoras do minério amapaense, com raras exceções, não são ocupadas por aqueles que aqui estavam e que foram considerados caros e por isso importaram trabalhadores de outras regiões, disposta a aceitar qualquer condição, para trabalhar na exploração do minério.
O minério só dá uma vez. E mesmo assim os atuais exploradores do minério amapaense só instalam por aqui, para explorar as minas, exigindo incentivos fiscais como se o minério baixasse de valor ou mudasse de dono, com o passar dos tempos.
Até agora a exploração dessas riquezas, que já estiveram em montanhas, agora são vistas na linha do horizonte ou sob essa linha, devido a transferência da montanha amapaenses para países asiáticos, americanos e europeus, que deixaram os bolsos dos donos das empresas exploradoras, cheios de dólares, bem longe daqui.
Ceder a estrutura do Porto de Santana para resolver o problema de empresas que não querem investir no Amapá é um erro primário que repete decisões tomadas por governantes que não tinham compromisso com o Amapá e que tinham vindo para estas terras no sentido de povoá-la e ganhar o máximo de dinheiro que pudesse.
O exemplo do milionário Eike Batista é um emblema que pode ser colocado na porta de cada pessoa sofrida, pobre e abandonada socialmente, que habitam as palafitas em Macapá e em Santana.
Bravatear não é um bom exemplo e oferecer o que não lhe pertence, também.
Os problemas das empresas exportadoras do ferro e do ouro amapaenses precisam ser resolvidos por aquelas empresas sob a supervisão e exigência do setor público e não deixar que a seta da lança aponte para o peito da administração do Amapá. 

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