domingo, 28 de abril de 2013

De olho em 2014

Rodolfo Juarez
São inegáveis e compreensíveis as movimentações de partidos e possíveis candidatos aos cargos que estarão em disputa no ano que vem. Afinal de contas a pressão vem de todos os lados, mas nenhum lado quer perder o terreno que conquistou nas eleições já realizadas.
A inquietude, comportamento próprio dos humanos, declara todo o processo que aflora ao menor chamado ou mesmo à definição do mais singelo sinal.
Sem dizer nem que sim; nem que não, mas todos compreendendo que é sim, o governador Camilo ajusta desde o final do ano passado, o caminho que calcula percorrer no sentido de obter a reeleição, não obstante os resultados da aceitação, até agora, da sua administração.
Inegavelmente esse índice baixo de aceitação é o reflexo do imenso desgaste que tem assumido devido às greves do ano passado, às dificuldades que tem experimentado especialmente na administração da Secretaria de Estado da Saúde e na Secretaria de Estado da Segurança Pública, nesse momento os dois grandes calcanhares de Aquiles.
Os atrasos verificados nas obras e a falta de informação sobre esses atrasos podem ser apontados como alguns dos pontos que tem puxado a popularidade do governador para baixo, muito embora haja um esforço muito grande, noutros pontos da preparação, no sentido de compensar os problemas na saúde, na educação e na segurança.
Os prováveis adversários se movimentam todos os dias e movimentam o seu entorno, muito embora a população eleitora ainda entenda que seja sedo para falar sobre o assunto, também entende que aqueles que vão para a disputa devem dizer logo que é candidato, antes que os compromissos sejam fechados.
Um grupo forte de candidatos e partidos tem com vértice o PTB que trás como principal estrela o vereador Lucas Barreto, já trabalhando as alianças possíveis e não descartando aqueles que vêm nas suas chances de governar o Estado, as suas próprias chances de ter sucesso nas disputas por uma cadeira seja na qualidade de deputado estadual ou de deputado federal.
As especulação sobre a candidatura do senador Sarney, do PMDB, são grandes, pois os 24 anos de mandato de senador pelo Amapá, que vai alcançar até acabar, no final de 2014 o seu terceiro mandato de 8 anos, podem estar contaminados pela rejeição natural, mas também pode ainda ser a catapulta daqueles que estão começando ou que já começaram mais não saíram do lugar.
Há quem diga que a renovação na Assembléia Legislativa será grande, ou seja, não será surpresa se as trocas de mandatários for superior a 12, ou seja, 50%. As razões são muitas, principalmente aquelas que estão baseadas na eficácia dos resultados. O grande problema é a interinidade da atual presidência da Mesa Diretora que já vai alcançar um ano de duração.
A bancada de deputados federais pode sofrer a influência dos eleitos como deputados estaduais e, também, ficar comprometida com a mudança de 4 a 5 nomes dos atuais que estão exercendo o mandato.
Mesmo com a importância das eleições para o legislativo, a eleição para governador é que deve concentrar a atenção de todos, e desde logo, quando o futuro governador, que pode ser o próprio governador Camilo se reeleito for, pois vai administrar um orçamento, no primeiro ano, em 2015, superior a 5 bilhões de reais e, pela primeira vez um governador vai herdar uma dívida bilionária com aqueles que deve ser paga para o BNDES.
Os que podem estar na disputa desde logo, levam vantagem, por exemplo, sobre uma eventual candidatura ao Governo do Estado de um filiado do PDT, que ainda carrega o trauma dos abalos sofridos em 2010, como é o caso do ex-governador Waldez Góes que, para muitos, ainda está vivinho da “silva”, muito embora vivendo que nem jabuti. 

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