São inegáveis e
compreensíveis as movimentações de partidos e possíveis candidatos aos cargos
que estarão em disputa no ano que vem. Afinal de contas a pressão vem de todos
os lados, mas nenhum lado quer perder o terreno que conquistou nas eleições já
realizadas.
A inquietude,
comportamento próprio dos humanos, declara todo o processo que aflora ao menor
chamado ou mesmo à definição do mais singelo sinal.
Sem dizer nem
que sim; nem que não, mas todos compreendendo que é sim, o governador Camilo
ajusta desde o final do ano passado, o caminho que calcula percorrer no sentido
de obter a reeleição, não obstante os resultados da aceitação, até agora, da
sua administração.
Inegavelmente
esse índice baixo de aceitação é o reflexo do imenso desgaste que tem assumido
devido às greves do ano passado, às dificuldades que tem experimentado
especialmente na administração da Secretaria de Estado da Saúde e na Secretaria
de Estado da Segurança Pública, nesse momento os dois grandes calcanhares de
Aquiles.
Os atrasos
verificados nas obras e a falta de informação sobre esses atrasos podem ser
apontados como alguns dos pontos que tem puxado a popularidade do governador
para baixo, muito embora haja um esforço muito grande, noutros pontos da preparação,
no sentido de compensar os problemas na saúde, na educação e na segurança.
Os prováveis
adversários se movimentam todos os dias e movimentam o seu entorno, muito
embora a população eleitora ainda entenda que seja sedo para falar sobre o
assunto, também entende que aqueles que vão para a disputa devem dizer logo que
é candidato, antes que os compromissos sejam fechados.
Um grupo forte
de candidatos e partidos tem com vértice o PTB que trás como principal estrela
o vereador Lucas Barreto, já trabalhando as alianças possíveis e não
descartando aqueles que vêm nas suas chances de governar o Estado, as suas
próprias chances de ter sucesso nas disputas por uma cadeira seja na qualidade
de deputado estadual ou de deputado federal.
As especulação
sobre a candidatura do senador Sarney, do PMDB, são grandes, pois os 24 anos de
mandato de senador pelo Amapá, que vai alcançar até acabar, no final de 2014 o
seu terceiro mandato de 8 anos, podem estar contaminados pela rejeição natural,
mas também pode ainda ser a catapulta daqueles que estão começando ou que já
começaram mais não saíram do lugar.
Há quem diga que
a renovação na Assembléia Legislativa será grande, ou seja, não será surpresa
se as trocas de mandatários for superior a 12, ou seja, 50%. As razões são muitas,
principalmente aquelas que estão baseadas na eficácia dos resultados. O grande
problema é a interinidade da atual presidência da Mesa Diretora que já vai
alcançar um ano de duração.
A bancada de
deputados federais pode sofrer a influência dos eleitos como deputados
estaduais e, também, ficar comprometida com a mudança de 4 a 5 nomes dos atuais
que estão exercendo o mandato.
Mesmo com a
importância das eleições para o legislativo, a eleição para governador é que
deve concentrar a atenção de todos, e desde logo, quando o futuro governador,
que pode ser o próprio governador Camilo se reeleito for, pois vai administrar
um orçamento, no primeiro ano, em 2015, superior a 5 bilhões de reais e, pela
primeira vez um governador vai herdar uma dívida bilionária com aqueles que
deve ser paga para o BNDES.
Os que podem
estar na disputa desde logo, levam vantagem, por exemplo, sobre uma eventual
candidatura ao Governo do Estado de um filiado do PDT, que ainda carrega o
trauma dos abalos sofridos em 2010, como é o caso do ex-governador Waldez Góes
que, para muitos, ainda está vivinho da “silva”, muito embora vivendo que nem
jabuti.
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