Sempre foi muito
claro o cuidado que a sociedade, independente dos programas oficiais, mantinha
em defesa das questões que interessavam ao meio ambiente atual e futuro, com os
programas de governo, todos eles, e desde a época de território federal, sempre
sendo desenvolvidos no sentido da melhoria do meio ambiente daqui.
O alto
percentual de preservação ambiental de então, em todas as faces do sistema, era
apenas uma consequência da exigência do senso comum que, na prática, destinava
grande parte do seu esforço, para que os gestores públicos e os empreendedores
privados destinassem boa parte de suas atenções e controles, para o meio
ambiente local.
Todo o aparelho
público, de forma automática e comprometido com os programas ambientais
compensatórios, atuava no sentido de zelar, para que tudo o que fosse possível
fazer para manter intacto ou adaptado às condições favoráveis à participação da
comunidade, fosse feito.
As unidades
públicas ambientais estavam comprometidas com o desenvolvimento local, mas
muito atentas para que não houvesse prejuízos nos interesse difusos, entendido
como das gerações de então e das futuras, inclusive aquela que agora está por
aqui, descuidada e desinteressada.
O sentimento de
preservação ambiental era verdadeiramente muito forte. As regras que orientavam
as ações eram seguidas muito antes daquelas que foram estabelecidas com a
Constituição de 88 e depois da nossa Carta Magna.
Obras
importantíssimas passaram a ser cobradas das autoridades e uma delas era a
construção do cais da orla que começava muito acima do Igarapé da Fortaleza e
se estendia até o Araxá, como que orientando até onde o grande rio poderia ir
deixando que a beira-rio o recepcionasse, em condições que as suas águas
respeitariam o limite e não derrubassem as ribanceiras com os seus banzeiros.
Foi assim que
foram feitos os contrafortes do bairro onde está a paróquia de Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro, do Bairro Santa Inês, do Araxá, na cidade de Macapá, e a orla
Fazendinha no famoso balneário.
Foi nesse
ambiente de respeito ao meio ambiente, no Amapá, que o Brasil acompanhou a
Conferência Rio-92, que deixou como legado a Agenda 21, com uma lista normativa
que pretendia mudar o conceito de meio ambiente no Mundo e especialmente no
Brasil.
Praticamente
todos os formadores de opinião, os administradores públicos e os empreendedores
locais eram ativistas ambientais. Quem tentasse destruir um sitio com elementos
ambientais especiais, não teria sucesso na sua empreitada.
Como exemplo tem
o episódio da descoberta de 3 fontes de água natural às proximidades da Avenida
Henrique Galúcio, uma das mais importantes avenidas da Macapá de então, para
que a rua fosse interrompida, para que aquelas fontes fossem preservadas e, em torno
delas projetada uma das mais belas praças de Macapá – a Praça Floriano Peixoto.
Foi assim, no
mesmo sentido que foi feita a Praça da Bandeira, uma verdadeira obra de arte,
desenha por um arquiteto local e se constituindo na primeira praça com elementos
elevados que até hoje são elementos da beleza do local e que há 37 anos foi
inaugurada e está, a cada dia, mais bonita.
O governador
João Capiberibe, durante oito anos, fez de um programa ambiental a viga mestra
do seu plano de governo – o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá,
principal instrumento que consolidou a importância política que todos de sua
família e do seu partido, o PSB.
O que o
governador Waldez e sua equipe de governo fez, durante oito anos, foi riscar
dos caminhos do Governo do Estado tudo o que fizesse qualquer referência ao
PDSA, inclusive renegando, com alguns aliados, por causa disso, o zelo pelo
meio ambiente local.
Agora o Amapá já
se constituiu em um retalho ambiental, jogado sem proteção e sem protetores, no
fundo de um cesto, desprezado por todos, sem inclusive ambientalistas, mesmo os
que teriam obrigação funcional de zelar, para segurar as alças do que resta e
evitar a destruição do que ainda sobrevive.
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