domingo, 23 de março de 2014

Eleições 2014: cenários

Rodolfo Juarez
Daqui a duas semanas o cenário político estará desenhado em com tintas mais fortes onde alguns dos que pretendiam ser protagonistas já começam a desaparecer, seja pela falta de densidade eleitoral, seja pela “descoberta” de que não adianta navegar em mares que não conhece.
A profusão de candidatos acabou criando algumas situações que colocaram em xeque os objetivos de alguns filiados partidários que imaginaram que ser candidato é uma questão de vontade ou de oportunismo. Não perceberam ainda que para ser candidato a governador do estado é preciso ter uma boa dose se preparo eleitoral e uma base política consistente, além de uma preparação técnica mínima, mesmo para aqueles que não usam essa consistência no exercício do mandato.
As eleições regionais de 2014, no Amapá, oferecem 35 mandatos, sendo: 24 para deputados estadual, 8 para deputado federal, 1 para senador, 1 para governador e 1 para vice-governador. Para disputar esses 35 mandatos são esperados 280 candidatos, a maioria para deputado estadual, em torno de 71%, seguido de candidatos a deputado federal (24%); governador, vice-governador e senador, os três juntos com 5% do número de candidatos.
Mera especulação? Isso mesmo, mas que vem se confirmando ao longo desse período do Amapá Estado da Federação.
No momento 10 nomes se apresentam como pré-candidatos, muito mais para tentar massificar o nome perante o eleitor e procurar convencer as lideranças do seu partido que é bom ter um candidato ao cargo de Governador do Estado para dar força ao partido perante a comunidade política estadual, do que com objetivos definidos para uma campanha eleitoral e disputa do cargo.
Ao final, por várias circunstâncias, o número de pré-candidatos se reduzirá e sairão das convenções partidárias de junho, três candidatos que vão disputar as eleições para governador e três que estrão fazendo número e história.
Eventos, como o desta semana, quando por aqui passou o senador Sarney, deixando a bola de alguns candidatos tão murchas que ela e sem condições de receber mais ar, seja pela falta do próprio ar, seja pela desistência melancólica do candidato, vão se repetir, diminuindo o número de candidatos.
O comportamento eleitoral dos candidatos só mudará, quando o eleitor resolver decidir que ele realmente quer mudar. De nada adianta os candidatos anunciarem mudanças, pois, todos já perceberam que isso é apenas força de expressão que é dita para satisfazer o eleitor que, depois, vê-se parte da mesma roda e sem condições de agir ou mesmo reagir.
O eleitor já descartou alguns nomes antes mesmo desses nomes serem oficialmente lançados, não dando oportunidade para, sequer, uma segunda chamada ou uma recuperação. E é apenas isso porque o eleitor não está muito atento às eleições, deixando isso para os cabos eleitorais, principalmente aqueles que falam mais na defesa dos seus “chefes”, nem que os chefes estejam cometendo, ou cometeram erros administrativos imperdoáveis e, até, injustificáveis.
A eleição de 2014 apresenta aos candidatos a disputa do sétimo mandato para ser exercido no período de 2015 a 2018, em um ambiente muito diferente daqueles verificados em 1990, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quando foram eleitos Annibal Barcellos, João Capiberibe (dois mandatos), Waldez Góes (dois mandatos) e Camilo Capiberibe.
O ambiente de agora apresenta um eleitorado mais informado, mais exigente e com possibilidade de escolher, de verdade, quem está mais preparado e em melhores condições para governar o Estado e, mais, que tem uma equipe que possa ser apresentada ao eleitor e com ele assumir o compromisso de que está disposto ao trabalho e preparado para melhorar a atual realidade da população.

O eleitor deve prestar bem atenção na equipe que cada candidato apresentar, afinal de contas, já perceberam que o governador não governa só e que as alianças estritamente políticas não têm alcançado os resultados que interessam do eleitor e à população. 

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