Rodolfo Juarez
Daqui a
duas semanas o cenário político estará desenhado em com tintas mais fortes onde
alguns dos que pretendiam ser protagonistas já começam a desaparecer, seja pela
falta de densidade eleitoral, seja pela “descoberta” de que não adianta navegar
em mares que não conhece.
A
profusão de candidatos acabou criando algumas situações que colocaram em xeque
os objetivos de alguns filiados partidários que imaginaram que ser candidato é
uma questão de vontade ou de oportunismo. Não perceberam ainda que para ser
candidato a governador do estado é preciso ter uma boa dose se preparo
eleitoral e uma base política consistente, além de uma preparação técnica
mínima, mesmo para aqueles que não usam essa consistência no exercício do
mandato.
As
eleições regionais de 2014, no Amapá, oferecem 35 mandatos, sendo: 24 para
deputados estadual, 8 para deputado federal, 1 para senador, 1 para governador
e 1 para vice-governador. Para disputar esses 35 mandatos são esperados 280
candidatos, a maioria para deputado estadual, em torno de 71%, seguido de candidatos
a deputado federal (24%); governador, vice-governador e senador, os três juntos
com 5% do número de candidatos.
Mera
especulação? Isso mesmo, mas que vem se confirmando ao longo desse período do
Amapá Estado da Federação.
No
momento 10 nomes se apresentam como pré-candidatos, muito mais para tentar
massificar o nome perante o eleitor e procurar convencer as lideranças do seu
partido que é bom ter um candidato ao cargo de Governador do Estado para dar
força ao partido perante a comunidade política estadual, do que com objetivos
definidos para uma campanha eleitoral e disputa do cargo.
Ao
final, por várias circunstâncias, o número de pré-candidatos se reduzirá e
sairão das convenções partidárias de junho, três candidatos que vão disputar as
eleições para governador e três que estrão fazendo número e história.
Eventos,
como o desta semana, quando por aqui passou o senador Sarney, deixando a bola
de alguns candidatos tão murchas que ela e sem condições de receber mais ar,
seja pela falta do próprio ar, seja pela desistência melancólica do candidato,
vão se repetir, diminuindo o número de candidatos.
O
comportamento eleitoral dos candidatos só mudará, quando o eleitor resolver
decidir que ele realmente quer mudar. De nada adianta os candidatos anunciarem
mudanças, pois, todos já perceberam que isso é apenas força de expressão que é
dita para satisfazer o eleitor que, depois, vê-se parte da mesma roda e sem condições
de agir ou mesmo reagir.
O
eleitor já descartou alguns nomes antes mesmo desses nomes serem oficialmente
lançados, não dando oportunidade para, sequer, uma segunda chamada ou uma
recuperação. E é apenas isso porque o eleitor não está muito atento às
eleições, deixando isso para os cabos eleitorais, principalmente aqueles que
falam mais na defesa dos seus “chefes”, nem que os chefes estejam cometendo, ou
cometeram erros administrativos imperdoáveis e, até, injustificáveis.
A
eleição de 2014 apresenta aos candidatos a disputa do sétimo mandato para ser
exercido no período de 2015 a 2018, em um ambiente muito diferente daqueles
verificados em 1990, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quando foram eleitos
Annibal Barcellos, João Capiberibe (dois mandatos), Waldez Góes (dois mandatos)
e Camilo Capiberibe.
O
ambiente de agora apresenta um eleitorado mais informado, mais exigente e com possibilidade
de escolher, de verdade, quem está mais preparado e em melhores condições para
governar o Estado e, mais, que tem uma equipe que possa ser apresentada ao
eleitor e com ele assumir o compromisso de que está disposto ao trabalho e
preparado para melhorar a atual realidade da população.
O
eleitor deve prestar bem atenção na equipe que cada candidato apresentar, afinal
de contas, já perceberam que o governador não governa só e que as alianças
estritamente políticas não têm alcançado os resultados que interessam do
eleitor e à população.
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