Rodolfo Juarez
Qualquer
grupo social se impõe pelas ideias e realizações de seus líderes. Ninguém foge
dessa regra e o ser humano tem a necessidade de contar com atitudes de pessoas,
às quais pode entregar o comando das suas vontades ou do grupo social ao qual
pertence. E tem aqueles que são ativos, importantes agentes de participação,
mas precisam ser liderados, orientados e coordenados para serem eficientes nos
seus propósitos e eficazes nas suas atitudes.
Isso
vale para qualquer grupo social e para qualquer pessoa desse grupo, até mesmo
para o líder que, mesmo sem qualquer pré-ordem, “descobre” que precisa assumir
as rédeas de um grupo, de uma coletividade ou de uma nação.
Foi
assim desde os povos primitivos e continua até hoje em todos os grupos, desde
os menos instruídos até os mais qualificados grupos de especialistas, os quais,
mesmo preparados, demonstram que necessitam de um líder para dar a última
palavra, para sinalizar, na “bifurcação”, qual o caminho que deve seguir.
A
liderança no processo político é mais exigente, tanto com relação às questões
naturais do líder, como com relação às necessidades comportamentais dos
liderados. Há uma espécie de dependência da maioria para seguir um caminho,
tomar uma posição ou definir uma estratégia de luta ou de administração de
casos.
Isso
quer dizer que a gestão política depende dos líderes natos. Os resultados são
adequados ou não para uma sociedade, conforme o caráter do líder.
Os
líderes sem caráter prejudicam os resultados, iludem as comunidades e escondem
as suas intenções. Essas comunidades, as coletividades e os povos precisam de
líderes que tenham vocação para a defesa dos interesses coletivos e dos grupos
sociais, com permanente atenção ao bem estar de todos. Já os líderes de mau
caráter são egocêntricos, narcisistas e perigosamente prejudiciais às
coletividades.
Cada um
do grupo social pode identificar um líder, basta prestar atenção no
comportamento e nas atitudes daqueles, do próprio grupo ou fora dele, que tomam
as iniciativas e que, de certa forma, têm coragem para enfrentar os desafios.
O
momento da seleção é que precisa ser cuidadoso, não pode ter a influência
emocional e muito menos episódica, levando ao cometimento de erros, na maioria
das vezes, com a vontade de proteger, dar uma segunda chance e de demonstrar
proteção com a vontade de ser identificado e recompensado posteriormente.
O líder
verdadeiro não admite troca de favores. Admite isso sim, conquistas coletivas,
objetivas e progressivas.
Todos
aqueles que identificam um líder objetivando curto prazo ou poder, estão
irremediavelmente errados, desde a sua proposta de ação coletiva até à
expectativa dos resultados que serão obtidos por aquele que elegeu como líder.
Toda
vez que se percebe em um grupo social, pequeno ou grande, confrontos
verborrágicos sem sentido, é bom pelo menos desconfiar que ali não esteja um
líder e, pior, podem ser contados vários grupos, alguns de aproveitadores, para
confundir a comunidade e confundindo-se entre si.
Pode
ser isso que esteja acontecendo no Amapá!
Não é
possível entender o propósito e atender a chamada para que todos se encontrem
no pântano do desrespeito, do confronto e da esperteza.
Não há
justificativa para que todos se enlameiem e deixem todo um povo na dependência
das decisões que precisam de propaganda para enfrentar as fortes, e nem sempre
justas ou necessárias, críticas.
A impressão que dá e de que estamos todos,
órfãos de líderes.
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