Apesar do Estado
do Amapá ainda ser considerado um estado da Federação com menos problemas que
alguns outros do País, principalmente do Nordeste brasileiro, essa avaliação dá
claros sinais de que precisa ser refeita.
Já faz algum
tempo que a população daqui assiste disputas pelos cargos públicos entre
famílias – e não são apenas duas.
Todos se lembram
dos enfrentamentos entre os Barcellos e os Borges; entre os Barcellos e os
Capiberibes; entre os Borges e os Capiberibes e, agora mais recentemente, entre
os Capiberibes e os Góes.
As lutas se
tornam mais agudas quando foram motivos mais particulares como: mandatos,
cargos majoritários e principalmente a possibilidade de assumir o comando da
política local, tendo como foco a vontade de mandar em tudo ou comandar tudo.
Essa ambição
desmedida trouxe para baixo o nível de avaliação e o trabalho permanente para
que não aparecessem novas lideranças capazes de refazer o caminho da ordem de
mando no Amapá.
Nas eleições
nacionais e regionais de 2010 o eleitor amapaense deu a pista e claramente
mandou o recado de que estava à cata de novos líderes. Os mais votados foram os
candidatos mais jovens para o Senado da República, Câmara Federal, para o
Governo do Estado e para a Assembléia Legislativa. Os mais experientes, todos
eles, ficaram surpresos quando os resultados foram definidos.
Foi um banho dos
candidatos mais jovens naqueles que já vêm apresentando desgastes ao longo da
caminhada.
Mesmo assim, ao
que parece os dirigentes partidários os as lideranças políticas não assimilaram
o recado ou não fizeram uma boa leitura e têm encontrado dificuldades para
emplacar aqueles que já estão parcialmente “queimados” na avaliação do eleitor.
Tanto que, a
eleição para Prefeito de Macapá tem levado às “raposas da política” a tomar
decisões equivocadas que são consideradas um desafio a inteligência dos
eleitores, colocando em risco o sucesso dos seus candidatos de agora e criando
uma dificuldade adicional para as eleições regionais de 2014.
Três grupos
ainda se acham com fôlego para continuar dando as cartas: dois mais
acentuadamente e um terceiro abanando as últimas brasas na esperança para que o
fogo reacenda e dê para, pelo menos, fazer o café do ocaso.
Os grupos que
ainda estão se debatendo em uma mistura de céu e inferno, um do lado e outro do
outro, tem como protagonistas os Capiberibes e os Góes, com os Borges na
expectativa de uma falha qualquer para retomar o seu caminho. Afinal de contas
na história de todos eles existe muito sucesso, mas também existe muito rancor
e muitas perdas.
Na luta pela
sobrevivência e a fuga das vaias estão esquecendo que a vida continua e que a
fila anda. Os novos estão na batalha buscando o melhor momento para ocupar os
espaços que já entendem serem seus.
As eleições para
Prefeito de Macapá, município que tem mais de 56% da concentração eleitoral do
Estado, também se pode estar definindo as eleições de 2014, em um espaço só
comparado a um octógono da luta da moda, mas sem seguir todas as regras, colocando
em risco a sobrevivência eleitoral de um dos grupos, seguindo o caminho de
outros que o eleitor já esqueceu.
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