Mesmo em período
de eleição a vida segue e as administrações continuam. Mas tem gestor que dá a
impressão que não está convicto dessa situação. Alguns deles, ocupando cargos
importantes no Estado e na Prefeitura, já há algum tempo, não estão
comparecendo na repartição para os despachos de rotina.
Os problemas se
acumulam e algumas decisões, aquelas que não podem ser adiadas, começam a
embaraçar pessoas que precisam dar seguimento na sua vida ou nos seus negócios.
Mas eles, os
funcionários graduados, continuam por ai, batendo perna, até dizendo que estão
a serviço da campanha, mas muitos deles não têm como confirmar o que dizem.
Além da campanha
eleitoral deste ano não poder ficar entre as melhores já realizadas em Macapá
ou mesmo no Estado, ainda tem esse mau uso do cargo público, colocando-o a
serviço de uma campanha ou de um dos candidatos.
Os vícios
registrados este ano dão a indicação de que muitas alterações terão que ser
feitas no modo de conduzir a Administração Pública local em época de campanha
eleitoral.
Os desperdícios
não são apenas de tempo. Outros desperdícios igualmente importantes estão
prejudicando a gestão pública e a eficiência dessa gestão que, por aqui, já não
é tão alta.
Foram muitos os
erros cometidos pelos administradores que, por ordem sabe lá de quem, ou por
iniciativa própria, abandonaram os seus postos de trabalho e prejudicaram de
forma indireta e direta tantas pessoas que queriam apenas exercer o direito que
têm de serem atendidas.
Esse,
entretanto, é o principal reflexo da continuidade e da politização de tudo.
As pessoas que
assumem a responsabilidade de conduzir os interesses gerais acabam deixando
essa proposta de lado e passando a atender os interesses particulares, seus e
de outros, com a maior naturalidade, mesmo sabendo que, no final do mês, o
salário é pago com o dinheiro público.
Alguns,
convictos de suas limitações, sabem por antecipação que só terão a oportunidade
pela via política de exercer qualquer cargo público e, provavelmente por isso
também, pouco se importa com os resultados que interessam a todos ou, pelo
menos à maioria, dando sempre preferência às ações que lhes interessa
particularmente, como a manutenção do próprio emprego.
Os gestores,
entretanto, precisam já começar a se conscientizar de que terão dificuldades
para implantar e desenvolver o que chamam “plano de poder”, onde estabelecem um
horizonte, de pelo menos 20 anos, e passam a trabalhar a geração para atender
esse período e depois, “sumir do mapa” aqui dentro do Brasil ou mesmo fora do
País.
O que já se
percebe com boa clareza é que não dá mais para as coisas continuarem assim. E
não é por causa da inteligência ou do prestígio político deste ou daquele
“cacique”, parece mais que tudo já começa a passar pelo crivo de um eleitorado
mais exigente e que não se empolga mais com a vida longa dos políticos, mas que
demonstra querer eficiência na organização da própria sociedade política e
alternância mais rápida entre os mandatários.
Os que não prestarem
atenção para o que está acontecendo, ficarão pelo meio do caminho.
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