Com 380 mil
habitantes, a cidade de Macapá passou a ter exigências que são próprias de
qualquer cidade com essa representação populacional e que, na maioria das
vezes, não é percebida pelos agentes públicos e por aqueles que são assumem a
responsabilidade de manter boa a relação entre o governo, o território e a
população.
São diversas as
novas exigências que a atual condição urbana de Macapá faz para os seus
dirigentes, não necessariamente apenas os dirigentes públicos, mas todos
aqueles que, de alguma forma, tem que prestar contas com a cidade.
Os que exercem
as atividades privadas também não podem mais ignorar nenhuma das referências do
Estado – o povo, o território e o governo.
O povo,
principal objeto dos resultados da “sociedade” (povo, território e governo),
passa a ter referência do desenvolvimento geral através de programas gerais que
são desenvolvidos dentro do território e sob a gestão do governo.
O território
precisa de proteção dessa mesma “sociedade” para ter a garantia de sua
preservação, não só ambiental, mas das suas formas, para que possa dar
condições melhores de vida para a população, através da gestão eficaz do
governo.
E o governo, que
receber da população a incumbência de gerenciar os interesses gerais, dispondo
do pagamento dos tributos, é quem deve definir a melhor estratégia de gastos
para que, o que a população paga, seja transformada em bem estar e satisfação,
medidos através da qualidade de vida, reflexo do modo e da confiança que tem na
gestão dos seus interesses.
Os modelos que
deram certo há dez anos não servem mais e é natural a sua substituição por
modelos novos, estes adequados às exigência de agora.
Entre tantas
novas necessidades da população está o amparo de um Corpo de Bombeiro Militar
que inspire confiança e que, quando chamado para atender as expectativas da
população, seja eficiente, dentro dos padrões mínimos de comparação e que não
exija explicação pelo não feito ou pelo malfeito.
Os testes são
feitos no momento de crise. Exatamente como aqueles que estão sendo feitos,
este ano, pela população, para demonstrar a principal ação dos bombeiros –
apagar incêndio.
O episódio do
começo desta semana, quando os bombeiros foram acionados para apagar o fogo que
destruía duas moradias no Bairro do Pacoval, entra na série de problemas que a
corporação teve para cumprir o seu papel, deixando a população preocupada
devido o resultado que ficou depois do fogo passar e as constatações que foram
feitas no momento em que mais precisava do apoio.
Como disse o
atual comandante do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá: “isso não é um filme
que o bombeiro chega e o herói apaga o fogo”, prosseguindo acrescentou, “aqui é
real e a nossa realidade é essa”.
Claro que a
população esperava a ação heróica. Ela estava em desespero e precisava que
alguém enfrentasse e resolvesse o problema. Afinal, antes um pouco, todos viram
os “beija-flores” tentando apagar as labaredas com pequenos baldes cheios de
água. Mas não era fantasia, como na fábula, era a verdade nua e crua que se
colocava à frente dos olhos de todos.
O Corpo de
Bombeiro Militar do Amapá precisa de mais e novos equipamentos para que possa
enfrentar a nova realidade. Agora as moradias na cidade estão em casas
contíguas, não guardam as distâncias de outros tempos; então em apartamentos,
em pisos diversos, de andares diversos, que já chegam a vinte, em prédios de
apartamentos.
Uma nova
realidade para a cidade Macapá e para o Corpo de Bombeiro Militar do Amapá que
ainda não foi suficientemente compreendida por alguns gestores, principalmente
aqueles responsáveis pelo atendimento dos pedidos e autorização das compras.
A cidade mudou e
as condições dadas aos bombeiros precisam mudar. E muito.
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