sábado, 1 de setembro de 2012

Macapá: mesma cidade outras necessidades

Rodolfo Juarez
Com 380 mil habitantes, a cidade de Macapá passou a ter exigências que são próprias de qualquer cidade com essa representação populacional e que, na maioria das vezes, não é percebida pelos agentes públicos e por aqueles que são assumem a responsabilidade de manter boa a relação entre o governo, o território e a população.
São diversas as novas exigências que a atual condição urbana de Macapá faz para os seus dirigentes, não necessariamente apenas os dirigentes públicos, mas todos aqueles que, de alguma forma, tem que prestar contas com a cidade.
Os que exercem as atividades privadas também não podem mais ignorar nenhuma das referências do Estado – o povo, o território e o governo.
O povo, principal objeto dos resultados da “sociedade” (povo, território e governo), passa a ter referência do desenvolvimento geral através de programas gerais que são desenvolvidos dentro do território e sob a gestão do governo.
O território precisa de proteção dessa mesma “sociedade” para ter a garantia de sua preservação, não só ambiental, mas das suas formas, para que possa dar condições melhores de vida para a população, através da gestão eficaz do governo.
E o governo, que receber da população a incumbência de gerenciar os interesses gerais, dispondo do pagamento dos tributos, é quem deve definir a melhor estratégia de gastos para que, o que a população paga, seja transformada em bem estar e satisfação, medidos através da qualidade de vida, reflexo do modo e da confiança que tem na gestão dos seus interesses.
Os modelos que deram certo há dez anos não servem mais e é natural a sua substituição por modelos novos, estes adequados às exigência de agora.
Entre tantas novas necessidades da população está o amparo de um Corpo de Bombeiro Militar que inspire confiança e que, quando chamado para atender as expectativas da população, seja eficiente, dentro dos padrões mínimos de comparação e que não exija explicação pelo não feito ou pelo malfeito.
Os testes são feitos no momento de crise. Exatamente como aqueles que estão sendo feitos, este ano, pela população, para demonstrar a principal ação dos bombeiros – apagar incêndio.
O episódio do começo desta semana, quando os bombeiros foram acionados para apagar o fogo que destruía duas moradias no Bairro do Pacoval, entra na série de problemas que a corporação teve para cumprir o seu papel, deixando a população preocupada devido o resultado que ficou depois do fogo passar e as constatações que foram feitas no momento em que mais precisava do apoio.
Como disse o atual comandante do Corpo de Bombeiro Militar do Amapá: “isso não é um filme que o bombeiro chega e o herói apaga o fogo”, prosseguindo acrescentou, “aqui é real e a nossa realidade é essa”.
Claro que a população esperava a ação heróica. Ela estava em desespero e precisava que alguém enfrentasse e resolvesse o problema. Afinal, antes um pouco, todos viram os “beija-flores” tentando apagar as labaredas com pequenos baldes cheios de água. Mas não era fantasia, como na fábula, era a verdade nua e crua que se colocava à frente dos olhos de todos.
O Corpo de Bombeiro Militar do Amapá precisa de mais e novos equipamentos para que possa enfrentar a nova realidade. Agora as moradias na cidade estão em casas contíguas, não guardam as distâncias de outros tempos; então em apartamentos, em pisos diversos, de andares diversos, que já chegam a vinte, em prédios de apartamentos.
Uma nova realidade para a cidade Macapá e para o Corpo de Bombeiro Militar do Amapá que ainda não foi suficientemente compreendida por alguns gestores, principalmente aqueles responsáveis pelo atendimento dos pedidos e autorização das compras.
A cidade mudou e as condições dadas aos bombeiros precisam mudar. E muito.

 

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