domingo, 2 de setembro de 2012

Horário eleitoral gratuito - segunda semana

Rodolfo Juarez
Passadas as primeiras duas semanas do horário gratuito no rádio e na televisão para os partidos políticos e as coligações fazerem a divulgação dos seus candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador, os eleitores já começaram a analisar cada candidato e alinhavar as suas primeiras decisões.
Agora o eleitor vai juntar o que viu e ouviu com as imagens que estão distribuídas pela cidade sob a forma de cartazes, minidoor e cavalete, com as tiras, faixas e cartazes adesivos nos carros, com os jingles em forma de música que passa pela frente das casas, todos os dias, chamando para aderir à campanha, em uma espécie de “siga-me se gostar”.
Até agora o que está surpreendendo é falta de criatividade e a baixa qualidade das propagandas levadas ao eleitor pelo rádio e pela televisão. Aliás, a propaganda no rádio fica ainda mais sem expressão, prejudicando a motivação, pois, na grande maioria, são os mesmos programas levados pela tv, naturalmente sem a imagem.
As dificuldades que os candidatos e os coordenadores de campanha aparentam estar passando já mostraram algumas correções nos programas de sexta e de ontem, sábado, procurando motivar os eleitores a anotar as propostas que estão sendo apresentadas, principalmente pelos candidatos a prefeito.
A constatação é que não há novidades. Aliás, para alguns a novidade é a falta de qualidade dos programas.
Os candidatos, com raras e notórias exceções, estão tendo dificuldades para encontrar o mote de sua campanha. Estão atirando para todos os lados, em uma espécie de procura incessante por um rumo.
A maioria dos candidatos a vereador, se não aparecesse na televisão ou falasse no rádio, poderiam até acumular alguns votos, mas essa maioria aparece e para cada aparição tem a confirmação do eleitor de que “esse está despachado”.
As enquetes sobre os programas, que é importante fazer, estão deixando os coordenadores completamente tontos. Nenhum deles ainda não descobriu o “caminho das pedras” e segue tateando, pedindo para o tempo acabar, ao contrário do comportamento comum que é sempre reclamar que “o tempo não deu”.
Os candidatos, todos eles, não se constituem em nenhuma novidade. Isso quer dizer que os eleitores já sabem, mais ou menos, em quem não votam de jeito nenhum e naqueles que não deixariam de votar nunca. Ou seja, em um cenário assim, a campanha pelo rádio e pela televisão perde a sua importância e funciona apenas como uma espécie de manutenção das conquistas.
Com os candidatos a prefeito de Macapá são “figurinhas carimbadas” o eleitor já os conhece, como também conhece os pontos fortes e os pontos fracos; o que é e o que não é capaz de fazer; se está ou não em condições de assumir a responsabilidade de ser prefeito de Macapá.
O fato é que tudo permanece nas mãos dos eleitores que, no dia 7 de outubro, ignorando todas as pressões e, lembrando dos pontos fortes e fracos dos candidatos, vai digitar e demorar, em média, 4 segundo para definir os seus preferidos, votando para prefeito e vereador.
Não convém dispor-se a anular o voto ou a votar em branco, essa decisão acaba favorecendo o vencedor que, ou perde o voto do eleitor que anulou ou votou em branco, ou não tem esse voto contado na coluna do outro que poderia ser decisivo para a eleição.
O eleitor no dia 7 de outubro precisa ir às urnas, não pode entrar para a lista dos faltosos ou ficar imaginando que pagar a multa o redime do compromisso que tem com a democracia.

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