quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Lugar Bonito

Rodolfo Juarez
O estado em que se encontram alguns setores do Parque Beira Rio que serve de contorno ao Forte de Macapá e completa a paisagem do Lugar Bonito, está deixando a todos os usuários e contempladores do local preocupados com a falta de zelo que toma conta do local.
Como se já não bastasse o pouco interesse dos executivos públicos de agora em concluir o projeto iniciado na gestão do então governador João Alberto Capiberibe, a parte que ficou pronta e foi inaugurada há 6 anos, já mostrar pontos que precisam não só de manutenção, mas também de restauração.
E se alongarmos mais o espaço, chegando até à orla do Araxá e à orla do Perpétuo Socorro, ai então as preocupações aumentam, pois nesses dois extremos já estão expostas as precárias condições estruturais do próprio muro de arrimo, base do projeto, como também dos equipamentos que fazem (ou faziam) parte do cenário.
Um abandono que não tem explicação e que não condiz com o sentimento de responsabilidade que os gestores dizem ter nos programas eleitorais gratuitos dessa campanha eleitoral, asseverando que “amam Macapá acima de tudo”.
Se amar a cidade é não cuidar dela, a certeza que fica é de que os verbetes que unem cuidar e amar estão fora de sintonia para esses que, agora, estão com a incumbência de zelar por esse espetacular patrimônio.
Não há um visitante, mesmo os que moram por perto, que não fique chateado com o que vê e com o que acaba sentindo. Vem logo a vontade de sair falando para todo mundo que tudo está mal cuidado. Mas isso está provado, que não adianta. Os gestores se acostumaram a fazer “ouvido de mercador” e vão “empurrando com a barriga” torcendo para que todos esqueçam.
Até mesmo os que são mais ligados, por oficio ou mesmo por razões sociais, com o governador e com o prefeito, chegam a falar no assunto, mas, mesmo assim, de nada adianta.
Qualquer pessoa que passe pelo parque, no espaço que fica entre a primeira rampa do Bairro Santa Inês e o Forte, andando pelo calçamento da orla, fica chocado quando vê a situação em que está o muro desde março, quando a força da água deslocou parte da base do calçamento deixando a superestrutura apoiada e sustentada pelos tubos que servem de parapeito da orla.
Compreender é o grande desafio para todos!
Principalmente a cabeça daqueles que têm a responsabilidade de tomar conta do Parque do Forte, que mais parece uma parte enjeitada da cidade para esses governantes, pois, para o restante da população, é indiscutivelmente, o cartão postal que serve, inclusive de pano de parede para programas de televisão em Macapá.
Dá pena ver o que está acontecendo com relação ao nível de responsabilidade pelo patrimônio público, mas tenho certeza que ainda haverei de comentar os serviços que precisam ser feitos, depois de serem feitos.
O lugar é tão emblemático que, até agora, não está claro quem é o responsável pela manutenção do local e, provavelmente por isso, que nesse momento, a situação esteja como está dando a impressão de abandono e definindo o que é desleixo.
Tomara que os problemas, que já são muitos, sejam logo resolvidos para que os que aprovam o local, não tenham sentir os erros cometidos e apenas deixar-se empolgar para maravilha que está um pouco adiante.

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