Muito do que
aconteceu durante a semana tem a ver com o horário eleitoral gratuito no rádio
e na televisão e com a campanha eleitoral dos candidatos aos 16 cargos de
prefeito, 16 cargos de vice-prefeito e dos 168 cargos de vereadores em todo o
Estado do Amapá.
Foram anotados
momentos de pura tensão. Às vezes por conta da irresponsabilidade dos
marqueteiros e coordenadores de campanha dos candidatos aos cargos
majoritários; outras vezes pela forma como os programas eram autorizados por
essas mesmas pessoas para irem ao ar.
O nível que já
não era bom pela qualidade dos programas, caiu ainda mais pelo conteúdo que foi
inserido nesses.
A impressão que
ficou é que a população reagiu às proposta assinadas pelos partidos antes da
fiscalização do processo eleitoral deste ano.
Mas quando a
fiscalização agiu aplicou multas e tirou emissoras do ar, mesmo com claro
desrespeito às decisões que foram apresentadas a essas emissoras que,
entretanto, enquanto não havia a ordem de “tirar da programação” vinda dos
partidos os das coligações, a emissoras geradoras dos sinais de rádio ou de
televisão, não o fizeram.
O mais
importante registro, entretanto, fica por conta da resposta do eleitor, que dá
a impressão que não está gostando do que lhes é posto para ouvir ou ver no
rádio e na tv.
Mas não era para
ser assim.
Os problemas dos
municípios estão tão a vista e quantidade suficiente para que os candidatos
passem, pelo menos, um ano falando de
cada um e mostrando como pretende resolvê-los.
No Município de
Macapá esses problemas estão por toda a parte. Na cidade de Macapá e nas
localidades do interior, bem como no sistema de rodovias que liga a cidade de
Macapá a cada um dos núcleos urbanos do interior.
Tem problema
dentro e fora da prefeitura.
Problemas
grandes e pequenos; difícil e fácil de serem resolvidos; equacionados ou sem
qualquer equação; tem problemas com as pessoas ou as coisas; problemas que vêm
do pouco caso ou da total inapetência para serem resolvidos.
Então, porque
não se concentrar nessas questões e chamar a população para ouvir a estratégia
que tem para resolvê-los?
Ao invés disso o
que se vê é a velha luta entre dois grupos que se revezam na busca para
abocanhar o poder e, convenhamos, a Prefeitura de Macapá já é motivo de
recepção em pódio especial.
Mas não é isso
que interessa para o povo que vê os dois lados se debatendo em uma luta
inglória, enquanto os eleitores incentivam terceiras vias que já começam a
assustar aos dois lados.
O que não pode
ficar de fora do foco é a população. Pois bem, em alguns momentos, podem
perceber, a semana que passou deixou exatamente a população fora dos objetivos
dos candidatos a prefeito, uns ocupados em atacar demais; outros ocupados em
defender-se o suficiente.
Mas, ao final,
se medida com responsabilidade o que foi feito durante a semana e o que foi
conquistado, ter-se-á a certeza de que os representantes dos dois grupos, não
avançaram, pois suas estratégias foram rechaçadas pelos eleitores, e abriram
flancos importantes por onde as terceiras forças entraram e começaram a
preocupar.
Se continuar
assim, a vitória do amarelo ou do azul pode ficar limitada apenas a uma das
vagas no segundo turno. A outra, claramente, pode ser da força emergente.
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