Não há como
concordar com o baixo nível de qualquer campanha eleitoral.
Acho que até
mesmo os candidatos devem ter uma equipe que possa censurar os programas feitos
para o horário gratuito no rádio e na televisão.
Afinal de contas
são os candidatos os primeiros interessados no que vai para o ar. Deve saber,
mais do que qualquer um, se os objetivos planejados ficarão mais próximos com
esse ou aquele programa.
Os programas de
baixa ou nenhuma qualidade servem para quem?
Provavelmente
apenas para a experiência de quem pouco ou nada sabe sobre as relações entre o
político e o eleitor que, apesar de, às vezes, não serem boas, é consciente que
elas sempre existirão, tanto para a adesão como para o afastamento.
Não pode o
candidato ou a candidata, a direção do seu partido e os dirigentes da coligação
ou os coordenadores de campanha, ficarem satisfeitos com provocações ativas ou
passivas, comissivas ou omissivas, direcionadas a adversários, principalmente
quando podem contar, em seguida, com esses mesmos concorrentes como aliados em
disputas futuras.
Tem também o
outro lado da moeda, que nem sempre está muito à vista e que pode apresentar um
brilho nada favorável para aqueles que estão observando tudo – os eleitores.
Foi infeliz quem
idealizou o ponto mais fraco da campanha deste ano – o vídeo e o áudio “Maria
da Penha”. Alias, além de ser uma decisão errada, acabou abalando as estruturas
da campanha eleitoral deste ano, criando um clima que não dá mais espaço para o
“gênio” que idealizou a peça e aqueles que foram os diretamente prejudicados
pela aventura.
O eleitor,
senhor do voto, está atento a tudo e foi o primeiro a reagir contra as
provocações que chamavam os candidatos para a disputa sem ordem e sem respeito.
Apesar de que,
para alguns, em eleição “só não vale perder”, essa máxima já está fora de moda,
pois supões que os eleitores são incapazes de separar quem quer disputar de
qualquer maneira e em qualquer lugar, e em quem quer manter uma linha coerente,
explicativa e que deixa tudo na mão do eleitor quando for escolher o seu
preferido no dia sete de outubro.
E bom conhecer
todos os pontos fracos de cada adversário e os pontos fortes desses
adversários, explorar à exaustão, cada um deles, sem que, nessa exploração os
respingos se voltem contra si, em uma espécie de releitura de registros que
estão na memória, que insistem em permanecer “martelando” na consciência.
Tomara que a
lição tenha sido aprendida.
Os partidos
políticos ainda têm um mês de campanha no rádio e televisão e tempo para
consertar ou aliviar esse golpe, tido como fogo-amigo, mas que está fazendo um
estrago muito grande na evolução da campanha.
Mas é importante
que os adversários tenham sabedoria para usar o erro cometido de forma
inteligente, sem precisar chegar ao nível onde foi perpetrada a agressão, de
tal forma que, deixe claro para o eleitor que o comportamento de prefeito ou de
uma prefeita, não pode iniciar com cenas de teatro do absurdo.
Entre perder a
vaga no segundo turno e perder o marqueteiro ou o selecionador de programas,
vale muito a pena perder o selecionador de programas. E se ele for também o
marqueteiro, não há motivo para deixá-lo, encostada ou não, pois sempre haverá
a desconfiança sobre os objetivos não ditos pelos autores da baixaria.
O eleitor está
cada vez mais atento a todos os detalhes e como o corrido esta semana foi muito
mais que um detalhe, então o eleitor já reservou, entre os assuntos
importantes, esse “tiro no pé” de um marqueteiro da campanha que não se alinhas
entre as melhores já realizadas por aqui.
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