Com
dificuldades, mas com algumas conquistas, o controle social avança sobre o
processo de gestão pública país a fora. Mais vagarosamente aqui pelo norte,
como, por exemplo, no Estado do Amapá, do que nos ambientes urbanos do sudeste,
do sul e do centro-oeste.
Os episódios da
semana passada são a prova da importância dos esclarecimentos que trazem uma
decisão ou a interpretação de um instante que experimenta toda a sociedade.
Os dois casos
mais marcantes da semana passada foram a censura ao blog do jornalista do
Jornal Estado de São Paulo, João Bosco Rabelo, mandando, judicialmente, a ser
retirada da “rede” uma notícia sobre o candidato Roberto Góes que disputa a
reeleição ao cargo de Prefeito do Município de Macapá; a outra foi a divulgação
da segunda pesquisa feita em Macapá tendo como foco a preferência atual dos
candidatos inscritos para disputar aquele cargo de prefeito.
O primeiro caso
é uma luta de todos os jornalistas, donos de jornais e agora, os responsáveis
pela utilização das redes sociais para repercutir fatos de interesse de todos e
que, doutra forma, poderia deixar uma informação importante, sem ser do
conhecimento do eleitor e sobre o candidato. Para a imprensa pouco interessa se
vai prejudicar ou favorecer este ou aquele candidato, desde que a notícia seja
acostada na verdade ou a expressão da própria verdade.
O segundo caso é
o que vamos procurar analisar mais detidamente devido também ao que se pode
chamar controle social à campanha eleitoral.
Qualquer
coordenação de campanha que se preze conhece a posição do seu candidato na
preferência instantânea do eleitorado. Se não fosse assim, para que ser veria
uma coordenação?
Então, todas as
seis coordenações de campanha, de cada uma das coligações que apresentaram
candidatos ao cargo de prefeito de Macapá, já sabiam a posição do seu
candidato. Não existe nenhuma possibilidade de desenvolver uma campanha sem
saber isso, pelo menos. As coordenações sabem de tudo e com muito mais
detalhes, pois se assim não fosse, não mudariam ou manteriam as estratégias de
campanha.
A divulgação das
pesquisas passa pelo crivo da legislação e da fiscalização do pleito eleitoral.
Vai, segundo a regra, ao Tribunal Regional Eleitoral que examina se todos os
itens previstos na legislação foram atendidos. Em tendo sido atendidos, o
carimbo de “autorizo a divulgação” e a pesquisa divulgada.
E porque é
importante prestar a atenção ao que é divulgado?
Ora, se não
fosse feita a divulgação apenas os diretamente interessados, um grupo fechado,
ficaria conhecendo a realidade de cada candidato e o eleitor, principal
interessado, não.
Saber a
aceitação e a rejeição é importante para o eleitor. Saber como estão se
posicionando os candidatos, assim, a pouco menos de 15 dias das eleições,
também pode ajudar o eleitor a decidir em quem vai votar.
Nesse momento
fica fortalecida a força do amor própria de cada eleitor que começa a planejar
a forma como vai desobedecer aquele que quer continuar lhe dando voz de
comando, dizendo em quem vai ou em quem não vai votar.
Conhecendo o
cenário o eleitor ganha mais confiança e passa a colocar em evidência outras
referências, algumas bem diferentes daquelas que são destacadas nas propagandas
eleitorais ou nas reuniões de promoção do candidato.
O controle
social é isso: a sociedade controlando o governo e não o governo controlando a
sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário