quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Eleições 2012: Por que ficar aborrecido com o resultado da pesquisa?

Rodolfo Juarez
A campanha eleitoral é um dos eventos que precisa ser programado com todos os detalhes para ter possibilidade de sucesso, isto é, ninguém pode se apoiar em uma campanha política, em busca de um cargo eletivo, se não contar com um projeto bem elaborado.
O bem feito em um projeto de campanha política tem muito a ver com a possibilidade de suportar profundas e diversificadas mudanças sem perder a proposta inicial ou aquela que já foi repassada para o eleitor, objeto de todo o esforço para fazer com que o candidato ganhe a eleição.
São duas etapas muito importantes em projetos desse tipo: uma para definir as questões internas e outra para garantir o apoio externo de aliados e de voluntários.
Uma campanha começa a “fazer água” quando se percebe que estão ocorrendo ações que influem negativamente em uma das propostas – a interna ou a externa.
Mas tem um “porém” que deve estar completamente sob o domínio dos coordenadores de equipes e dos coordenadores gerais – há sempre muito mais candidatos do que vagas, ou seja, o sucesso da campanha de um dos candidatos corresponde ao insucesso dos outros candidatos.
Exatamente nessa bifurcação do entendimento e preciso que esteja aquele que vai minorar os problemas e maximizar as soluções. São muitos os gestores de campanha que ao fazerem a avaliação pós-campanha percebem que os erros foram decisivos no resultado.
Então porque esperar o resultado da eleição para ser apresentado aos erros da campanha?
Para se ter, por antecipação o “resultado” do pleito é preciso apurar o que o eleitor, alvo de todos os candidatos, está pensando em determinado momento e isso se chama pesquisa eleitoral.
Porque ficar aborrecido com o resultado das pesquisas?
Alguns dirigentes partidários ou agentes responsáveis pela campanha de um dos candidatos chegam a apontar as falhas na pesquisa que só eles vêem nos resultados, perdendo um tempo precioso para redirecionar o trabalho, animando os cabos eleitorais e todo o pessoal da campanha, mas principalmente, ajustando o projeto procurando mostrar aos eleitores aquele ponto que não foi entendido pelo grande “juiz” do dia da eleição – o eleitor.
O candidato, o dirigente do partido político que está na coligação, o controlador da coligação, precisam dar uma resposta imediata, dando provas de que têm condições de assimilar o resultado desfavorável e que atenderá as exigências do eleitor ou apronta a melhor forma para lhe dar a explicação que espera.
Às vezes é apenas a maneira dizer a forma de comunicação que está sendo usada pelo candidato e a demonstração de que tem a capacidade de vencer os conflitos, sem estar pondo a culpa nesta ou naquela instituição, nesta ou naquela pessoa.
A pesquisa tem o efeito devastador para o candidato que é apontado em desvantagem e resolve enfrentar o resultado. Nessa hipótese, as chances de sucesso em qualquer iniciativa são praticamente nulas, além de ocupar uma pequena parte reclamando e a grande massa apenas ouvindo e torcendo, mas sem trabalhar.
A pesquisa, antes de qualquer coisa, é uma informação preciosa que precisa ser considerada. O que não pode é travar um embate particular entre a “minha pesquisa” e a pesquisa divulgada. Como se não bastassem as chances de vício serem maiores na “minha pesquisa”.
Usar bem o que chega à mão de todos como um presente deve ser o primeiro argumento de uma boa coordenação de campanha. O resto serve apenas para justificar o injustificável.

 

Um comentário:

  1. Quando a resultado não é bom pra gente, devemos tomar a informação e refletir na estratégia ou comportamento tomados até a pesquisa.

    Não adianta nos debatermos com a aferição de quem quer que seja, a não ser que tenhamos uma contra-prova tão, ou mais, técnica que a apresentada (publicada). Caso contrário, serve para reflexão!

    Uma pena termos líderes formadores de opinião que arrastem alguns com suas justificativas esfarrapadas para o insucesso desta ou daquela empreitada!

    Seja homem! Absorva a apreensão e use a informação para a recuperação ou para a alteração no timão da barca, para corrigir o curso em tempo hábil!

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