sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O desconhecimento da data mágna do Amapá

Rodolfo Juarez
Estou deveras preocupado com o que me foi mostrado na quinta-feira passada, dia 13 de setembro, data magna do Amapá.
Fui testemunha de vários episódios que contrariam, de forma completa, o que poderia ser o mínimo do conhecimento sobre o Amapá. Afinal de contas o que pude ouvir e ver foram falados e ditos por pessoas que não podiam nem dizer e nem falar o que disseram e falaram.
Antes de tudo a constatação serve também para medir o grau de interesse que as pessoas, dirigentes ou não dirigentes sociais, vêm dando para as questões que são daqui, da intimidade do amapaense e do interesse do amapaense ou que por aqui mora.
E não venham me dizer que se trata de uma questão de só menos importância ou que tudo pode ser consertado daqui para frente apenas como erros cometidos sobre o que marca no calendário o dia 13 de setembro e o que significa o feriado estadual do dia 13 de setembro, pois foram tão grosseiros e imperdoáveis que o tema deveria assumir prioridade zero, na lista dos afazeres daqueles que têm a responsabilidade de fazer com que todos, sem qualquer exceção, saibam, na ponta da língua, tudo sobre o significado dessa data magna.
Dirigentes educacionais, professores, jornalistas, comunicadores, autoridades funcionais, escrevedores nas redes sociais e pessoas do povo, foram voluntária e involuntariamente submetidos a testes e a imensa maioria demonstrou que não sabe nada, mas nada mesmo, sobre o que significava o dia 13 de setembro e porque a data é feriado estadual.
Eu estava consciente, pelos testes que havia feito com pessoas do povo, que o conhecimento sobre o assunto era muito restrito, mas jamais imaginava que uma secretária adjunta da Secretaria de Educação, uma professora da rede municipal de ensino da Capital, a apresentadora de um programa de notícias da televisão local, um radialista de uma emissora importante do estado, repórteres entre outras autoridades, não conhecessem, por completo o assunto.
Pois bem, não conhecem! Lamentavelmente não conhecem...
E são esses profissionais que têm, em tese, a responsabilidade inicial de transmitir a correta informação para o público, principalmente o infantil, que está ávido pelo conhecimento e pelas histórias que lhes faça sentido.
Como todos foram reprovados, o mínimo que se espera deles é que entrem em uma fase de recuperação intensiva para que, no dia 13 de setembro de 2013, saibam prestar as informações corretos, inclusive sobre a naturalidade deles mesmos.
Afinal, porque uns são amapaenses e outros não?
É claro que são amapaenses os que nasceram no Amapá, não importa se quando era território federal ou quando já era estado.
Então, tudo começa ai.
Tudo começa no dia 13 de setembro, no dia em que apareceu para o mundo jurídico, administrativo, público, social, afinal para todos os mundos que queira repartir a sociedade, o Amapá. Só a partir dessa data é que aparecem os amapaenses.
Isso quer dizer que não tem nenhuma amapaense que tenha nascido antes do dia 13 de setembro. E é por isso que a data é importante. O restante foi a forma que os legisladores, representados pelos constituintes estaduais de 1991, encontraram para consagrar a data.
Mesmo os que não tenham nascido dentro dos limites geográficos do Amapá, mas que pertençam a sociedade local têm a responsabilidade de saber explicar o significado do dia 13 de setembro e porque é feriado em todo o território do Estado, conforme expresso está no artigo 355 da Constituição do Estado do Amapá.
A nova prova já tem data para ser aplicada: dia 13 de setembro de 2013. Por enquanto a reprovação foi em massa.

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