terça-feira, 4 de setembro de 2012

BR-210, a estrada federal abandonada à sorte!

Um ano depois, nada mudou!
Rodolfo Juarez
Ontem, dia 3 de setembro, completou um ano que Mike, Jorge e eu, tomamos, certamente, um dos maiores sustos de nossas vidas e, depois, fomos premiados por um dos maiores alívios que experimentamos.
Passava um pouco das oito e meia de uma manhã bonita do sábado, na qual o sol reinava absoluto, deixando a estrada seca e muito arriscada, questão já observada pelo Jorge Ramos, o experiente condutor do veículo, uma cabine dupla (Attack, prata).
Desde meados de junho que coordenávamos um grupo de sete pessoas com o objetivo de recuperar as administrações locais de um importante partido político nacional que estava com dificuldades gerenciais no Estado do Amapá.
A estratégia utilizada, durante planejamento da ação, para que pudéssemos chegar, praticamente ao mesmo tempo, a todos as sedes municipais e começar a revitalização administrativa do partido em todo o Estado, dividia a equipe em 7 grupos de municípios, sob a coordenação de um representante da direção estadual partidária, da seguinte forma: Oiapoque, Calçoene e Amapá; Pracuúba, Tartarugalzinho e Ferreira Gomes; Cutias e Itaubal; Laranjal do Jari e Vitória do Jari; Macapá; Santana e Mazagão; e Porto Grande, Pedra Branca e Serra do Navio.
O coordenador do grupo de municípios formado por Porto Grande, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio, era o viajante Mike Chagas, um expoente do designer amapaense que, de boa vontade, havia assumido a responsabilidade de participar do projeto, coordenando as ações a serem tomadas naqueles três municípios.
Eu era uma espécie de coordenador geral da equipe de sete pessoas que, voluntariamente, se apresentaram para o trabalho.
Naquele dia 3 de setembro de 2011, às 10 horas da manhã, estava confirmada a posse da nova direção do partido, no Plenário da Câmara Municipal de em Serra do Navio, para assumir como presidente do partido, no Município, o vereador Adivaldo de Souza Costa.
Viagem normal, desde um pouco depois das 6 horas da manhã quando havíamos saído de Macapá. A parada para o café um pouco antes de Porto Grande foi feita porque havia tempo de sobra na programação, para chegar à Sede do Município de Serra do Navio.
Logo que passamos a sede do Município de Porto Grande começou a estrada de chão e também começaram as nossas preocupações como de todos aqueles que precisam usar a rodovia, uma estrada federal praticamente abandonada (BR-210, a Perimetral Norte), com rarefeitas e incompletas manutenções, deixando de sobre aviso a todos os condutores e passageiros.
A observação foi para que todos os passageiros e o condutor mantivessem, em qualquer hipótese, atados os cintos de segurança, como que antevendo o aumento do risco.
Pedras soltas, terreno fofo, grande fluxo, falta de sinalização e de tudo o que precisa ter em uma estrada pública gerenciada por gente responsável.
A menos de 4 quilômetros da entrada para a sede do Município de Pedra Branca do Amapari, depois de uma derrapada a 80 quilômetros por hora, o carro capotou longitudinalmente, nos deixando de cabeça para baixo e vivos para estar narrando essa história agora.
Todos estavam de cinto e o que aconteceu com cada um, foi muito menos do que todos os que chegaram, logo a seguir conosco, imaginavam. Porta presa, combustível gastando, circundavam o cenário completado com o carro com as rodas para cima e os passageiros presos no veículo.
Hoje, um ano depois, temos que agradecer a Deus por não termos tidos problemas maiores e todos nós, Mike, Jorge e eu, estarmos contando essa história.
Fui ao local do acidente, agora, no domingo, dia 2 de setembro, e tudo continua como antes, com a mesma insegurança, os mesmos riscos.
Os registros de novos acidentes continuam sendo feitos, alguns deles deixando tombados na rodovia pais de família, trabalhadores que não tem alternativa, correndo risco a cada viagem, mas que são os responsáveis pela manutenção da presença do povo do Amapá em uma das regiões mais ricas e mais abandonadas pelo governo estadual e pelo governo federal. 
 

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