Os dois
candidatos que conseguiram passar para a “negra” do dia 28 de outubro, na
disputa pela principal “cadeira de couro” da Prefeitura de Macapá, não tiveram
tempo para esperar o anuncio oficial do resultado da eleição de domingo.
Logo que
conheceram as suas posições nas urnas, como aquelas anunciadas pelas pesquisas
de intenção de voto, já buscavam o apoio das forças políticas que estavam de
fora.
A vantagem que o
candidato Roberto Góes, PDT, viu registrado nos mapas de apuração do TSE sobre
o candidato Clécio Luiz, PSOL, não lhes dão garantia de nada, pois olha para o
lado e vê a sua rejeição, que não foi apurada nas urnas, mas que foi levantada
nas pesquisas, como um monstro disposto a levantar um “muro de Berlin” entre
ele o eleitor.
A vantagem que o
candidato do PSOL leva, no quesito rejeição, sobre o candidato do PDT, quase o
quádruplo (9% x 34%) com a rejeição de Clécio caindo e a de Roberto quase
estável, mas ainda com tendência de subida, deixa os dois candidatos saindo
quase do mesmo ponto nessa corrida de “cem metros rasos”.
O tempo é curto
para o candidato do PSOL, mesmo com boa aceitação, descontar os 25.092 (12,29%)
votos que ficou a menos do que o candidato do PDT.
Os outros 4
candidatos (Cristina, Davi, Genival e Milhomem) receberam 65.178 votos no domingo e a maior parte deles
vai migrar ou para o Roberto Góes ou para o Clécio Luiz.
Se a migração
dos 65.178 votos fosse distribuída igualmente para os dois candidatos, coisa pouco
provável, a reeleição do candidato do PDT estaria certa, pois receberia a
metade daqueles votos, ou seja, 32.589 votos, o que lhe daria um total de
114.628 votos (82.039 + 32.589), cabendo ao candidato do PSOL o total de 89.536
votos (56.947 + 32.589).
Para que o
candidato Clécio Luiz vença as eleições, desde que seja mantida a porcentagem
de votos válidos apurados no primeiro turno (95,51%) e a abstenção de 15,37%,
ele precisa acumular 70% dos votos nominais que foram dados para os candidatos
Cristina, Davi, Genival e Milhomem, ou seja, 45.624 votos, ou melhor, para cada
10 daqueles votos, pelo menos 7 seja dados ao candidato do PSOL.
Uma tarefa e
tanto para o candidato do PSOL considerando o cenário apurado no domingo, dia
07, e que aumenta de dificuldade com as adesões aditivas que forem sendo
contabilizadas para o candidato Clécio.
Se o candidato
do PDT conseguir uma adesão equivalente a 30% dos votos totalizados pelos 4
candidatos que saíram no primeiro turno, então ganha a eleição.
Bastaria, por exemplo,
que os eleitores que votaram no Davi (21.796), votassem no candidato do PDT,
que precisa de 19.554 votos, sem perder os votos dos eleitores do primeiro
turno, para ser reeleito prefeito de Macapá.
Mas como as
adesões não são feitas através das lideranças em uma eleição plebiscitária,
resta ao candidato do PSOL sustentar o seu baixo nível de rejeição e divulgar o
alto índice de rejeição do adversário.
Do contrário vai
ter que cumprimentar o atual prefeito pela reeleição e continuar como primeiro
suplente de senador no Senado Federal.
Para o prefeito
Roberto deixar a cadeira agora em 2012 e entregá-la para o candidato do PSOL,
além de incorrer em muitos erros nesses próximos dias, ainda terá que aplaudir
bem forte, a acertos do adversário.
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