quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A futura gestão

Rodolfo Juarez
Poucos dias estão faltando para que o macapaense conheça o prefeito de Macapá que vai coordenar os interesses do Município durante os próximos 4 anos.
Com mais de 400 mil habitantes, os problemas do município são muitos e estão em todos os lugares e praticamente com todas as pessoas. Cada uma com vontade de participar do início desse momento que pode ser o de recuperação que tem tudo para iniciar no começo próximo mandato.
Até agora as administrações têm se esforçado, mas não têm conseguido impor um plano de desenvolvimento que atenda a expectativa da população.
Foram administrações sempre movidas por modismo ou ficando na dependência de um ou outro secretário mais esforçado ou mais competente. Que saiba trabalhar em equipe e que tenha compromisso com o coletivo.
Já não da mais para conduzir os interesses do Município de Macapá apenas com dedicação e esforço. A exigência é muito maior.
Exige-se comprometimento e compreensão do que é participar de uma administração municipal.
Os erros cometidos até agora não poderão ser repetidos pela equipe que assumir a responsabilidade de administrar Macapá a partir do dia 1º de janeiro de 2013.
É preciso fazer profundas modificações no modo de interpretar a importância do Município que concentra mais de 58% da população do Estado. Está, ainda, fortemente atrelado aos comandos do governo estadual.
Nos últimos doze anos, principalmente, quando Macapá superou importantes marcas e chegou à de 411 mil habitantes em 2012, não se observou que a população daqui cresce mais do que o dobro da população nacional e que já havia um déficit no atendimento em setores importantes e a geração que tem a incumbência de assumir a gestão municipal, está desacostumada de estudar, de preparar-se e que, exatamente por isso, tem que compreender muito coisa do dia a dia da Prefeitura.
Mas não dá para viver do passado. Desse tempo o que precisa ser preservado é a história e que se diga que são bonitas histórias, construídas por homens competentes e dispostos a enfrentar todas as dificuldades, inclusive no sistema de saúde, subdimensionado, mal planejado e super exigido.
O setor educacional não sofreu tanto porque as medidas foram seguradas e o Governo do Estado continuou assumindo o papel de substituto enquanto lhe era conveniente, enquanto poderia usar o recurso da “parceria”, que na verdade, na interpretação das autoridades é reconhecido como um sistema de entregar completa, sob o argumento de que um tem dinheiro outro não tem.
Ora, o Município de Macapá, como qualquer outro município do Estado do Amapá, dão provas de que não sabem o seu verdadeiro tamanho e de sua verdadeira importância e quando são mandados para descobrir isso, acham-se empurrados para um beco sem saída, castigados por seu próprio desconhecimento, mas desculpando-se que foi o outro que assim fez.
A gestão futura do Município de Macapá tem que, além de ver as questões da capital, conhecer e atacar os problemas do interior do município.
O tempo é de atrair o Governo para o trabalho municipal e não colocar uma corda no pescoço do governo querendo que ele venha, na marra, para cumprir as atribuições que são dele também.
E como atrair o Governo para o trabalho no município?
Batas que o Município faça a sua parte e apenas ela. Não se atreva a resolver problemas das áreas que não são suas, com a desculpa de que precisa tratar bem do cidadão.
O cidadão quer se tratado bem, mas compreende que o Município precisa não se intrometer em assuntos que não lhes compete, seja o motivo que for. Use o argumento da palavra e a prova da necessidade. 

 

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