Macapá ainda é
um município que não tem muitas dificuldades para ser administrado. Precisa
apenas que o prefeito seja uma pessoa dedicada, competente e profissional.
Não dá mais para
o prefeito ter outra ocupação ou outras responsabilidades, que não as pessoais,
por mais simples que possa ser ou por mais elementar que aparente.
O cargo de
Prefeito de Macapá exige dedicação exclusiva, assim como os outros gestores dos
outros organismos públicos, como os do judiciário, do ministério público, do
tribunal de contas e de tantos outros que precisam dar atenção integral para a
função que exercem.
A cidade de
Macapá não cresceu organizada por causa disso.
Os últimos dois
gestores não dedicaram o tempo integral para o cargo de prefeito que exercem.
Tanto João Henrique como Roberto Góes, não foram prefeitos aplicados. Podem ter
sido esforçados, mas nunca dedicados o suficiente para antecipar-se às questões
da administração municipal.
A presença do
prefeito no Gabinete, nas unidades dos setores de educação, saúde e tributação;
nas frentes de trabalho desenvolvidos pela Secretaria de Obras do Município é
insubstituível, tomando decisões calculadas e orientando os seus auxiliares,
para evitar os erros que vão implicar em sobre preço e atrasos na realização
dos serviços ou na aquisição de material.
As decisões mal
tomadas, os contratos assinados sob pressão e não sustentados em argumentos
técnicos, jurídicos e administrativos têm prejudicado substancialmente a
eficiência da administração da cidade e despertada a desconfiança da população,
com relação às informações que são prestadas ou às promessas que são feitas.
O resultado
desse precário zelo do administrador, para com a administração, acaba levando para
a sala de vistas da residência do prefeito decisões que poderiam ser tomadas no
Gabinete da Prefeitura, ou nos gabinetes das secretarias municipais.
Quando o lugar
onde menos o prefeito aparece, no horário normal de expediente, é o que seria o
seu gabinete de trabalho, algo no procedimento está muito errado. Pode ele,
seus assessores e seus secretários terem a certeza de que o caminho escolhido
pelo prefeito não é o melhor.
E, também, não é
pelo fato dele ser eleito pelo povo, que o prefeito pode atender quem quer e
quando quer, sem uma agenda na qual o comum do povo, possa confiar e acreditar.
A importância
daquele que exerce o cargo de Prefeito de Macapá pode até não estar sendo bem
compreendida pelos que chegaram ao cargo mais recentemente.
O que se notou
foi um desprezo pela agenda e uma supervalorização da personalidade que,
protegido por auxiliares zelosos às suas ordens, pouco ligaram para as datas e
as horas marcadas para audiências, cuja importância era do munícipe e não do
prefeito.
As desculpas,
algumas completamente sem nexo, se constituíram, para os três mandatos mais
recentes, um instrumento usado mais para justificar a falta de presença do
gestor, do que para corresponder à verdade dos fatos.
É possível até
que os problemas mais graves que são enfrentados pela população e cujas
soluções sejam de responsabilidade da Prefeitura do Município, tenham a sua
origem e a sua continuação exatamente nesse modelo que os prefeitos têm usado.
Ficar distante
do local de trabalho, como os dois últimos prefeitos de Macapá têm feito,
certamente não é a melhor forma para compreender e resolver os problemas. Pode
até ser uma espécie de fuga desses mesmos problemas, mas isso não pode fazer
parte do projeto de quem pleiteia, voluntariamente, ser prefeito de Macapá.
Clécio, que
tenta a eleição, e Roberto que tenta renovar o mandato, os dois precisam ter
consciência da responsabilidade de ser prefeito de Macapá, para não se
transformar, depois do mandato, em um enjeitado político da sociedade.
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