Está chegando o
dia da eleição e o eleitor está deixando as coordenações de campanha confusas,
pois em regra, não conseguem identificar o que o eleitor quer ouvir ou ver,
principalmente aqueles que esperavam encontrar um eleitor desatento ou
desinteressado pela campanha e pela eleição.
Já se percebe,
apesar das desconfianças evidentes, que boa parte do eleitorado não se conforma
com aqueles que querem manter as mesmas fórmulas, lastreadas em promessas e
cheias de aparências que não correspondem à expectativa da população.
As crianças e os
adolescentes também, de forma inversa, entraram no contexto da discussão e
estão contribuindo com aqueles que votam, definindo o melhor perfil do
candidato para os cargos em disputa.
Os candidatos
titubearam muito. Erraram muito durante a campanha e, desde o debate da
sexta-feira, na televisão, que alguns frustraram o eleitor que, atento, pode
perceber a dificuldades que alguns candidatos teriam para fazer valer a sua
personalidade e as suas propostas em um eventual mandato.
As crianças,
incrivelmente mais atentas, notaram a evolução da campanha com trocas radiais
na forma de se mostrar, na maneira de colocar as suas propostas e, mais do que
isso, na constante troca de plataforma para governar, por exemplo, o município
de Macapá.
A compreensão de
que o nível baixo da campanha não estava agradando ninguém e que as anunciadas
medidas radicais não tiveram aceitação por parte do eleitor, confundiram todo
mundo, inclusive os candidatos a vereador, que foram os mais prejudicados que,
na reta final, alguns deles deixaram, na prática, de fazer campanha, no horário
eleitoral gratuito no rádio e na televisão, se tornando cabos eleitorais de
candidatos a prefeito.
Uma receita que
pode dar errado, mas foi a alternativa encontrada para tentar juntar os cacos e
mostrar para o eleitor de que, pelo menos o partido está unido e interessado em
eleger os seus candidatos.
Uma questão que
não se entrelaça. Afinal de contas é por isso que são duas eleições
completamente separadas, com conceitos diferentes, inclusive com relação à
forma de eleger os candidatos – uma é majoritária, dependendo dos votos
nominais; e outra proporcional que depende dos votos nominais e de legenda.
Além de ficar atento aos índices adquiridos a partir do quociente eleitoral e
do quociente partidário.
Os candidatos a
vereador que se acham com chances preferiram desgarrar-se das coligações
majoritárias, não aceitando o sacrifício da degola para manter viva a esperança
de o candidato a prefeito garantir vaga no segundo turno.
Fugindo da
infidelidade partidária muitos dos candidatos a vereador fingem que apóiam o
candidato a prefeito da coligação, para que não seja mais prejudicado do que já
foi, devido aos erros que atraem para o partido ou coligação a qual pertencem.
Esses últimos
dias são de muitas contas, mas também de constatação de erros infantis
cometidos em uma campanha que parecia fácil, por serem os candidatos todos
muito conhecidos, todos experimentados em eleição e com uma divisão clara entre
as duas maquias, a da prefeitura municipal e a do governo do Estado, que
tiveram dificuldades para explicar porque caminham, desde o começo de 2011 em
sentidos diametralmente opostos.
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