sábado, 6 de outubro de 2012

Eleições 2012: Marqueteiros e coordenadores de camanha não passaram no teste

Todos ficaram em recuperação 
Rodolfo Juarez
Muito contaminado pela campanha eleitoral em Macapá, na qual os marqueteiros e os coordenadores de campanha não caminharam os bons caminhos da democracia, estive no interior para registrar como foram feitas as campanhas por lá.
Posso garantir que, na maioria deles, o dia da eleição vai ser uma grande festa democrática, provavelmente muito diferente da campanha em Macapá, que teve um forte tempero e medidas indesejadas nas modernas campanhas e que acabaram levando para a vala comum, com as honrosas exceções, o nível da campanha eleitoral nessa primeira parte da eleição.
Por aqui os candidatos a vereador, quando não foram impelidos, na prática, a fazer a campanha majoritária, acabaram por inibir-se ou limitar-se às visitas e às reuniões e aparições raras e sem grandes compromissos, nos comícios organizados pelos candidatos a prefeito.
Mesmo os municípios mais próximos da capital não foram contaminados pelos erros estratégicos e pela falta de respeito ao eleitor, obrigando estes a assistir verdadeiras campanhas difamatórias com a complacência dos órgãos de fiscalização que, deixaram que a campanha descambasse para a vala comum das acusações, ficando o eleitor sem as informações importantes que precisa para decidir.
Não houve confronto de idéias durante a campanha. Condição que já cabe perfeitamente no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, em Macapá, muito embora se reconheça que a campanha de visual tenha sido muito mais coerente do que nos outros anos, principalmente aquela desenvolvia pelos candidatos a vereador.
Basta lembrar que em outros períodos eleitorais, em uma época dessas, os muros das casas estavam todos pintados com as mensagens dos candidatos em destaque. Agora não. Essa prática não foi exercida pelos candidatos e a cidade agradece.
Uma questão nova e que precisa ser observada com mais cuidado é o caso dos veículos automotores que são adesivados e deixados nos estacionamentos públicos, como se um outdoor fosse.
Este ano, mais que nos outros anos de eleição, essa prática se popularizou e foram muitos os candidatos que conseguiram ludibriar a fiscalização que ainda não encontrou uma forma para coibir esse tipo disfarçado de enganar a fiscalização.
Basta entender que se trata de uma forma de ludibriar as regras da campanha eleitoral, pois é claro que o procedimento decorre do abuso do poder econômico de um candidato, o que fere o principio da igualdade. Como os carros usados sempre são grandes e caros, só é possível para aqueles que dispõem de recursos e coloca esses recursos a serviço da sua própria campanha ou de um dos seus “afilhados”.
No interior os eleitores fazem questão de colocar na janela da frente de sua casa a bandeira do seu candidato e quando, na mesma casa se observa bandeiras de diversos candidatos, ali está a declaração que, até em casa, pode haver discordância nas idéias, mas nada que possa transformar isso em baixaria.
Tomara que os partidos políticos reprovem os marqueteiros e os coordenadores das campanhas que trabalharam, este ano, em Macapá, todos eles, pois não deixarão saudades, apenas tristes recordações. Decididamente, nesse quesito, todos estão em recuperação.

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