Rodolfo
Juarez
Muito
contaminado pela campanha eleitoral em Macapá, na qual os marqueteiros e os
coordenadores de campanha não caminharam os bons caminhos da democracia, estive
no interior para registrar como foram feitas as campanhas por lá.
Posso garantir
que, na maioria deles, o dia da eleição vai ser uma grande festa democrática,
provavelmente muito diferente da campanha em Macapá, que teve um forte tempero
e medidas indesejadas nas modernas campanhas e que acabaram levando para a vala
comum, com as honrosas exceções, o nível da campanha eleitoral nessa primeira
parte da eleição.
Por aqui os
candidatos a vereador, quando não foram impelidos, na prática, a fazer a
campanha majoritária, acabaram por inibir-se ou limitar-se às visitas e às
reuniões e aparições raras e sem grandes compromissos, nos comícios organizados
pelos candidatos a prefeito.
Mesmo os
municípios mais próximos da capital não foram contaminados pelos erros
estratégicos e pela falta de respeito ao eleitor, obrigando estes a assistir
verdadeiras campanhas difamatórias com a complacência dos órgãos de
fiscalização que, deixaram que a campanha descambasse para a vala comum das
acusações, ficando o eleitor sem as informações importantes que precisa para
decidir.
Não houve
confronto de idéias durante a campanha. Condição que já cabe perfeitamente no
horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, em Macapá, muito embora se
reconheça que a campanha de visual tenha sido muito mais coerente do que nos
outros anos, principalmente aquela desenvolvia pelos candidatos a vereador.
Basta lembrar
que em outros períodos eleitorais, em uma época dessas, os muros das casas
estavam todos pintados com as mensagens dos candidatos em destaque. Agora não.
Essa prática não foi exercida pelos candidatos e a cidade agradece.
Uma questão nova
e que precisa ser observada com mais cuidado é o caso dos veículos automotores
que são adesivados e deixados nos estacionamentos públicos, como se um outdoor
fosse.
Este ano, mais
que nos outros anos de eleição, essa prática se popularizou e foram muitos os
candidatos que conseguiram ludibriar a fiscalização que ainda não encontrou uma
forma para coibir esse tipo disfarçado de enganar a fiscalização.
Basta entender
que se trata de uma forma de ludibriar as regras da campanha eleitoral, pois é
claro que o procedimento decorre do abuso do poder econômico de um candidato, o
que fere o principio da igualdade. Como os carros usados sempre são grandes e
caros, só é possível para aqueles que dispõem de recursos e coloca esses
recursos a serviço da sua própria campanha ou de um dos seus “afilhados”.
No interior os
eleitores fazem questão de colocar na janela da frente de sua casa a bandeira
do seu candidato e quando, na mesma casa se observa bandeiras de diversos
candidatos, ali está a declaração que, até em casa, pode haver discordância nas
idéias, mas nada que possa transformar isso em baixaria.
Tomara que os
partidos políticos reprovem os marqueteiros e os coordenadores das campanhas
que trabalharam, este ano, em Macapá, todos eles, pois não deixarão saudades,
apenas tristes recordações. Decididamente, nesse quesito, todos estão em
recuperação.
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