Foi considerada muito alta a abstenção
no segundo turno de votação em Macapá para escolha do prefeito da Capital. No
primeiro turno 38.938 eleitores deixaram de votar, uma abstenção, portanto, de
15,37%. Nos segundo turno 46.311 eleitores não compareceram nas seções
eleitorais, provocando uma abstenção de 18,27%. Considerando a variação, para
mais, do número de ausentes no primeiro e no segundo turnos de votação, é
correto afirmar que houve um aumento na ausência equivalente a 18,93%,
considerado alto, seja qual for o ângulo da análise.
OS
NÚMEROS DO SEGUNDO TURNO
Estavam aptos a votar 253.365 eleitores.
Compareceram para votar 207.064 eleitores, deixando de comparecer, portanto,
46.301 eleitores (18,27%). Dos 207.604 que compareceram, 2.133 (1,035) votaram
em branco; 4.778 (2,31%) anularam o voto e 200.153 eleitores votaram nos
candidatos concorrentes: 101.261 (50,59%) no candidato Clécio Luiz do PSOL e
98.892 (49,41%) no candidato Roberto Góes do PDT.
O
QUE SIGNIFICOU O AUMENTO DA ABSTENÇÃO
Foram 7.373 eleitores que deixaram de
votar, a mais do que o total que votou no primeiro turno (46.311 – 38.938 =
7.373). Esse número é mais de três vezes maior do que a diferença entre os dois
candidatos. Esse aumento era previsível por dois fatores: o primeiro devido ao
baixo nível da campanha; e o segundo, devido à decisão de muitos militantes do
PSB que decidiram em não ir votar no dia da eleição. Esse detalhe foi atestado
em pesquisas qualitativas levantadas entre o primeiro e o segundo turno.
CRESCIMENTO
Uma comparação entre a quantidade de
eleitores que votou no segundo turno de 2008 e a quantidade que votou no
segundo turno de 2012, mostra uma diferença superior a 12%. Em 2008 foram
apurados 177.217 votos válidos (91.558 para Roberto Góes e 85.659 para Camilo
Capiberibe); em 2012 foram apurados 200.153 votos válidos (101.216 para Clécio
Luiz e 98.892 para Roberto Góes). Um crescimento de 12,94%.
CEM
DIAS
Durante a campanha do primeiro turno o
prefeito eleito de Macapá, vereador Clécio Luis, anunciou que iria elaborar um
plano emergencial para a administração de Macapá nos primeiros 100 dias. A
execução desse plano coincide com o período de chuva e deve contar com ¼ do
orçamento municipal para 2013. Como a receita estimada para esse período
alcança R$ 504 milhões de reais, para executar o plano emergencial o prefeito
vai contar com 126 milhões, ou seja 42 milhões pro mês ou um pouco mais de 3
milhões de reais pro semana.
64
DIAS
Já o prefeito Roberto Góes, que tem
mandato até o dia 31 de dezembro de 2012, tem 64 dias para fechar os seus
projetos e entregar a Prefeitura de Macapá para o seu sucessor o prefeito
eleito Clécio Luiz. Até o dia da entrega do cargo o prefeito Roberto ainda tem
o Natal e o Réveillon para fazer uma grande festa e que pode fechar bem o
mandato que assumiu no dia primeiro de janeiro de 2009.
ACENO
Falando logo depois da confirmação da
vitória do Candidato Clécio Luis e na esteira dos agradecimentos do prefeito
eleito aos partidos e lideranças que o apoiaram na campanha vitoriosa,
inclusive o PSB, o governador Camilo Capiberibe já antecipava a sua disposição
em discutir os assuntos do Município de Macapá, que estão sem essa referência
desde que o governador assumiu o cargo, em janeiro de 2011.
TRANSIÇÃO
A partir de hoje o prefeito eleito
Clécio Luis já tem a sua primeira tarefa – designar uma equipe (que pode ser
chamada de transição) para tomar pé da realidade da Prefeitura de Macapá. Essa
providência, quando bem entendida, pode ser importante para o desenrolara da
administração. Como se trata de uma administração complexa e distribuída por
vários prédios, a maioria deles alugada, o prazo disponível, por mais longo que
possa parecer, se tornará curto para entender o momento da administração
municipal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário