E deu o que as
pesquisas apontavam.
Tanto em Macapá
como em Santana a diferença entre o que os leitores definiram e o que estava
levantado nas pesquisas de opinião, foi irrelevante e confirmaram que o eleitor
já declara, como nas democracias consolidadas, o que vai fazer quando estiver
na frente da urna para votar.
O segundo turno
em Macapá entre Roberto Góes, do PDT e Clécio Luiz, do PSOL, e a vitória de
Robson Rocha, do PTB em Santana, mostraram a convicção com a qual os eleitores
foram às urnas.
Uma eleição que
surpreendia os menos experientes no processo eleitoral, chegando a desconfiar
da presença do eleitor, mas, depois de tudo, ficou confirmado que o eleitor
estava apenas muito mais dono do seu nariz e perto de encontrar o melhor
caminho para responder àqueles que ainda imaginam que podem na marra, impor o
que tem que fazer.
É claro que para
isso acontecer precisa haver confiança nos organizadores do pleito. E, nestas
eleições, o sistema de fiscalização pode cumprir o seu papel, através da
procuradoria eleitoral e dos ministérios públicos, federal e estadual, que
atuaram sintonizados e com aplicação.
A condução
tranquila e sem qualquer atitude extremada do experiente desembargado Raimundo
Vales, também foi decisiva para o resultado final e dele não se tivesse
qualquer reclamação.
Com relação aos
concorrentes, pode-se dizer que as máquinas foram decisivas na sustentação dos
seus candidatos, entretanto não suficientes para garantir-lhes presença no
segundo turno, tanto que a candidata do partido do Governo (PSB) não conseguiu,
apesar de todo o esforço da equipe governamental, garantir a presença no
segundo turno.
Do outro lado, o
candidato à reeleição, reconheceu as suas limitações e soube defender-se dentro
dela, apesar de alguns auxiliares da campanha chegar a pregar a vitória no
primeiro turno que, se não fosse uma proposta motivacional, teria confundido o
candidato e o eleitor e as consequência seriam imprevisíveis.
Nos outros municípios
do Estado, onde não havia possibilidade de dois turnos, pois todos têm um
colégio eleitoral inferior a 200 mil eleitores, a eleição em turno único não
permitia erro na campanha. Não haveria, assim, tempo para consertar qualquer
erro cometido. E assim aconteceu.
A vitória do PTB
em Santana, do PP em Laranjal do Jari e do PSB em Oiapoque, dão cores a um
equilíbrio que movimenta o Estado e as suas estruturas políticas, não deixando
grandes vantagens para este ou aquele partido, independente de quem vencer as
eleições em Macapá.
O resultado das
eleições proporcionais considerando todo o Estado mostra que o PSB, que tem o
governador do Estado, foi o vencedor, pois além de fazer em Macapá 3
vereadores, só igualado pelo PR, foi o partido campeão de vagas, conquistando
27 das 166 em disputa.
O segundo turno
será realizado no dia 28 de outubro, domingo, quando os eleitores do Município
de Macapá terão que voltar às urnas para decidir entre Roberto e Clécio, quem
estará no comando do Município de Macapá a partir de 1º de janeiro de
2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário