O
desenvolvimento de qualquer região tem fases bem definidas que precisam ser
conhecidas para serem vencidas de forma organizada em sem criar grandes
problemas para a sociedade, principalmente para a parcela mais pobre dela.
Evidente fica
que para que isso aconteça de forma organizada é preciso que haja uma diretriz,
detalhada de forma que permita o acompanhamento e, assim, a antecipação aos
problemas que são decorrentes das modificações de cenários que vão sendo
encontrados no andar dos projetos, partes de um plano. Ou seja, é condição
indispensável que se tenha uma linha de acompanhamento que permita, ao que tem
a atribuição de evitar as dificuldades inerentes ao projeto, intervir no
processo e redirecioná-lo.
E quem tem a
atribuição de evitar essas dificuldades?
É o governo do
local, na maioria das vezes, dividido entre a prefeitura do município, o
governo do estado e a governo da União, todos eles seguindo um mesmo plano que
contém os programas de desenvolvimento e destes são filhados os projetos
executivos, alguns desses projetos executados pelo próprio poder público e
outros, pela iniciativa privada, não raro, financiado com dinheiro público,
retornável ou não.
O Estado do
Amapá esgotou uma das fases de seu desenvolvimento. Chegando aos 700 mil
habitantes e está inserido em uma região que tem os mesmos problemas, mas que
pode não estar usando o mesmo método resolutivo para os problemas.
A nova fase do
Estado exige planejamento e é o que não está pronto, apesar de aparentemente
ser óbvio. E não está pronto porque muitas falhas foram cometidas ao longo dos
22 anos de emancipação político-administrativa que começou em 1991.
Os governantes
erraram nas decisões que tomaram durante os seus governos e isso está
repercutindo desde o primeiro mandato do governador Waldez que recebeu como
principal aviso o encerramento do contrato da Icomi, empresa que explorava
manganês na Serra do Navio.
Ficou claro que
ali se esgotava o modelo.
Mesmo assim os
dirigentes se ocuparam com questões decorrentes dos erros pretéritos e não
elaboraram as defesas para que isso não piorasse a situação. Basta lembrar que
quando a empresa que explorava as minas de Serra do Navio anunciou o
encerramento do contrato, alguns dos seus funcionários recebiam 17 salários,
abona de meio de ano, abono natalino e tinham as suas viagens de férias pagas
pela empresa.
O mundo havia
mudado e com ele as relações comerciais. E não quer dizer que as mudanças nas
relações comerciais decorriam da mudança do mundo. Não, era a nas relações
comerciais que estavam acelerando a mudança no mundo.
O que está
acontecendo na região do Jari, com a principal empregadora do lugar fechando as
portas, não era para ser um fenômeno, mas é. Afinal de contas são mais de 6 mil
funcionários que estão sendo dispensados da empresa. E de pouco vai adiantar os
discursos que estão sendo feitos agora, por alguns políticos, gestores e até
membros da imprensa, que certamente não queriam que isso acontecesse. Ora,
também assim pensaval os donos da empresa e os funcionários da empresa.
Acontece que é o
modelo que está esgotado. Esse que está instalado ali não é competitivo e basta
esse argumento para que a empresa deixe a competição e saia do mercado e faleça
completamente.
O discurso
precisa mudar. A face do desenvolvimento é outra e ele precisa acontecer, para
que o local, o município, o estado e o país continuem no mercado.
Quem quiser
compreender esse fenômeno assista o filme “Com o dinheiro dos outros”. Ajuda
bastante.
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