sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Esperanças expandidas

Rodolfo Juarez
              Está começando uma nova fase para a administração municipal no Brasil e no Estado do Amapá.
Por aqui os municípios sofrem as consequências de próprias da Região: grande extensão territorial, população pobre e baixa escolaridade, déficits no atendimento da população no que ser refere aos serviços que são atribuições do município, além do minguado orçamento público.
Pode ser por isso que apenas dois prefeitos conseguiram a reeleição e que, por isso, tomaram posse no dia primeiro de janeiro: Maria Lucimar da Silva Lima (PMDB), em Calçoene, no Norte do Estado e Valdo Isacksson Monteiro (PT), em Ferreira Gomes. Outros 13 prefeitos foram eleitos pela primeira vez, a exceção de Serra do Navio, que repete o prefeito José Maria Amaral Lobato (PSB). Em Pedra Branca do Amapari, deverá haver uma nova eleição nos próximos 90 dias para ser conhecido o prefeito, uma vez que a prefeita eleita para aquele Município teve o registro de sua candidatura negado pela Justiça Eleitoral.
O quadro de vereadores, em todo o Estado, também sofreu profundas modificações, não só com relação ao aumento do número para algumas câmaras, como pela substituição que o eleitor fez, escolhendo outros nomes.
Tomaram posse 166 vereadores, sendo que o Município de Macapá é o que tem o maior número – vinte e três. Santana com 13, Mazagão e Oiapoque com 11 cada um se juntam aos outros 12 municípios, cada um com 9 vereadores. No caso do Município do Amapari, o vereador escolhido para ser o presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal, assume, interinamente, a Prefeitura do Município.
São 198 os cargos públicos eletivos municipais entre prefeitos (16), vice-prefeitos (16) e vereadores (166) que são selecionados pelos eleitores, sendo que destes, 196 tomaram posse no dia primeiro (faltam apenas o prefeito e o vice-prefeito de Pedra Branca do Amapari).
São homens públicos que mereceram a confiança da população, durante a eleição de 2012, e que agora iniciam os seus respectivos mandatos.
Cada um deles deve ter a ciência da responsabilidade que aceitaram, de forma voluntária, e pela qual são pagos conforme o cargo e a capacidade de pagamento do Município.
Todos precisam estar cientes de que, junto com o mandato, os eleitores entregam as canetas para que assinem o que têm que assinar, deixando que desenvolvam as suas atividades conforme as suas vontades ou disposições, mas devem saber também, que estão em constante observação e que em 2016, aqueles que quiserem ou puderem, serão reavaliados pelos mesmos eleitores.
Agora todos ao trabalho.
Em qualquer município, mesmo aqueles dois que tiveram os seus mandatários reeleitos, há muito que fazer, em todas as áreas, mas, a que mais chama a atenção de todas e de direta fiscalização dos vereadores e atribuição dos prefeitos, é a educação.
Os prefeitos e os vereadores também precisam atuar em busca de cooperação, tanto no município como nos outros entes da estrutura gestora brasileira. O Estado e a União precisam ser acionados para cumprir o seu papel, pois é comum se observar que estes dois entes sempre pretendem dar novas atribuições aos gestores municipais, sem dar-lhes as condições financeiras para desincumbirem-se dessas atribuições.
O interior, principalmente, precisa de atenção redobrada e de esforço redobrado, em contradição com a recompensa que é sempre a metade ou menor do que a metade daqueles que têm o mesmo compromisso, por exemplo, na Capital.
A população, a cada início de mandato, tem as suas esperanças expandidas, sempre confiando que o futuro pode ser melhor.

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