Está começando uma nova fase para a administração municipal no Brasil e no Estado do Amapá.
Por aqui os
municípios sofrem as consequências de próprias da Região: grande extensão
territorial, população pobre e baixa escolaridade, déficits no atendimento da
população no que ser refere aos serviços que são atribuições do município, além
do minguado orçamento público.
Pode ser por
isso que apenas dois prefeitos conseguiram a reeleição e que, por isso, tomaram
posse no dia primeiro de janeiro: Maria Lucimar da Silva Lima (PMDB), em
Calçoene, no Norte do Estado e Valdo Isacksson Monteiro (PT), em Ferreira
Gomes. Outros 13 prefeitos foram eleitos pela primeira vez, a exceção de Serra
do Navio, que repete o prefeito José Maria Amaral Lobato (PSB). Em Pedra Branca
do Amapari, deverá haver uma nova eleição nos próximos 90 dias para ser
conhecido o prefeito, uma vez que a prefeita eleita para aquele Município teve
o registro de sua candidatura negado pela Justiça Eleitoral.
O quadro de
vereadores, em todo o Estado, também sofreu profundas modificações, não só com
relação ao aumento do número para algumas câmaras, como pela substituição que o
eleitor fez, escolhendo outros nomes.
Tomaram posse
166 vereadores, sendo que o Município de Macapá é o que tem o maior número –
vinte e três. Santana com 13, Mazagão e Oiapoque com 11 cada um se juntam aos
outros 12 municípios, cada um com 9 vereadores. No caso do Município do
Amapari, o vereador escolhido para ser o presidente da Mesa Diretora da Câmara
Municipal, assume, interinamente, a Prefeitura do Município.
São 198 os
cargos públicos eletivos municipais entre prefeitos (16), vice-prefeitos (16) e
vereadores (166) que são selecionados pelos eleitores, sendo que destes, 196
tomaram posse no dia primeiro (faltam apenas o prefeito e o vice-prefeito de
Pedra Branca do Amapari).
São homens
públicos que mereceram a confiança da população, durante a eleição de 2012, e
que agora iniciam os seus respectivos mandatos.
Cada um deles
deve ter a ciência da responsabilidade que aceitaram, de forma voluntária, e
pela qual são pagos conforme o cargo e a capacidade de pagamento do Município.
Todos precisam
estar cientes de que, junto com o mandato, os eleitores entregam as canetas
para que assinem o que têm que assinar, deixando que desenvolvam as suas
atividades conforme as suas vontades ou disposições, mas devem saber também,
que estão em constante observação e que em 2016, aqueles que quiserem ou
puderem, serão reavaliados pelos mesmos eleitores.
Agora todos ao
trabalho.
Em qualquer
município, mesmo aqueles dois que tiveram os seus mandatários reeleitos, há
muito que fazer, em todas as áreas, mas, a que mais chama a atenção de todas e
de direta fiscalização dos vereadores e atribuição dos prefeitos, é a educação.
Os prefeitos e
os vereadores também precisam atuar em busca de cooperação, tanto no município
como nos outros entes da estrutura gestora brasileira. O Estado e a União
precisam ser acionados para cumprir o seu papel, pois é comum se observar que
estes dois entes sempre pretendem dar novas atribuições aos gestores
municipais, sem dar-lhes as condições financeiras para desincumbirem-se dessas
atribuições.
O interior,
principalmente, precisa de atenção redobrada e de esforço redobrado, em
contradição com a recompensa que é sempre a metade ou menor do que a metade
daqueles que têm o mesmo compromisso, por exemplo, na Capital.
A população, a
cada início de mandato, tem as suas esperanças expandidas, sempre confiando que
o futuro pode ser melhor.
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