Mazagão Velho completa hoje
243 anos. Um local que pode ser tudo: aprazível, bom de morar, bom de ir, bom
de passear, bom de viver, místico, mágico, alegre e mais tudo que um interior
tranquilo e próximo pode ter e oferecer muito mais para aqueles que ali chegam.
E hoje é o seu grande dia. Dia
do aniversário do lugar.
Todos os moradores estão em
festa, todos os vizinhos os aplaude e as autoridades têm certeza que tudo o que
fizerem pelo local ainda é pouco.
E já faz muito tempo que tudo
começou. Foi 1770. É por isso que não tem mais testemunha viva do começo, mas
tem quem conte a historia do lugar com tantos detalhes que todos os que ouvem
acabam por imaginar a forma que teriam para agradecer a tanto empenho, destemor
e coragem dos primeiros moradores de Mazagão Velho.
Mazagão Velho recebeu esse
nome por causa da sua importância, afinal de cojntas carrega o nome do
município do qual é distrito. Então o velho ficou como sinal de respeito de todos
os outros lugares que, junto com ele forma o município de Mazagão.
Mazagão Velho deve muito de
sua origem à Guerra Santa, um dos acontecimentos mais marcantes da história do
mundo, especialmente no século XVIII, sendo que a vila foi fundada com o objetivo
de ser uma réplica da Mazagão Africana, uma cidade ao norte de onde está hoje
situado o Marrocos e atualmente conhecida com El Jadida.
Mazagão Africana foi uma
posseção de Portugal até 1769 quando, em razão das constantes batalhas travadas
entre cristão e muçulmanos, os portugueses sairam da região, deixando a cidade
praticamente deserta.
As 340 famílias que sairam da
Mazagão Africana e seus escravos vieram para Belém do Pará. De lá uma parte
dessas pessoas foram transferidas para o “meio da floresta”, nas proximidades
do Rio Mutuacá, onde o governador do Grão-Pará e Maranhão determinaram que
morariam no novo local com a construção da Vila do Mazagão, hoje Mazagão Velho.
Uma história que explica a
valentia do povo que hoje herda a linhagem desses desbravadores, que por ações
voluntárias ou obrigadas acabaram construindo o seu próprio lugar.
Mas a vila, com o passar dos
tempos, teve outros nomes. Regeneração, que recebeu em 1833, foi um desses
nomes, para voltar a ser vila, depois comarca. Depois de alguns anos foi
incorporada à comarca de Macapá para, em 1915, ser a Mazagão Velho que
conhecemos hoje.
É impressinante a história de
Mazagão Velho e seu povo. Além de rica é surpreendente e não repetitiva. As
surpress estão em cada escavação, em cada exploração. Para os aficionados em
procurar explicação para a ocupação de uma localidade ou de uma região, Mazagão
Velho além de ser atraente é empolgante e desafiadora.
Por isso a região de Mazagão
Velho foi objeto de uma operação de prospecção arqueológica conduzida pela
Universidade Federal de Pernambuco, na qual foram encontradas ruinas da
primeira ingreja fundada na vila e ossadas de seus primeiros habitantes. A
lentidão das gestões municiapal e estadual está atrasando a fundação do Museu
Histórico de Mazagão Velho com todas as características que podem explicar para
a geração atual e a futura, detalhes da ocupação do local.
Há menos de 40 km de Macapá,
capital do Esado do Amapá, pela rodovia estadual AP-030, Mazagão Velho deve
ser, dentro de pouco tempo, referência em outras áreas cietificas capazes de
explicar o bom espírito do mazaganense e a alegria do seu povo.
Os amapaeses e os amazônicas
de modo geral, precisam conhecer o local para saber o que representa a
aniversariante de hoje para a história, a geografia e a cultura do Estado do
Amapá.
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