sábado, 19 de janeiro de 2013

Situação de emergência: um golpe na esperança

Rodolfo Juarez
A nova administração do município de Macapá, que tem à frente o prefeito Clécio Luis e o vice-prefeito Allan Sales, resolveu adotar a pior estratégia para resolver os primeiro problemas que foram apurados na prefeitura.
Decretar situação de emergência no setor saúde, com o imediato anúncio de que serão suspensos os serviços de atendimento à população, representa um golpe na esperança de melhora na qual teimava em acreditar população.
Durante os próximos 90 dias os dirigentes municipais, em nome da emergência, não serão obrigados a cumprir com a lei que protege os gastos do dinheiro público, não sendo obrigados a comprar material ou contratar serviço depois de regular licitação. Situação que exige pode não ser a mais eficaz, muito embora todos saibam que será a mais cômoda.
Esse modelo de gestão, comprometendo os recursos do município com compras e serviços sem licitação era fortemente combatido pelo vereador Clécio e repugnado pelo candidato Clécio.
Por trás dos levantamentos está desconfiança dos atuais gestores de que não dariam conta da incumbência se tivesse que seguir a Lei desde o começo.
Às favas as licitações. Às favas os preços menores, disputas leais e legais na mesa de oferta de produtos e serviços ou nas salas de disputa de preço nos pregões.
Também vão às favas as propostas da campanha que convenceram mais de 100 mil eleitores a eleger Clécio Luis para governar o Município que, de certa forma permitiu que fosse levado para o buraco pelo prefeito Roberto Góes.
Os funcionários da prefeitura que se cuidem, pois, os administradores estão se protegendo por trás dos ministérios públicos e das polícias, de certa forma desviando a atenção da população, para a declaração de falta de confiança no fazer o que tem que ser feito.
Macapá, com a declaração unilateral – e tem que ser assim – de situação de emergência faz com que a administração declare moratória para os seus credores, ou seja, pede um tempo não só para não pagar o que deve, mas também, para gastar como entender os recursos que sempre serão poucos, mas que precisa de determinação e um plano, para gasta-los com eficácia.
Agora funcionários e fornecedores que esperem. O comandante vai precisar de tempo para mandar servir o lanche e o cafezinho para a tripulação.
Já houve contra-contra ordem, depois de meio mês decorrido, com relação ao pagamento de funcionários, por perceberem ter sido colocado na folha alguns servidores fantasmas ou que desconfiaram estar no além bem perto de alguém.
Então aqueles que o município não paga desde o mês de novembro e dezembro, que esperem mais um pouco, continuem comendo vento e bebendo brisa.
Falta de respeito, com os funcionários, com os anúncios que foram feitos e com as palavras que foram ditas.
Enquanto isso as pessoas não adoeçam, pois as unidades de saúde do município estão com as portas fechadas; que não produzam lixo, pois a coleta continua em condições precárias; mas também que a chuva não caia para não aumentar o número de buracos nas vias e apagar os semáforos, da sinalização, que ainda funcionam.
A situação de emergência, em nenhum momento foi colocada na campanha do candidato Clécio e muito menos fez parte do plano de emergência dos 100 dias. Ah! Vai aproveitar os quase 100 dias que ainda tem até o dia 10 de abril para administrar emergencialmente.
A outra estratégia que poderia ser utilizada pelos novos gestores municipais exigiria muita disposição, certa preparação, alguma experiência, até faísca de competência, além de ter que conquistar a confiança do povo.
Esta estratégia tem a ver com muito trabalho, responsabilidade social e disposição para pagar o que deve.

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