quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Não basta vontade é precisou ousar

Rodolfo Juarez
Até agora ainda não deu para imaginar o modelo de gestão que o prefeito Clécio pretende implantar em Macapá. Quando todos imaginavam que vinha com uma proposta agressiva, priorizando a faixa da população que mais precisa, eis que breca, dá marcha-ré e declara situação de emergência.
Esse impacto, que ainda não foi absorvido pela população, pelas informações que nos chegam, também não foi aceito pelos próprios funcionários da prefeitura e coloca com o pé atrás os empresários, por não oferecer os resultados na velocidade que precisavam ser mostrados à população, aos funcionários e aos empresários.
Não há administração municipal vitoriosa se não for feita junto do povo, nas ruas, com a população vendo o esforço do prefeito e seus auxiliares, mesmo que com dificuldades, mas agindo e mostrando que está disposto a enfrentar todos os problemas em qualquer mês do ano e sob qualquer dificuldade ocasional.
Do gabinete, preso às regras, às mordomias do cargo, limitando-se a ver nas ruas os secretários de obras e o de desenvolvimento urbano, oferecendo cafezinho para visitantes, principalmente parlamentares, que estão ali, fazendo o trabalho que lhe cabe, sem ter que agir nas frentes, onde estão entulhados os problemas e que precisam ser removidos para que as vidas das pessoas passem, fazendo o seu caminho e contribuindo com o próprio gestor.
Não basta ter apenas vontade. Na prefeitura é preciso ousar todos os dias, arregaçar as mangas e estar nas praias, nos balneários, nas ruas, nos bairros e no interior.
É preciso dar um tempo para Brasília. Ir ali e não levar projetos e uma agenda para ser cumprida, é melhor ficar aqui em Macapá, ou no Bailique, no Maruanum, em Fazendinha, no Gurupora, em São Joaquim do Pacuí. Nesses locais, por incrível que possa parecer, está o problema e a solução para um prefeito trabalhador.
E o município de Macapá está precisando de um prefeito que trabalhe nas ruas. Esses que são muito bons de lazer, de festa, de turismo e viagens, não deram certo. Eles acabaram saindo da prefeitura pela porta dos fundos, deixando uma série de trabalhos atrasados, simplesmente jogados, sem qualquer organização e deixado de lado como se pudesse ficar, para sempre, debaixo do tapete.
Até agora nada, nem dentro e nem fora da prefeitura.
Pelo fato da prefeitura ter andado para traz nos últimos meses do ano de 2012, era preciso brecar, parar um pouco, estacionar mesmo, para depois, deixar o ponto morto, engatar uma primeira e sair andando, resolvendo.
Mas tudo indica que está difícil vencer a inércia, mas é preciso.
Gerir um município como Macapá, uma cidade da importância de Macapá, capital do Estado, requer compromisso, responsabilidade administrativa, mas também, compreender o que é mais importante para a população.
A equipe que está em período de adaptação, daqui a pouco vai precisar vestir a camisa e, para alguns, essa camisa pesa muito e, exatamente como diz o jogador de futebol, a camisa deste time é pesada, mas as conquistas compensam.
Cada um pode estar fazendo a sua história, construindo os seus exemplos e todos esperam encontrar o caminho que foi desenhado e colocado no mapa pelo prefeito – sair em melhores condições do que entrou, para que todos se orgulhem da oportunidade que tiveram de trabalhar pela cidade de Macapá.

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