domingo, 13 de janeiro de 2013

Prefeitura: os principais problemas não vão ao Gabinete

Rodolfo Juarez
O prefeito Clécio Luis está dando a impressão que está atento às questões internas da gestão e, por isso, se nota a desaceleração que levou à velocidade dos dois primeiros dias. Situação que liga o desconfiômetro da população.
Em uma comparação primária, Clécio Luis passa a impressão era muito mais ativo quando vereador do que agora como prefeito. Essa a impressão está ganhando corpo e sendo a referência, também, para analisar as suas primeiras promessas depois que assumiu o cargo de prefeito.
Quando anunciou que sabia que tinha que “trocar os pneus com o carro em movimento” deixou claro que teria compreendido a realidade do Município de Macapá e sabia como se comportaria nesses primeiros dias como administrador.
A participação e o desempenho do prefeito nesses primeiros dias à frente da administração da prefeitura são decisivos e fundamentais para que os seus auxiliares definam o tom que precisam dar para acompanhar o gestor.
Se começar a se prender às questões triviais e delegáveis, então pode começar, desde agora, ficar sabendo que não será fácil alcançar os objetivos que desenhou e disse que tinha quando da campanha para chegar à prefeitura.
Apesar de ser ainda tempo de deslumbramento para alguns da gestão municipal, pelo menos o aviso tem que ser dado para que não digam o que vão fazer se não sabem se realmente podem fazer.
Os problemas são graves, não porque eles não foram solucionados pela prefeitura em tempos que passaram, mas são graves porque afetam, gravemente, a população ou parte dela.
Pois, apesar de administração ter começado agora, no dia primeiro de janeiro, desde o dia primeiro de novembro, no mínimo, já sabia que tinha que escolher entre colocar em prática o plano que usou para desenvolver a campanha ou o plano emergencial que anunciou para os próximos 100 dias.
É bom lembrar que esses planos de 100 dias nunca deram certo. Foram até bem feitos, mas tiveram uma péssima execução, ou por falta de verba; ou por falta de pessoal.
A verba porque ela toda vem da receita estimada, que foi distribuída por títulos de despesas que, em regra, não levaram em consideração o plano de emergência; e o pessoal porque as tarefas são planejadas pelos chefes, mas a execução é de responsabilidade direta dos servidores.
O prefeito, nesse momento da administração, deve dosar a sua permanência no gabinete com a sua permanência nas frentes de serviço. Observando e cooperando com os auxiliares que escolheu, todos eles ou a maioria deles, experimentando pela primeira vez a lida com os problemas próprios do município.
Os funcionários, sejam eles das atividades meio ou das atividades fins, precisam confiar nos novos gestores, pois, afinal de contas, são eles os estranhos e se não perceberem isso, claramente, enfrentarão dificuldades e de toda ordem.
Os trabalhadores, funcionários da Prefeitura, precisam ser conquistados. Eles sabem disso. Têm essa prática e durante toda a sua vida funcional, como funcionários da Prefeitura, viram e acompanharam outras chegas triunfais que se transformaram em saídas melancólicas.
O Município de Macapá está precisando de um prefeito junto dos problemas pessoalmente, não que ele vá resolvê-los ali, mas vai deixar claro que está junto com a população e descontente com a situação, trabalhando para modificá-la para melhor.
Então, não ser atraído pelo ar condicionado do Gabinete que está reservado para despacho do prefeito, e considerar que os executores diretos dos serviços que precisam ser feitos necessitam de ânimo, compromisso e, até, de acompanhamento para sentir-se seguros de que estão contribuindo, mas não só isso, tendo o seu desempenho aprovado por aqueles que contaram com eles para executar os planos, inclusive o dos 100 dias.

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