O prefeito
Clécio Luis está dando a impressão que está atento às questões internas da
gestão e, por isso, se nota a desaceleração que levou à velocidade dos dois
primeiros dias. Situação que liga o desconfiômetro da população.
Em uma
comparação primária, Clécio Luis passa a impressão era muito mais ativo quando
vereador do que agora como prefeito. Essa a impressão está ganhando corpo e
sendo a referência, também, para analisar as suas primeiras promessas depois
que assumiu o cargo de prefeito.
Quando anunciou
que sabia que tinha que “trocar os pneus com o carro em movimento” deixou claro
que teria compreendido a realidade do Município de Macapá e sabia como se
comportaria nesses primeiros dias como administrador.
A participação e
o desempenho do prefeito nesses primeiros dias à frente da administração da
prefeitura são decisivos e fundamentais para que os seus auxiliares definam o
tom que precisam dar para acompanhar o gestor.
Se começar a se
prender às questões triviais e delegáveis, então pode começar, desde agora,
ficar sabendo que não será fácil alcançar os objetivos que desenhou e disse que
tinha quando da campanha para chegar à prefeitura.
Apesar de ser
ainda tempo de deslumbramento para alguns da gestão municipal, pelo menos o
aviso tem que ser dado para que não digam o que vão fazer se não sabem se
realmente podem fazer.
Os problemas são
graves, não porque eles não foram solucionados pela prefeitura em tempos que
passaram, mas são graves porque afetam, gravemente, a população ou parte dela.
Pois, apesar de
administração ter começado agora, no dia primeiro de janeiro, desde o dia
primeiro de novembro, no mínimo, já sabia que tinha que escolher entre colocar
em prática o plano que usou para desenvolver a campanha ou o plano emergencial
que anunciou para os próximos 100 dias.
É bom lembrar
que esses planos de 100 dias nunca deram certo. Foram até bem feitos, mas
tiveram uma péssima execução, ou por falta de verba; ou por falta de pessoal.
A verba porque
ela toda vem da receita estimada, que foi distribuída por títulos de despesas
que, em regra, não levaram em consideração o plano de emergência; e o pessoal
porque as tarefas são planejadas pelos chefes, mas a execução é de responsabilidade
direta dos servidores.
O prefeito,
nesse momento da administração, deve dosar a sua permanência no gabinete com a
sua permanência nas frentes de serviço. Observando e cooperando com os
auxiliares que escolheu, todos eles ou a maioria deles, experimentando pela
primeira vez a lida com os problemas próprios do município.
Os funcionários,
sejam eles das atividades meio ou das atividades fins, precisam confiar nos
novos gestores, pois, afinal de contas, são eles os estranhos e se não
perceberem isso, claramente, enfrentarão dificuldades e de toda ordem.
Os
trabalhadores, funcionários da Prefeitura, precisam ser conquistados. Eles
sabem disso. Têm essa prática e durante toda a sua vida funcional, como
funcionários da Prefeitura, viram e acompanharam outras chegas triunfais que se
transformaram em saídas melancólicas.
O Município de
Macapá está precisando de um prefeito junto dos problemas pessoalmente, não que
ele vá resolvê-los ali, mas vai deixar claro que está junto com a população e
descontente com a situação, trabalhando para modificá-la para melhor.
Então, não ser
atraído pelo ar condicionado do Gabinete que está reservado para despacho do
prefeito, e considerar que os executores diretos dos serviços que precisam ser
feitos necessitam de ânimo, compromisso e, até, de acompanhamento para
sentir-se seguros de que estão contribuindo, mas não só isso, tendo o seu
desempenho aprovado por aqueles que contaram com eles para executar os planos,
inclusive o dos 100 dias.
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