Um grande
mistério ainda ronda o setor saúde no Estado do Amapá. Nem as vontades
declaradas e as providências tomadas, inclusive com trocas no comando da gestão
do setor saúde, têm conseguido melhorar os índices de satisfação dos usuários
do sistema.
Passa a
impressão de que não tem jeito.
Mas não se pode
aceitar isso como regra e deixar o sistema como está - jogando a toalha. Deve haver um jeito para
que as coisas mudem para melhor e cessem essas contradições, os prejuízos no
relacionamento, as dificuldades para o atendimento e a perda de vidas ou
deficiências permanentes por causa do atendimento.
É preciso um
mutirão social, com a presença dos dirigentes e de representantes da sociedade
organizada, cada um fazendo o seu papel, mas todos buscando melhorar o sistema.
As constantes
brigas ou confusões, ou mesmo as trocas de pessoas, não tem funcionado a favor
do contribuinte e, especialmente, daqueles que buscam o atendimento médico
conforme prometido pelo Estado.
Não é possível
raciocinar partindo de dados em que o urgente é, no mínimo, 30 dias e o
urgentíssimo, 10 dias.
Ninguém pode
admitir comparações com locais onde haja o caos permanente ou eventual. Isso
seria agir irresponsavelmente, pois por aqui ainda tem jeito e a população
aprovará qualquer medida que apresente resultado. Não dá mais para acreditar
que as coisas vão se modificar sem haver interesse prático dos gestores.
Percebe-se que
alguns dos dirigentes de importantes setores da saúde estadual estão
incomodados com a situação e declaram que não aceitam isso, mas que têm que
lidar com situações que preocupam muito. No setor saúde, segundo esses
dirigentes, tudo é mais difícil.
Esses mesmos
profissionais acreditam que é possível mudar a situação em que o setor se
encontra. Avaliam até que os recursos são suficientes e que precisa o
comprometimento de alguns e seria isso um dos fatores que contribuiu para que
não sejam alcançadas as melhorias que são buscadas e, até, anunciadas.
Para o setor de
saúde pública tudo parece mais difícil!
As licitações,
qualquer uma delas, se transformam em casos que sufocam a administração e
comprometem a eficiência do trabalho. O recebimento do material, mesmo feito
com redobrada vigilância, ainda é um grande problema. Os serviços prestados não
são os melhores. Tudo isso implica em um resultado que se transforma em dor,
desespero e, até, morte daqueles que buscam atendimento.
O início do ano
poderia ser o momento para começar um programa, aproveitar os espaços, a boa
vontade de todos, alterando o senso de atendimento de cada um, colocando os
profissionais, todos eles, em contato direto com o usuário, até que esses
profissionais que atuam no setor saúde compreendam o drama que as pessoas e as
famílias enfrentam para na busca do tratamento.
Já são
conhecidas as condições em que o atendimento básico, aquele que, em regra,
seria feito pelo município. Não há confiança e os resultados não parecem,
principalmente quando se conta com o atendimento em unidades definidas como
unidade básica de saúde.
O que se vê hoje
no Hospital do Pronto Socorro constitui um leque de desumanidades que deixa os
pacientes em constante prova e os familiares em verdadeiro desespero. O
atendimento é precário e os pacientes ficam sem confiança no sistema o que,
contribui para piorar a saúde, já ofendida, e o ânimo do paciente, já abatido.
É preciso
encontrar um jeito de mudar o resultado do trabalho que é feito pelos
profissionais da saúde pública no Estado, sem procurar culpados, mas
encontrando nas diversas equipes, aliados que possas fortalecer a confiança dos
pacientes e de seus familiares.
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