Não adianta
querer imaginar que o desempenho dos prefeitos, em seus respectivos municípios,
não afeta, diretamente o ânimo dos eleitores nas eleições gerais e regionais
programadas para o ano que vem.
Também não
adianta esperar dos atuais dirigentes que os assuntos tratados nada, ou quase
nada, têm a ver com as eleições para governador, deputado federal, senador e
deputado estadual.
Todas as
questões relacionadas com a administração afetarão, de forma direta, as
intenções e as expectativas daqueles que dirigem os partidos ou que pretendem
disputar aqueles cargos em outubro de 2014.
O Estado do
Amapá ainda não se livrou das equações que têm todas as incógnitas para definir
o seu processo de desenvolvimento dependente das ações públicas.
As políticas
públicas estão indefinidas, as lideranças não existem e os que são candidatos a
líder não encontraram o caminho que possa determinar esse conceito.
As dificuldades
por aqui são muitas e os comandos são escassos. Isso afeta diretamente a
definição de liderança e liderados que, na maioria dos casos, se confunde com
comandante e comandado, por haver uma quantidade muito grande de comandados que
ainda busca afirmação e que precisa, por absoluta necessidade de sobrevivência,
se enquadrar em exigências, algumas delas equivocadas, feitas pelo comandante.
Mesmo assim se
nota que há alguns comportamentos que só são registrados porque existem janelas
que dão passagem aos elementos que permitem essas ocorrências, trazendo
questões que precisam ser consideradas ou, em caso contrário, podem abalar,
definitivamente, a estrutura que o comandante, na qual fica em clausura, quando
acha necessário.
Mesmo assim isso
não quer dizer que já exista uma zona neutra ocupada. Essa zona neutra - se
existe -, ou ainda está em construção, certamente está completamente
desabitada, devido a estrutura que foi instalada por aqui, onde as forças
invisíveis ainda são fortes e são percebidas em muitos setores, inclusive
aqueles que ficam longe da cotidiano público.
Provavelmente
seja por isso que os políticos elegem os seus adversários conforme a
oportunidade, isto é, conforme lhe seja favorável eleitoralmente, como
resultado da falta de confiança que tem em si mesmo, ou em sua estrutura política
ou na sua importância política para o seu partido ou o eleitor.
Um dos exemplos
mais presentes desse comportamento é a forma com o senador José Sarney é
colocado nesse ambiente. Aqui no Estado, aonde pouco vem o senador e quando vem
fala com poucos, são muitos os políticos, com mandato, que nega ao senador
confiança ou respeito; mas, ao contrário, quando chegam em Brasília, com o mais
simples dos problemas, é o primeiro que procura para ter como aliado.
Ora, isso não
pode ser normal, mas é o que se tem como registro em repetidos encontros e
audiências.
O próprio
político que sai daqui e vai até Brasília pedir apoio do senador Sarney, depois
se ocupa um bom tempo, procurando uma estratégia para explicar o que aconteceu.
Às vezes prefere ficar sem explicar ou, simplesmente, entrega para o tempo
diluir a sua falta de confiança em si mesmo e em seus aliados.
Bem que poderia
ser diferente.
O comportamento
contrário poderia servir para a construção daquela zona de sombra, que hoje não
existe (e por isso não é habitada), pois vai chegar a hora que as viúvas do
senador serão muito mais do que aquelas que tratam politicamente dele agora,
mas sim, aquelas que são obrigadas a adotar duplo comportamento para justificar
o que dizem não ser, mas que em verdade são.
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