Já é muito
freqüente o trabalho das lideranças políticas no sentido de acertar o passo
para merecer o voto no dia 5 de outubro de 2014, dia que os eleitores
amapaenses decidirão quem vai governar o Amapá de 2015 a 2018.
Do lado do
governo já é grande a movimentação. O próprio governador tenta montar o cenário
que idealizou para ter condições de disputar e ganhar a eleição.
É claro que se
fosse hoje esse pleito as chances de vitória seriam muito pequenas. O histórico
político do governador Camilo está atrelado ao histórico do seu pai e,
principalmente de sua mãe, que conquistou confiança de significativa parcela
dos eleitores do Amapá que não querem apenas eleger, mas também, torná-la a
mais votada a cada eleição.
Ninguém esqueceu
ainda a tentativa da deputada federal Janete Capiberibe, mãe do governador
Camilo Capiberibe, quando disputou o cargo de prefeito de Macapá. Para vencer
aquele pleito precisava de outros eleitores, além daqueles que a elegem
deputada federal mais votada a cada eleição. Não conseguiu. Dizem até que foi
um debate na televisão que a tirou do cargo. É pouco provável que tenha sido
por isso.
O senador João
Capiberibe, o Capi, tem dado mostras que tem mais voto que o seu partido, o
PSB, e também já provou que tem a capacidade de transferir votos quando comanda
a estratégia, elegendo um prefeito, pedindo confiança em si, pois tinha, ele, a
confiança no candidato.
Depois de eleito
todos acabaram sabendo de uma história, entre elas a verdadeira, mas qualquer
delas desgastaria o “padrinho” não muito por parte dele, mas, principalmente,
por causa do terceiro que pode apadrinhar.
Camilo, para
vencer a eleição de 2014, precisa mostrar que tem o seu próprio combustível,
mas não pode deixar de contar com a dedicação política do pai, o senador Capi,
e muito menos da mãe, que irradia uma energia própria e que, por ser própria,
terá dificuldades para transferir para o filho, além de precisar considerar que
estará na disputa por um mandato na mesma campanha.
O PSB não
fortaleceu o seu quadro, pelo contrário, ocupou boa parte de sua equipe de
mando em funções executivas que, estão submetidas a desgastes ou provaram do
poder e imaginam que podem ter vôo próprio.
Todas essas são
questões que devem influenciar, fortemente, na campanha da reeleição do
governador Camilo, tida pelos seus auxiliares, como necessária para que “os
projetos e programas tenham continuidade e possam ser concluídos até 2018”.
Boa parte desses
auxiliares não está pensando em outra coisa senão continuar com a ocupação que
tem hoje, ganhando o que ganha hoje, e com visão, não nos projetos do governo
(com as exceções que confirmam a regra), mas nos seus projetos pessoais, que
sempre estarão inacabados e precisando de mais tempo.
Mas campanha
eleitoral tem o seu nível de risco e quem o colocar para ser discutido poderá
ser surpreendido por circunstância que inesperadas e que podem colocar em risco
o projeto.
Os que trabalham
a estratégia da campanha da reeleição já têm a leitura de que os adversários
são fortes, a eleição de 2010 foi obra do acaso, mas também, que não estão
dispostos a desperdiçar a oportunidade.
Escolher o
candidato certo, para a eleição certa, é uma tarefa difícil e para quem tem
conhecimento do cenário. Para ter sucesso o PSB precisa ter aprendido a lição
que lhe foi oferecida na eleição para prefeito de Macapá em 2012, caso
contrário pode ter que lamentar depois.
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