A carta endereçada ao prefeito é autoexplicativa e mostra as primeiras fissuras na Administração do Município de Macapá.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR CLÉCIO LUIS VILHENA VIEIRA,
PREFEITO MUNICIPAL DE MACAPÁ/AP.
Ao cumprimentá-lo cordialmente e
com as honras de estilo que lhe são devidas, venho formalizar junto a Vossa
Excelência, a partir desta data, o meu pedido de exoneração do cargo de
Secretário Municipal de Administração da Prefeitura de Macapá.
Tal gesto, embora sui generis,
traz consigo a certeza de que como membro desta administração procurei dedicar
em favor da Prefeitura, dos seus servidores e do povo de Macapá sempre o meu
melhor labor, em que pese o pouco tempo na pasta, o qual é suplantado pela
grande satisfação do dever cumprido, afinal, aprendi na militância, percebendo
bravos e leais exemplos que me são caros, que a execução de nobres tarefas
coletivas não tem medida, tem prazer.
Por isso, quando em dezembro de
2012 recebi o convite honroso de Vossa Excelência para ser um dos colaboradores
de seu governo e contribuir com um novo projeto para Macapá, aceitei por
entender que a nossa terra precisava da disposição conjunta de pessoas capazes
e de boa-fé, para mediar caminhos de superação das mazelas, ainda hoje,
lamentavelmente, impregnadas no cotidiano da nossa gente.
Se por questões de foro pessoal
decidi pelo meu afastamento da gestão administrativa do governo municipal, da
qual saio como entrei, inabalável, procurando ser justo e combatendo qualquer
conciliação com atos ilegítimos ou ilegais, que não representam o clamor
coletivo que vem das ruas, por outro lado, uma vez engajado em outras tarefas
que também visam o bem comum, continuarei acreditando que o seu governo será
capaz de corresponder às expectativas de todos aqueles que do mesmo modo lhe
referendaram confiança. Enfim, o povo de Macapá está ávido por práticas
políticas exemplares e que floresçam para todos.
Para finalizar, agradeço a estima
com que fui tratado por Vossa Excelência, pelos colegas gestores de governo e
pelos funcionários da Prefeitura, a qual teve o condão de descortinar
singulares momentos pedagógicos de aprendizados e ensinamentos mútuos, que
levarei consignados para a vida.
Macapá/AP, 08 de março de 2013.
Cordialmente,
FRANCO AURÉLIO BRITO DE SOUZA
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