Esta semana o
governador do Estado, Camilo Capiberibe, mesmo estando longe e, segundo a sua
assessoria, falando sobre mineração para os canadenses, deixou na cidade duas
peças como material de ensaio: uma referente à sua gestão e outra referente à
sua popularização.
Na primeira
deixou “vazar” por todas as partes possíveis, as alternativas que foram postas
para agasalhar os auxiliares que ocupam cargos de confiança e que deixarão de
ser auxiliares nos próximos dias; para a segunda deixou gravada as inserções
que o PSB tem direito, de forma gratuita, no rádio e na televisão, falando de
saúde e habitação.
No primeiro caso
a principal questão é com o principal aliado, o PT, partido com o qual contou
para vencer a eleição em 2010 e com o qual está contanto para enfrentar as
disputas eleitorais de 2014.
Joel Banha,
atual secretário de infraestrutura do Governo, se constitui na mexida mais
delicada e cuidadosa, afinal de contas sabe que qualquer movimento mal feito
afeta não só aquele partido, mas outras partes da coalizão que deu certo na
eleição que o colocou no cargo de Governador do Estado.
O engenheiro
Joel não tem uma avaliação satisfatória relativo aos resultados que obteve como
secretário até agora, mas, por outro lado, não pode ficar desamparado e tem até
condições de exigir que lhe seja dado oportunidade como na Assembleia
Legislativa, na função de deputado estadual, afinal de contas fora, por dois
mandatos consecutivos, deputado estadual pelo PT, o mesmo partido da
vice-governadora, Dora Nascimento.
Acontece que
Joel Banha, na eleição de 2010, com os 3.383 votos que lhes foram dados pelo
eleitor amapaense, o colocou na 5ª posição da coligação PSB/PT, pela qual
disputou uma vaga de deputado estadual para Assembleia Legislativa Amapaense.
Na frente de Joel ficaram: Agnaldo Balieiro (PSB), com 4855 votos; Cristina
Almeida (PSB), como 4.421 votos; José Luiz (PT), com 4.194 votos; e Ruy Smith
(PSB), com 4.008 votos.
Para que seja
aberta uma vaga para o quinto mais votado em 2014, na coligação PSB/PT, o PSB
precisa abrir mão dos direitos de seus três filiados: Agnaldo Balieiro,
Cristina Almeida e Rui Smith, para que surja o direito de Joel Banha assumir
uma cadeira de deputado estadual.
Sacrificar o
mandato dos filiados do PSB não está sendo bem avaliado pelos dirigentes do PSB
que, assim, ficariam sem representação na Assembléia Legislativa e, em
contrapartida, o PT ocuparia as duas vagas que já foram ocupadas pelo PSB; por
outro lado, as questões se acomodariam e o governador poderia fazer a troca do
secretário em busca de melhores resultados na avaliação da administração.
No segundo caso,
o governador deixou para veicular, como inserção do PSB no rádio e na
televisão, peças que o ligavam, diretamente, a programas sociais – um na área
da saúde (visão para todos) e outro na área habitacional (conjunto residencial
Macapaba).
Essa decisão do
PSB e do governador deixa claro que o Partido Socialista Brasileiro, através
dos seus dirigentes, já compreendeu que precisa popularizar as ações
administrativas do governo, com o claro intuito de atrair os votos dos
eleitores, principalmente aqueles que não estão satisfeito com os resultados
que, até agora, foram alcançados pela administração estadual.
Olhar para os
lados e perceber que enfrentará nas eleições de 2014 adversários que hoje estão
ao seu lado, em alguns casos, um pouco à frente, e ainda perceber a aproximação
de outros que vêm com muito fôlego na corrida, exige ações mais arrojadas que
podem, ou não, dar certo, mas que não se perdoaria se não tomasse.
O fato é que a
decisão, ao que parece, está tomada: o atual governador do Estado vai à
reeleição e, mais que isso, não quer romper os laços que foram criados com o PT
na eleição de 2010.
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