Apesar de todos
os discursos é lenta demais a reação das autoridades municipais aos problemas
que se agigantam a cada dia na cidade de Macapá e no interior do município.
Foram tantas as
promessas feitas, que a esperança do povo renasceu sustentada pela indomável
vontade de resgatar a confiança nas autoridades, aquela mesma vontade que ficou
perdida nos emaranhados quadros irreais, fruto da imaginação de gestores que
não conseguiram honrar a palavra empenhada e o compromisso assumido.
A cidade de
Macapá e o interior do município precisam de grandes reparos, verdadeiras
reformas, mas que só podem ser iniciados a partir da modificação comportamental
dos gestores municipais, que não podem mais esperar por tempo melhor, sem que
atue na construção desses tempos.
Há muito que
está claro que o prefeito do município de Macapá não tem tempo para delegar as
ações próprias da prefeitura a terceiros, sejam quais forem os motivos, sejam
quais forem as alegações. Estão criados muros de desconfiança que precisam ser
destruídos para que possibilitem a passagem da verdade.
Todos desconfiam
de tudo, inclusive aqueles que têm a incumbência de fazer, de dar o primeiro
passo. Está ficando a impressão que, até esse primeiro passo precisa ser
monitorado, em busca de uma certeza que está com o dono do pé.
O prefeito de
Macapá precisa ser um líder responsável. E se não for responsável ou líder, ou
nem líder e nem responsável, tem pouco tempo para aprender, tem pouco tempo
para descobrir o que precisa fazer para ser líder e responsável.
As vantagens
mirando o poder precisam ser sacrificadas nesse momento. Não adianta querer
mais poder se não está dando conta daquele que já tem.
O prefeito
precisa transformar a confiança que ganhou da maioria dos eleitores, quando lhe
delegou a incumbência de gerir o município de Macapá, em confiança de toda a
população e se isso for feito, ganhará a confiança dos governos, dos
adversários e então estará habilitado a receber mais poder.
A fórmula para
conquistar a confiança da população está na demonstração de disposição para o
trabalho. Nem mesmo a realidade financeira do Município será suficiente para
justificar a inapetência do prefeito ou de membros da sua equipe.
Isso não quer
dizer que tenha que fazer tudo o que precisa ser feito de uma vez só e muito
menos, que tudo o que fizer tenha que ser feito da melhor forma ou da forma
ideal. Os espaços para os erros aumentam na medida em que os acertos forem
sendo conhecidos. Afinal de contas, para o gestor público vale o princípio de
que “só erra que faz”.
Priorizar os
trabalhos nas ruas, não maltratar a população e nem deixar que outros a
maltratem, deve ser a regra. No momento imaginar que tem nas mãos um problema
que não dá para resolver, de pouco vai adiantar, ou melhor, certamente
favorecerá o erro e encaminhará a gestão para o descrédito.
Não adianta
querer resolver as questões com justificativas, pois, não se conhece, pelo
menos até agora, o gestor que conseguiu sair das dificuldades justificando o
seu “não fazer” ou atribuindo esse “não fazer” a terceiros, por posicionamento
político ou não cumprimento de promessas.
A população do
município de Macapá ainda espera pelo cumprimento das promessas feitas na
campanha, mas o tempo passa e como os problemas não são atacados como
prometidos, a desconfiança aumenta e o ciclo vicioso se recompõe e tudo volta a
ser como antes.
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