Desde 2006
quando foi inaugurado o Parque do Forte, que ficou conhecido popularmente como
Lugar Bonito, que a grande praça, eleita pelo povo para ser a sua principal
referência de lazer, não alcançava um momento tão crítico.
A decisão
política de construir aquela praça foi tomada no primeiro mandato do governador
João Capiberibe, que implicava em desmontar um projeto que havia sido
implantado com dinheiro de emendas parlamentares, na administração do prefeito
Papaleo Paes, que havia humanizado a praça em frente do Banco do Brasil, mas
que ficara com boa parte como sendo “o estacionamento do Banco do Brasil.”
Depois de
realizados os estudos e definidas as funções de cada parte da “grande praça” se
entendeu que o parque do forte, desde a rampa do bairro Santa Inez até o
Trapiche Eliezer Levi, que também passaria por revitalização, seria o setor
nuclear do grande espaço de lazer da cidade que começaria na orla do bairro do
Igarapé das Mulheres e se estenderia até o Complexo do Araxá.
As obras
começaram efetivamente no governo do governador João Capiberibe e continuaram
até o último ano do primeiro mandato do governador Waldez.
Foram seis anos
com um tapume na frente da cidade que retirara toda a infraestrutura de lazer
que já fazia parte do cotidiano dos macapaenses, dos naturais de outros
municípios do Estado e dos visitantes que já se tinham se acostumado a sentir a
brisa do vento vindo do grande rio e a contemplar a imensidão das águas que
terminava no horizonte onde o céu e a aruá parecia se unir, com a cortina das
árvores da mata distante.
Às vésperas da
eleição regional de 2006 o grande tapume foi derrubado e o povo conseguiu ver o
que havia sido construído. Provavelmente a maior e melhor obra urbana em todo o
Estado.
O povo não teve
dúvida, substituiu o nome Parque do Forte pelo nome Lugar Bonito, que foi
imediatamente assumido pelas pessoas que fazia o comando do governo do
governador Waldez Góes.
O dia da
inauguração ocorrida no dia 10 de junho de 2006, exatamente no dia em que
começavam as convenções dos partidos para a escolha dos candidatos, indicava
que a obra, devido a sua aceitação, seria o principal mote para a campanha de
reeleição do governador Waldez.
Tendo como base
o lugar bonito, Waldez venceu todos os seus adversários no primeiro turno de
votação, um feito inédito, ficando com mais de 50% dos votos válidos.
Mas foi só isso.
Só voltou a se interessar pelo local, às vésperas da eleição para prefeito de
Macapá, depois do primeiro turno, com o objetivo de virar o jogo e eleger
Roberto Góes prefeito.
Conseguiu! E foi
a última intervenção.
Abandonou a
execução do projeto pela metade, onde os esqueletos ainda estão pela praça que
fica em frente à Residência Oficial do Governador.
Eleito Camilo
Capiberibe nas eleições de 2010, em 2011, no segundo semestre, quando da
entrega da recuperação do Trapiche Eliezer Levi, foi cobrado pelo senador João
Capiberibe, seu pai, melhorias no Parque do Forte, o Lugar Bonito.
Não ouviu e foi
convencido, ano passado, 2012, a realizar a quadra junina no local do
anfiteatro do Parque, prejudicando a estrutura que há no local e agredindo as
finalidades para as quais foram construídos os elementos do Parque.
No momento o
Lugar Bonito está passando pelo seu pior estágio, com todas as luzes do muro de
arrimo apagadas e com as luminárias destruídas, buracos no calçamento, como
verdadeiras armadilhas para os pedestres. Calçadas destruídas, grama sem
manutenção e os chafarizes sem funcionar.
O lugar está sujo,
maltratado e, ao que parece, sem ser visto pelos que teriam a responsabilidade
de manter o local limpo, agradável, conservado e próprio para uso.
Por enquanto os
descuidos e os desleixos prevalecem e se impõe aos gestores que, completamente
alheios ao caso, precisam recuperar o local que é importante para o prazer e a
satisfação da população local e dos visitantes.
A cidade está entregue às traças!
ResponderExcluirInfelizmente padecemos de gestões públicas nada compromissadas com o bem-estar social, o que aumenta a "sensação" de abandono!
Pior que estarmos nessa situação é não vislumbrarmos uma possibilidade de melhoria!
Resta-nos exercitar nossa esperança. Esperança que um dia, bem no futuro, as coisas melhorem, que os filhos de nossos filhos brinquem em praças iluminadas, que nossos filhos os conduzam à escola em seus carros conservados, pois trafegam em ruas também bem conservadas.
Resta-nos a compreensão, na menos pior das hipóteses, de que as coisas estão dessa forma por incompetência administrativa, por simples desleixo ou mesmo pela existência de uma liderança política de papel (que se dobra diante da mais fraca pressão oligárquica ou colorida partidária).
Precisamos ter foco na coisa certa. Precisamos educar a leitura de nossos filhos. Caso contrário, a mídia atual, prostituída pela incompetência administrativa, esta travestida de boas intenções e justificativas (as mais fajutas), pode sugar nossos filhos, suas ideias e suas intenções para um buraco negro, a corrupção!