A cada dia que
passa os atuais deputados estaduais vão ficando em “sinuca de bico”
considerando as articulações que precisam fazer com outras lideranças,
principalmente de poderes diversos àqueles da AL, bem como, aproximar-se do
eleitor para começar a garantir o sucesso da campanha de 2014.
Uma das
principais barreiras colocadas entre o deputado estadual e as outras lideranças
políticas, é a maré baixa pela qual passa a Assembléia Legislativa, onde não dá
para saber até que mês a Mesa Diretora da Casa fica como está. Há sempre a
expectativa da volta do presidente (afastado) para reassumir a direção
executiva daquele poder legislativo.
Já entre os
próprios deputados, isso em concorrência interna, há aqueles que defendem uma
aliança absoluta com o governador do Estado, com o objetivo de “salvar a
própria pele”, como passageiro de uma onda que, quanto maior, melhor, pois
consideram que os “peixes com dificuldades” não vencerão a onda e ficarão pelo
meio do caminho, mas o ambiente pode dar sobrevida àqueles que estão
desconfiando do insucesso em outubro de 2014.
Já entre os
deputados e os seus respectivos partidos, cada um está fazendo a sua própria
conta, levando em consideração os resultados da eleição passada, as suas
características e, também, a evolução (ou involução) registrada na eleição de
2012. Alguns são obrigados a dar uma olhadinha para traz e observar qual
filiado do “seu” partido “fungando no seu cangote”, pois sabe que qualquer
vacilo poderá ser decisivo.
Junto com isso
estão os problemas relacionados com as comissões de inquérito instaladas, sob
grande expectativa da população e muitas promessas de correção em procedimentos
que deixavam, no dizer dos próprios deputados, indícios de vícios que
precisavam ser corrigidos.
Tanto a CPI da
Amprev, presidida pela deputada estadual Roseli Matos, como a CPI da Saúde, sob
a presidência do deputado estadual Kaká Barbosa, não foram conclusivas e estão
afastando todo o crédito que foi dado pelo eleitor, que apoiou as iniciativas e
os deputados que se propuseram alcançar os resultados.
Pode ser, no
momento atual, a principal decepção.
Todos ficaram
atentos. Os próprios investigados (essa é a motivação da CPI) para que fizessem
as correções necessárias; como os que ficaram esperando o relatório final o
qual aprovado, seria encaminhado para as autoridades tomarem as medidas
administrativas e, até, judiciais, que pudessem caber a partir do que constasse
no relatório final da CPI.
Os próprios
deputados, mas principalmente, o presidente e o relator (os que mais falaram e
deram entrevista), asseguravam que seriam severos, na medida das necessidades,
com aqueles que, porventura estivesse atuando em confronto às regras vigentes e
aos interesses da população.
Até agora esses
relatórios não foram apresentados e, logicamente, não foram votados, o que
colocaria ponto final nos trabalhos.
Os deputados
sabem, pois está explicito no Regimento Interno da Assembléia Legislativa, que
as comissões de inquérito instaladas como aquelas da Amprev e da Saúde, tem
prazo definido para serem concluídas e que esse prazo é de 120 dias,
prorrogáveis por mais 60 dias.
Para se ter uma
idéia, nesta quinzena, as duas CPI completam 1 (um) ano de instaladas: A CPI da
Amprev foi instalada no dia 14 de março de 2012; a CPI da Saúde, foi instalada
no dia 21 de março de 2012.
O assunto está
vivo na cabeça dos eleitores que querem identificar porque isso aconteceu e
porque a Assembléia não divulga as dificuldades que enfrentou para que as
comissões não chegassem a apresentar o relatório para ser aprovado (ou não) em
Plenário.
Dificuldades a
vista para todos os atuais deputados, até para aqueles parlamentares que não
constam da lista formadores de qualquer das duas comissões.
Está em xeque o
prestígio e a confiabilidade do Poder.
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